Quando há dois anos fui à bela ilha de São Miguel, fiquei com uma vontade enorme de voltar ao belo arquipélago dos Açores, afinal ainda faltavam 8 ilhas para ver.
Juntámos 12 amigos…sim sim dooooooooooooze, e foram 8 dias fantásticos!
Tínhamos marcado o nosso roteiro para 3 ilhas do grupo central dos Açores: Pico, Faial e São Jorge. Mas, decidimos aproveitar uma escala de 8h para espreitar a ilha Terceira.
Acabadinhos de chegar ao aeroporto das Lajes fomos até à tão famosa Praia da Vitória. Praia linda de areia negra que dava vontade de dar um mergulho, mas o tempo era escasso e ficámos só pelo passeio. Rumámos até Angra do Heroísmo e fomos almoçar a um restaurante muito simpático com umas Lapas grelhadas do céu e um bife de vitela divinal, o Casa de Pasto A Canadinha, recomendadíssimo!
Chegou o fim o dia e a hora de irmos para o destino final, a Ilha do Pico.
Sinceramente, quando vi o micro avião que nos ia levar ao destino final tive vontade de voltar para trás, medoooooooooo! Mas acabou por ser uma viagem curta e tranquila, com uma vista fantástica para a ilha de São Jorge.
O primeiro dia no Pico foi de volta à ilha, conhecer cantos e recantos daquele paraíso, com alguns mergulhos à mistura, “amizade” com um vitelo e não poderia faltar perdermo-nos à noite no meio do monte!
No 2º dia apanhámos o barco rumo à Ilha do Faial. Lindaaaaaaaaaa!
Desde o Vulcão dos Capelinhos ao mergulho na Praia do Almoxarife, com areia negra e com vista previligiada para a montanha do Pico, passando pelo almoço divinal no Canto da Doca, foi um dia que passou demasiado rápido e que deixou o desejo de voltar a esta ilha de 20km ponta a ponta!
Os dois dias seguintes foram passados na maravilhosa Ilha de São Jorge.
Todas as ilhas que conheço até hoje do arquipélago dos Açores são lindas, mas São Jorge deixou uma marca especial. É uma ilha tão mágica, com uma natureza singular e ainda pouco virada para o turismo. Amei!
É sabido que o tempo nas ilhas é meio bipolar, mas nesta ilha conseguimos apanhar as 4 estações em meia hora, na Ponta dos Rosais conseguimos ver todo o grupo central , subimos ao Pico da Esperança, mergulhámos na Poça de Simão Dias e fizemos a caminhada até à belíssima Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
A Fajã da Caldeira de Santo Cristo é um canto mágico da ilha, de um lado montanha, do outro o oceano, ao fundo a vista para a Ilha Graciosa. Foi uma noite diferente, a electricidade é um conceito desconhecido na Fajã, por isso às 23h a luz fornecida pelo gerador apaga, ficando apenas a luz das estrelas e o som dos Cagarros de fundo (por sinal assustador).
As cascatas, o queijo, as fajãs, as piscinas naturais, dois dias foi pouco para a ilha do dragão. Quero definitivamente voltar!
Os restantes dias foram passados na Ilha do Pico, novamente, dias cheios de aventuras!
A maior aventura foi a subida à Montanha do Pico, a montanha mais alta de Portugal com 2351 m de altitude. Foi fácil? Não! Mas foi umas das melhores experiência de sempre! Para mim, uma pessoa medricas que sobe umas escadas com buracos no meio e treme como varas verdes, subir até à cratera do Pico e ficar acima das nuvens foi uma vitória em tanto!
Da Ilha do Pico ficam as aventuras, os mergulhos, as lapas e as cracas na Tasca O Petisca, o vinho, a montanha, o cachorro, as grutas, o trânsito de vacas, as vistas para o Faial e para São Jorge, o acordar de manhã com vista para o mar, o ar puro e a sensação que ainda ficou tanto por fazer e conhecer.
Tanta beleza que este nosso Portugal tem! Ainda ficam a faltar a Ilha de Santa Maria, a Graciosa, o Corvo, as Flores e mais um pouco da Terceira…até já Açores!
Nita, Andreia, Joana, Mariana, Eva, Cancelita, Diogo, Zé, Joni, João e Ricardo, Obrigada pela aventura, sem dúvida os melhores doze! <3
~ Um chá de maravilhas ~
Fotografia: Ana Cancela, Luis Figueiredo e Teresa Botelho