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Travel Post #20 – Terceira, Açores

Quando o bichinho das viagens morde, já não há volta a dar! E, quando esse bichinho tem uma paixão pelos Açores, mais tarde ou mais cedo a volta ao arquipélago é inevitável.

Há dois anos fiz uma pequena paragem na ilha Terceira, mas foi só de passagem, uma vista de olhos muito breve em Angra do Heroísmo e Praia da Vitória. Fiquei com uma vontade enorme de voltar.

Desta vez a companhia foi a minha mãe, ela já conhecia São Miguel, achei por bem dar-lhe a conhecer a beleza do grupo central dos Açores.

Estivemos na ilha 4 dias e foi uma aventura pegada!

Acabadinhas de chegar à ilha, fizemos uma breve paragem na Praia da Vitória, observar o mar sereno e a areia negra. Já em Angra do Heroísmo, comecei por dar a conhecer à minha mãe as maravilhosas Lapas, que delícia, que saudades que eu tinha daquela sétima maravilha das ilhas.

O primeiro dia foi reservado para uma volta à cidade de Angra do Heroísmo. Fizemos tudo a pé com o mapa que pedi no Turismo com todos os pontos importantes.

Que cidade linda de morrer! Desde o Alto da Memória, à Fortaleza São Sebastião, a Marina, a Rua Direita com as suas varandas tão singulares e, claro, o Vasco da Gama.

O cansaço da viagem e do passeio a pé já acusava, portanto o Monte Brasil ficou para o dia seguinte.

Segundo dia na ilha e seguimos rumo à Fortaleza de São João Baptista. Esta fortaleza é um monumento militar de grandes dimensões, situado no Monte Brasil, um antigo vulcão extinto, que forma uma península na costa sul da cidade de Angra do Heroísmo, e duas bonitas baías (a de Angra e do Fanal), e seria parte dominante de um conjunto de fortificações que visavam a protecção de Angra do Heroísmo.

O Monte Brasil subimos todo a pé, tem vários trilhos que levam às várias pontas. Se estiver minimamente limpo conseguimos ver a ilha de São Jorge ao longe.

Para explorar o resto da ilha já é necessário carro. Decidimos dar a volta à ilha por fora começando nas Cinco Ribeiras, Santa Bárbara, subimos um pouco até à Lagoa das Patas, Miradouro do Raminho, passando por várias piscinas naturais até chegarmos a Biscoitos, zona balnear da ilha, linda sem igual e convidativa a mergulhos.

Mais um pouco e chegamos à Praia da Vitória, para um mergulho ao pôr do sol, subida ao Miradouro da Santa do Facho e para comer mais um prato típico da ilha, a Alcatra.

No terceiro dia fomos espreitar o Jardim Duque da Terceira, fica mesmo no centro de Angra mas escapou-nos no primeiro dia quando demos a volta à cidade.

O tempo neste dia estava pouco simpático, escuro, muitas nuvens, alguma chuva. O que tínhamos programado para este dia era visitar o centro da ilha, os pontos mais altos, as furnas e as grutas. A primeira tentativa de ver alguma coisa foi falhada, o nevoeiro era imenso, portanto decidimos descer novamente e ir até São Mateus da Calheta comer um belo peixe e mais um marisco característico das ilhas, as Cracas. O restaurante foi o Beira Mar, super recomendo, a comida e a simpatia.

As grutas só abrem às 14h, portanto, decidimos fazer nova tentativa nas Furnas de Enxofre, já não chovia e estava mais limpo portanto conseguimos fazer o trilho sem problemas e conseguimos ver tudo.

Depois fomos até ao Algar do Carvão, Gruta do Natal e Lagoa do Negro.

O Algar do Carvão situa-se no coração da ilha Terceira, no interior da Caldeira Guilherme Moniz, mais propriamente dentro de um vulcão adormecido, constituído por um cone vulcânico com cerca de 90 metros de altura, contendo no seu interior também uma lindíssima lagoa de águas cristalinas e tranquilas a cerca de 100 metros de profundidade. É algo a não perder para quem vai à Terceira, é de uma beleza inexplicável.

A Lagoa do Negro, é pequena mas tão serena, onde se ouvem apenas as árvores ao sabor do vento, fica junto à Gruta do Natal.

A Gruta do Natal pertence à Reserva Florestal Natural da Serra de Santa Bárbara e Mistérios Negros, toda a extensão foi composta por lavas fluídas que tomaram direcções diferentes, que deram origem ao túnel de lava. A Gruta teve outros nomes, mas ficou oficialmente com este nome a 25 de Dezembro de 1969, no seguimento de uma missa de Natal celebrada no local e aberta ao público.

Terminada esta parte da ilha decidimos ir ver o que nos restava da costa. Seguimos até Serretinha onde se consegue observar na perfeição os Ilhéus das Cabras.

No último dia já faltava pouco para ver, era dia de descontrair mais, despedir da cidade de Angra e das Lapas.

O dia estava lindo, céu praticamente limpo. Fomos ao Queijo Vaquinha, provar os queijos da ilha e lá há um pequeno miradouro no qual se conseguia ver perfeitamente São Jorge e um bocadinho do Pico.

Seguimos então para o ponto mais alto da ilha, a Serra de Santa Bárbara, com 1 021 metros de altitude. No caminho muito cuidado com o trânsito tão característico das ilhas, as vaquinhas, elas têm sempre prioridade.

Valeram a pena as várias tentativas de ir à Serra de Santa Bárbara, consegue ver-se praticamente toda a ilha. O Monte Brasil que parece agora tão pequeno, os Ilhéus das Cabras e, mais uma vez, São Jorge.

Para o fim deixamos a Serra do Cume. Eleva-se a 545 metros de altura e tem vista privilegiada para a cidade da Praia da Vitória e sua baía, a Planície das Lajes, a imensa planície e sua vegetação, além dos muros naturais de pedra.

As planícies do interior da ilha são conhecidas pelas suas “mantas de retalhos”, nome dado aos quadriláteros separados pelos muros de pedra vulcânica que abrigam as plantações das culturas locais, e que chamam muito a atenção pela sua forma geométrica.

A Serra do Cume é sem dúvida um dos meus locais favoritos da ilha Terceira.

Foram 4 dias de muitas aventuras com aquela nossa falta de orientação do costume, sem dúvida trouxemos o coração cheio. Espero que tenhas gostado Mãe, obrigada pela companhia nesta aventura! Que venham muitas mais!

Adoro os Açores, mas este grupo central tem um lugar especial no coração.

5 ilhas já estão, faltam 4…até breve Açores!

~ Coleccionando momentos…! ~

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