O Galchuda e o Headshake uniram-me mais uma vez na Demanda de Galchuda e foram entrevistar dois elementos da primeira júnior iniciativa de comunicação do país, a Bright Lisbon Agency, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS). Falámos com o André Albuquerque, o Presidente da Bright, que está na licenciatura de Publicidade e Marketing. Considera que é ambicioso, mas que é extremamente distraído. Inspira-se no Steve Jobes. Falámos também com a Inês Veiga, diretora do departamento estratégico da Bright, que estuda na licenciatura de Relações Públicas e Comunicação Empresarial. Considera que tem um bom pensamento estratégico e inspira-se em pessoas organizadas, descontraídas, ambiciosas e racionais.
A Bright Lisbon Agency surgiu no pensamento do André no dia 8 de julho de 2014. Percebeu que faltava algo na ESCS. Constituiu uma equipa e formou o projeto. O nome Bright apareceu para ser diferente das outras juniores empresas. “Somos da área de comunicação, somos criativos, somos divertidos”, referiu a Inês, acrescentando o André que “o nome ocorreu depois de uma longa sessão de brainstorming”. Sentem que têm conseguido marcar a diferença, principalmente com o evento de lançamento, com as caixas de pizza. “Dizem que fomos diferentes por isso. Porque nenhuma júnior empresa teve a ideia de fazer um grande evento na faculdade como nós”, confessou a Inês.
A ideia principal da Bright é formar os profissionais de amanhã, sendo multidisciplinares, aprendendo a fazer. Querem ser diferentes, brilhar e destacarem-se de tudo o que há no mercado. Não têm fins lucrativos, mas pretendem dar aos seus membros boas formações para crescerem. Inês diz mesmo que quer daqui a dez anos voltar às ESCS e ver que está lá a Bright.
Ser a primeira júnior iniciativa de comunicação é para estes dois elementos um desafio, mas muito gratificante. É estarem a ser inspiradores para outros. “A ESCS é uma faculdade muito pequena. Portugal é um país muito pequeno. É muito bom saber que podemos inspirar alguém. As pessoas olharem para nós e pensarem que isto é enorme”, salientou o André.
Neste momento são sete pessoas na direção e a empresa divide-se pelo Departamento de Recursos Humanos, Departamento de Design e Imagem, Departamento Estratégico e Departamento Comercial. A direção supervisiona os projetos e tenta dar sempre liberdade aos seus membros.
Mas afinal o que é um júnior empresa? É uma associação sem fins lucrativos, gerida por estudantes, com o apoio de professores, que presta serviços em determinadas áreas de acordo com a oferta formativa das escolas. Faz uma ponte de ligação entre o mercado de trabalho e a comunidade académica. É um grupo de trabalho dentro da escola, que juridicamente presta serviços, mas que não deixa de ser uma associação.
As portas têm-se aberto à Bright com muito trabalho e, sobretudo, muita rede de contactos. Os targets da empresa já estão bem definidos: as pequenas e médias empresas (PME´S), as startups e outras juniores empresas (como clientes, mas também como como colaboradores).
Para o André o maior desafio da Bright tem sido manter os membros motivados e focados. “A maior parte dos alunos bons da Bright estão em todo o lado da ESCS. É ter a certeza que os membros conseguem conciliar as diferentes atividades. Assim como quebrarmos a barreira do mercado. Temos tido bastante procura, mas quebrar a barreira de deixarmos de ser um grupo de miúdos, para sermos a Bright”, salientou. Para a Inês o importante é realmente manter a motivação dos membros, mesmo quando os atuais se forem embora.
Confessaram que são muito descontraídos nas redes sociais e tentam sempre divulgar o movimento júnior, partilhando o que outras juniores empresas fazem, além de produzirem conteúdos de comunicação. “Se temos algo para dar, porque não partilhar o conhecimento com outras pessoas?”., disse o André, salientando ainda que há descontração, mas profissionalismo ligado ao conhecimento.
Para estes dois elementos, estar na Bright é uma oportunidade, ganhando novas competências, tanto na área de formação como noutras. O André acredita mesmo que a Bright irá dar aos seus membros um portefólio que outra escola à partida não dará. “O que é que tu sabes fazer? Eu já fiz isto”, ressaltou. É uma maneira diferente dos alunos mostrarem as suas competências. Além da criação de networking, que como diz o André conhecer a pessoa certa não é uma questão de cunha, porque tem de se ser bom e sendo assim os conhecimentos obtidos através da Bright só irão facilitar a entrada no mercado de trabalho.
Até agora sentem-se satisfeitos por estarem a ser reconhecidos, não por serem “os malucos” que criaram o evento de lançamento com a pizza, mas de pensar que há pessoas que olham para eles e que os têm como uma referência. “É ver que as pessoas querem entrar para a Bright. É os professores dizerem que isto vai ser maior do que alguma vez pensámos. Ver isto crescer é espetacular”, disse a Inês.
Aos jovens empreendedores deram o conselho de não terem medo e de arriscar, por mais maluca que a ideia seja, há sempre pessoas que alinham nessa ideia. “Tenham lata e se acreditam naquilo, vendam isso às pessoas. Se tiverem lata e paciência conseguem de certeza”, referiram, acrescentando que se devem reunir de pessoas melhores do que eles. “Atirem-se de cabeça e não tenham medo”.
Em duas palavras descrevem a Bright como irreverente e como sendo uma loucura:
“Somos os malucos da cabeça que surgiram porque alguém teve a ideia de comer pizza”, concluíram, entre sorrisos.
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