WHAT'S UP

A igualdade pauta-se pelas pessoas, não pelo género.

Hoje Dia Internacional da Mulher, para ela, para mim, para a mulher considero que fará mais sentido quando este dia não existir. Seria bom presságio. Talvez, acredito, sinal de conquista. Sinal de liberdade. Sinal de igualdade.

Sinais sem lugar na realidade em que vivemos, e pior, que tendem a perder-se. Muitos valores de Abril não só ficaram por cumprir como, estão agora mais distantes. Regredimos! E dizer que a igualdade existe é cair numa ilusão imensa.

A mulher sempre conheceu um papel secundário. Secundário nas oportunidades e nas escolhas. Entre as mulheres e os homens as oportunidades são distintas, os caminhos mais longos e com mais obstáculos, e portanto, mais difíceis. Em tudo, o princípio é sempre o mesmo – provar, a mulher tem de provar isto aquilo e aqueloutro, provar os seus limites para ser aceite. Coisa que o homem não têm, ele não têm de provar tanto. O homem não é mais que a mulher. Nem a mulher quer ser mais que o homem. Somos todos pessoas, merecemos todos os mesmos direitos, pena que isso não se concretize!

E numa sociedade, onde mulheres têm as mesmas profissões que os homens recebem salários diferentes, onde preparadas pelas mesmas universidades e tão ou mais capacitadas têm mais dificuldades no mercado trabalho, a desigualdade, a discriminação e o sexismo são chavões evidentes, mas muito bem disfarçados.

A educação pauta-se pela capacidade, não pelo género. O trabalho pauta-se pela qualidade e profissionalismo, não pelo género. A sociedade pauta-se pelos valores, não pelo género. A igualdade pauta-se pelas pessoas, não pelo género.

As grandes empresas são muito resistentes com as mulheres, e por isso, é raro encontramos mulheres na direcção de uma empresa, muito menos na administração. E não querendo tomar, de todo, cor partidária ou defender política, é com algum “orgulho feminista” que vejo muitas mulheres a deputadas, a ministras, é um esse espaço que se conquista e ainda bem, tal como noutros sectores.

A mulher sempre foi muito exigente consigo própria que os homens, a sociedade assim determinou e determina. Essa força está-lhe no ADN. E hoje, sinto a mulher mais amadurecida, mais lutadora ainda, mais emancipada e mais dedicada. Acredita que o amor tudo concebe, e está de igual forma para si, para as pessoas, para o que têm e para o faz. A mulher Balzaquiana é agora mais nova, jovem mas crescida. 

Não conheço ser mais forte no mundo que a mulher. Estamos no século XXI, esta é a mulher que vejo, mas a luta é já do século XX.

Este dia existe não para a mulher ser lembrada ou notada, este dia existe para a mulher não ser esquecida. A mulher não quer ser esquecida. Parece redundante, mas esquecer a mulher, é esquecer uma luta. 

mulher

~ mulher, igualdade e um chá ~

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