“Tenho claras lembranças te de ver aproximar, e a cada passo, pensar que aquele Homem lindo estava a caminhar na minha direcção.
Lembro-me muito bem do dia da Fnac, do casino. Em que a cada minuto passado, sentia um estranho suor frio nas mãos e umas borboletas descontroladas dentro de mim. Lembro-me bem de ter a sensação que o Mundo continuava a rodopiar, mas nós estávamos perdidos em palavras numa outra dimensão qualquer.
Lembro-me da primeira vez que senti a tua boca tocar na minha e do dia em que senti o calor do teu corpo contra o meu. Pensei que nunca irias sair do meu sonho e tornaste-te numa doce realidade.
Lembro-me claramente do teu entusiasmo e meu receio inicial. Lembro docemente o sorriso dos teus lábios quando me encontravas e o abraço quente em que me embrulhavas sem aviso prévio.
Lembro-me da vontade que tinhas em nós e que eu não soube aproveitar. Talvez por receio ou simplesmente, pela minha incapacidade de acreditar que eu podia fazer aquecer o teu sangue.
E lembro-me, inevitavelmente de todas as vezes que vi a desilusão estampada no teu rosto e o teu olhar triste de encontro ao meu. Lembro com tristeza todas as vezes que me tentaste puxar e por medo não soube deixar-me ir.
Pela minha impulsividade, palavras e actos imponderados, conduzi-nos a esta situação. Coloquei-nos num patamar em que o ódio e o amor estão afastados por muito pouco.
Lamento nunca mais te sentir meu como senti um dia e lamento ter perdido a relação em que provavelmente mais amei.
Aos meus olhos, és um príncipe. Lamento se te perder, lamento se não te soube aproveitar e lamento se te levei a descreditar na possibilidade de amar.
Ainda assim, sinto exactamente as mesmas borboletas do primeiro dia e continuo a querer-te do modo de sempre.”
~Anónimo ~
~ No headshake temos espaço para tudo e todos! Obrigada aos que começam a partilhar as suas histórias connosco <3 ~