WHAT'S UP

Technology that change the world!

Atualmente estamos perante um fase da humanidade em que o foco são as novas tecnologias e o poder que estas podem alcançar. A atividade de investigação na inovação tecnológica é crescente nas grandes empresas, o que origina em protótipos cada vez mais reais de uma realidade virtual. A tecnologia está a ganhar uma posição muito presente e muito forte na vida da humanidade. De acordo com os dados estatísticos do site statista.com, já em 2014 perto de 60% da população mundial possuía um telemóvel. Apesar do uso que fazemos do telemóvel não nos ser essencial à nossa sobrevivência, todos sentimos a sua falta quando nos esquecemos dele em casa. Para telefonarmos a um amigo, para vermos a meteorologia, para comunicarmos no facebook, para vermos o que se passa na nossa rede social, para jogarmos no tempo morto de comboio até casa, para sabermos o número de telefone de uma entidade, para sabermos como chegar a um ponto geográfico, etc. O uso que fazemos dos nossos telemóveis é extenso, no fundo temos no nosso telemóvel inúmeras aplicações para todo o tipo de ações, e este é só um dos dispositivos tecnológicos que mais nos acompanha mas não o único com o qual interagimos.

No presente momento, o meu foco de estudo académico está a ser precisamente sobre a emergência da tecnologia que se tem feito sentir e, mais especificamente, sobre a tendência que existe, nomeadamente pelos grandes empresários de Silicon Valley como Eric Schmidt da Google e Mark Zuckerberg do Facebook, para tentar solucionar de forma prática e rápida todos os problemas que surgem na humanidade através da tecnologia. Evgeny Morozov, investigador e escritor bielorrusso das implicações políticas e sociais do progresso tecnológico e digital, chama a esta tendência de solucionismo. Morovoz crítica profundamente esta tendência apontando que todas as soluções vêm com um custo. Com isto não significa que toda a tecnologia não nos sejam útil, mas sem dúvida, uma grande parte tende a procurar resoluções a problemas que não existem, nalguns casos vão ao fundo do ridículo.

Exemplo deste ridículo é o serviço LivesOn que promete “twittar” por ti depois da tua morte. Para isso é necessário aceder ao serviço através da conta pessoal do Twitter. Os algoritmos irão se encarregar de analisar o teu feed atual do twitter e aprender com os teus likes, gostos e syntax.

LIVESON. Your Social Afterlife. When your heart stops beating, you’ll keep tweeting. LIVESON will keep tweeting even after you’ve passed away. 

Outro exemplo desta procura pela erradicação da imperfeição humana é o produto Google Glass que consiste nuns óculos “smart” que automaticamente retira fotos de tudo o que vê e guarda-as para a posteridade. Para alguns isto pode finalmente resolver o problema da falta de memória, um grande bug da humanidade.

Os exemplos são variados, Morozov consegue por aos nossos olhos uma visão completamente contrária à que temos atualmente sobre todos os serviços e objetos tecnológicos que vemos e com os quais interagimos hoje em dia. A verdade é que estes empresários nos colocam tais produtos de forma bastante inteligente, o que nos faz curvar perante a sua espectacularidade. No entanto, a sua preocupação não é em nada social ou política e no fundo nós não os elegemos para resolver tais matérias. A tendência das suas atividades é para que tornem o homem cada vez mais eficiente e mais perfeito, mais próximo da máquina e muito menos humano. É necessário manter um discernimento e pensamento crítico sobre a tecnologia de forma a evitarmos as consequências que podem surgir.

Mas há sempre novas tecnologias que provam a sua eficácia e são benéficas à nossa sociedade. O novo produto “FingerReader” de um grupo de investigadores do MIT – Fluid Interfaces, um dispositivo wereable, consiste num anel que assiste invisuais na leitura de textos impressos.

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Com o anel no dedo indicador, colocamos o dedo sobre o texto, a câmara existente no anel foca o texto, os algoritmos identificam as palavras e o texto é reproduzido em áudio.

Este é um protótipo que vem estudar a possibilidade de dar aos invisuais as mesmas capacidades dos visuais, através apenas de um dispositivo tecnológico que passa a ser um extra ao corpo humano. No entanto, na prática, não parece cumprir essa função de forma muito efetiva. O utilizador tem de seguir as linhas de texto com o dedo mas parece que ninguém se terá lembrado de que a distância de uma linha para a outra na maioria dos textos corridos é muito curta, o que torna muito difícil, se não impossível, um invisual “adivinhar” o local onde existe texto, a sua distância, e seguir claramente linha a linha sem erro.

São necessários estes produtos surgirem para que possam ser testados na sua eficiência e, assim, levar a um investigação mais precisa. Este é um produto que parece uma extensão ao ser humano numa tentativa de resolver a dificuldade de leitura de dados com que um invisual se confronta. Um produto que, ao ser wearable, parece tornar-nos menos humano, mas que tenta resolver um real problema social. Caso fosse totalmente eficaz, seria um produto que iria fazer evoluir a nossa sociedade. É portanto, crucial direccionar os esforços para a investigação de problemas sociais, e notem a palavra investigação porque problemas sociais não se resolvem sem um investigação profunda e criteriosa.

 

~um chá consciente~

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