Perder a esperança na vida é algo aterrador… Sem dúvida que ninguém merece sentir isso por mais complicadas que sejam as suas vivências.
A nossa geração atravessa uma crise de moral, valores e identidade. As prioridades são controversas e a capacidade de querer ser útil na sociedade ocupa os últimos lugares dessa tabela.
Hoje o importante é aparecer e ser. Não quero com isto parecer moralista ou utópica, apenas pretendo a reflexão desta geração que luta desalmadamente por uma vida melhor e onde os meios justificam os fins.
Não me identifico com o perfil que descrevi em cima e sei também que existem alguns como eu, que querem trabalhar e não querem um emprego.
Esses poucos (ou muitos) apenas querem um trabalho e ser felizes ao mesmo tempo.
Reconheço que hoje não temos as condições optimas para fazer o que realmente queremos com as nossas vidas. No entanto, quando inventaram a roda também não existam estruturas próprias para a sua construção.
É esse mesmo o nosso papel voltar a reinventar a roda, vezes e vezes sem conta até que alguém repare em nós e no nosso trabalho…
Afinal o que somos? Pessoas que merecem uma oportunidade digna ou meros pedintes de diretos que deveriam ser intrinsecamente nossos?
Pois é senhores Directores, CEOs e outros afins, sem desrespeito algum, apenas vos pergunto: “Os jogos de fome” porque nos querem fazer passar trazem-vos satisfação?
Quando nos pedem para trabalhar um mês à experiência sem receber 1 tostão, como uma “prova de recrutamento”, estão a colocar-se no nosso lugar?
Todos querem os melhores e considero uma decisão muito acertada. Apenas peço oportunidades dignas para que os novos se tornem melhores sem que para isso tenham que viver nestes jogos de fome!
~ Shake your life ~