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Vergonhoso vs. Genial: entrevista de emprego na montra da Tezenis

O Grupo Calzedonia procura novos colaboradores de uma forma diferente – uma entrevista na montra da loja Tezenis do Rossio. E a discussão estava lançada no headshake: será assim tão vergonhoso como se anda a dizer por aí ou será uma ideia genial e fora da caixa?! Sabem qual é a nossa sorte? É que a nossa opinião é consensual…

Conseguindo aceitar algumas críticas que são feitas à marca e à forma como procederam, não somos, de todo, da mesma opinião! Será assim tão vergonhoso proceder de forma diferente num processo de recrutamento e seleção de novos colaboradores?! A grande verdade é que os portugueses não gostam de mudanças, não gostam de situações diferentes e que não possam controlar. O típico processo de recrutamento já é mais do que conhecido – enviamos CV, somos chamados num dia e hora específico e lá vamos nós super nervosos, super bem arranjadinhos e com o discurso muito bem decorado para a empresa e para a sala de reuniões. Se este processo é mau? Não, não é. Se fosse provavelmente estavam todos a reclamar… Há marcas que podem fazer diferente. Há marcas que têm no seu ADN ser diferente e fazer diferente. E foi o que aconteceu neste caso… O Grupo Calzedonia procura novos colaboradores para as suas lojas – vendedores, operadores de loja, sales assistent – e porque não fazer a entrevista na loja? Porque não fazer a entrevista num espaço que é tão característico da loja? 

Apesar de tudo isto, o pior são mesmo as críticas que se podem encontrar. Tudo bem que posso estar contra, não compreender e até nem aceitar este processo de recrutamento, mas…fazer boicote à marca e não voltar a comprar na loja?! Dizer que quem teve esta ideia é uma cabeça de vento e que não tem noção de nada?! Provavelmente quem teve este ideia exerce em Comunicação ou Recursos Humanos e, por isso, não é alguém sem noção… Isto faz lembrar a história da Pepsi e do Cristiano Ronaldo em que se ia fazer um boicote à marca e os restaurantes que vendiam Pespi “a mim não vendem com certeza” (será que estes valores ainda reinam ou a crise Pepsi-CR7 já lá vai?!)

No headshake somos a favor das ideias disruptivas e da originalidade desde que a pessoa seja respeitada. Não havendo falta de respeito pelo entrevistado, outras caracteristicas e capacidades são postas à prova. Eu própria não teria nenhum problema em ser entrevistada desta forma…alias quantas empresas fazem entrevista coletiva? Quantas empresas põem à prova milhares de candidatos em entrevistas coletivas e exercícios em grupo?

No final das contas, a discussão entre todas acabou e a conclusão foi só uma: desde que haja respeito, a originalidade não deve ser “boicotada”. Será assim tão mau ter uma experiência nova e diferente?

 ~ um chá e muita reflexão ~

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