As Legislativas 2015 estão mesmo à porta, as campanhas decorrem, são feitos debates, mas infelizmente a crença do povo pelo governo e pela política é cada vez menor. Uns estão atentos a tudo, outros ouvem uma por outra, alguns já simplesmente não estão para isso, e há outros que são inspirados numa imensa criatividade.
Foi o caso da Andreia Carvalho, uma designer e produtora de 24 anos, que atribuiu uma série televisiva às principais figuras da política portuguesa, tornando-se, assim, a autora da série “Se as eleições fossem séries?”.
A ideia, segundo a autora, não foi planeada, surgiu no contexto da notícia da libertação de José Sócrates. A imaginação fluiu e a Andreia não parou mais, o álbum já conta com 10 imagens.
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho surge com a série “Lie to Me”, em que a montagem segue a linha do poster
oficial da série, onde está presente a frase “Truth Hurts” (A Verdade Magoa) com inicio da 2ª temporada a 4 de Outubro, segue-se José Sócrates com a natural associação à série “Prison Break”, passando pela deputada bloquista Mariana Mortágua, mediática figura da comissão de inquérito ao BES, feita “True Detective”, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, como “Dexter”, passando pela associação dos nomes de Aníbal Cavaco Silva e Hannibal – reparem só no pormenor do “series finale” no cartaz, bem jogado Andreia!
Também Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e António Costa foram algumas “vítimas” destes posters virais, e foram-lhes atribuídas as séries “Shameless”, “Lost” e “Once Upon a Time”, respectivamente.
A autora destaca, ainda, que estes cartazes são sátiras e não uma campanha. Baseou-se na opinião pública e fez por pura diversão, não por ataque a qualquer pessoa ou partido.
Em entrevista ao seriesdatv.pt, Andreia diz que as legislativas são como uma série familiar: “Comédia, portanto. O processo eleitoral tem sempre contornos cómicos, geralmente o drama vem a seguir.”, e as presidenciais comparou à série “Game of Thrones”.
Para 4 de Outubro, data das eleições legislativas, deixa uma mensagem: “Votar, seja em quem for, é um direito, é
uma forma democrática onde todos têm ‘voz’. Tenho pena que haja tanta abstenção. Principalmente quando são as mulheres, porque custou tanto a obter esse direito e não se lhe dá o devido valor.”
Podem ver o restantes cartazes aqui.
Achei esta ideia da Andreia super criativa, tive de partilhar, e concordo com ela, as mulheres lutaram muito para o direito ao voto, por mais descrença que se tenha temos de lutar pelos nossos direitos, mas para isso temos de cumprir um dever, votar.
~ Um chá criativo ~