No passado fim de semana rumámos à Madeira… Sempre tive alguma curiosidade em conhecer a ilha, mas não era um destino que fazia parte da minha listagem de destinos a visitar nas próximas temporadas. De qualquer forma aproveitei uma boa oportunidade e lá fomos nós… O que já sabia? Que ia encontrar paisagens bonitas, bom tempo… enfim, por aí! Não tinha as expetativas elevadas e não esperava grande coisa… Estava redondamente enganada! E tenho de confessar que foi dos locais que mais me agradou nos últimos tempos. Porque temos nós de ir para fora quando ainda nem conhecemos o nosso país? Esta “mania” da sociedade em acreditar que o que é bom é de fora, tem mesmo de acabar…
Bem, continuando com o “diário de viagem”. Estivemos pela Madeira dois dias [chegámos sábado às 9h e voltei ao Continente segunda às 10h] o que permitiu conhecer muita coisa. Claro que não vi tudo, no entanto acredito que para dois dias, as horas, minutos e segundos foram muito bem aproveitadinhos.
Ainda no sábado, e depois de alugar o carro [que fez toda a diferença na nossa deslocação], fomos diretos ao Centro do Funchal, mais propriamente ao Mercado dos Lavradores. Aberto até às 14h de sábado, o Mercado é, ainda nos dias de hoje, um espaço que exerce as funções para as quais foi criado: comercializa produtos de toda a espécie, num ambiente onde se misturam cores, sons, cheiros e gentes diversas. O que adorei: as frutas típicas desta ilha – maracujá de todos os sabores [limão, laranja, tomate, ananás, pêssego, lima…], anonas, banana da Madeira, fruto delicioso…Uma maravilha!
Depois do Mercado, e de um breve passeio por essa parte do Funchal, seguimos para o Monte com o intuito de experimentar a descida dos cestos. Bem dito, bem feito! Descemos do Monte ao Livramento [cerca de 2km] nas cestas de Madeira tão bem conhecidas. Foi uma experiência engraçada, mas que não adorei [o valor é elevado – €30 duas pessoas – e os colaboradores não muito simpáticos]. Mas ir à Madeira requer descida de cestos…
Depois disso continuamos o passeio pela ilha…desta vez já fora do Funchal. No “nosso” carro lá fomos conhecer Santana e as suas casinhas típicas. Tivemos sorte, pois nesse fim de semana decorria a “Festa dos Compadres” e, por isso mesmo, o município estava bastante animado. Provávamos as Malassadas – um género de farturas – e lá continuamos o nosso passeio até ao Pico do Areeiro. Uma palavra: deslumbrante! Situado a 1818 metros de altitude é possível ver a parte central da ilha e é o segundo pico mais alto da Madeira.
Por fim, e já com alguma larica, já fomos experimentar as famosas espetadas e milho frito. Confesso que não fiquei muito fã do milho frito, mas…a espetada é de comer e chorar por mais. Fomos ao restaurante Santo António e digo-vos uma coisa: atendimento e refeição mais do que 5estrelas! Por fim, ainda houve tempo para uma Poncha de Maracujá em Câmara de Lobos.
No domingo, o passeio era para continuar… Passámos a manhã no Jardim Botânico da Madeira, onde ainda foi possível ver vestígios da tragédia do Verão: os incêndios. É um local bonito de se ver, mas também não me conquistou, pois considero que poderia estar melhor tratado.
No final da manhã, passeamos por uma zona altamente turística: Lido. Esta é uma zona ainda mais vocacionada para o lazer e é procurada tanto pelos habitantes locais como por turistas para descontrair, brincar com crianças ou fazer exercício físico.
Chegada a hora de almoço, fomos ao Beer Garden provar o Picadinho Madeirense. Nunca tinha ouvido falar neste prato [que basicamente é Pica Pau mas com um molho] mas é delicioso [nota-se muito que estou fã da gastronomia madeirense???]. Picadinho com Batata e com uma Coral a acompanhar. Para melhorar ainda mais: um sol tremendo e uma esplanada.
A tarde foi passada a conhecer praias e miradouros: conhecemos o miradouro do Cabo Girão, passámos pela Ribeira Brava – o mais novo concelho do arquipélago da Madeira, por desmembramento dos concelhos da Ponta do Sol e Câmara de Lobos – pela Calheta – o maior concelho da Madeira em extensão – por Jardim do Mar e Paúl do Mar e terminámos na Ponta do Pargo – uma encantadora vila famosa pelo farol empoleirado em altas falésias sobre o mar [mas não só claro].
Para terminar acabámos a jantar um delicioso Naco na Pedra com batatinhas e Bolo do Caco onde comi a melhor sobremesa de sempre: Mousse de Chocolate Branco e Lima com cobertura de Frutos Vermelhos [se alguém conhecer um restaurante no Continente com isto, avise!!!].
Em jeito de resumo, fui conquistada por três coisas: a Paz da ilha, as belíssimas Paisagens e na deliciosa Gastronomia. Se voltava à Madeira? Sem pensar duas vezes!
~ um chá e uma viagem tranquilizante!