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E a lua-de-mel, para quando? Para agora! 5 destinos para a vossa viagem

Dias e horas, a agenda de 2020 ficou completamente suspensa e tudo o que tinhamos planeado passou a estar ao sabor do vento, do tempo incerto em que mergulhamos. Mas há sonhos que são demasiado desejados que não queremos vê-los cancelados, então decide-se adiar. Contudo, não é apenas a data que está em causa, é um sonho que muitos pensaram durante uma vida, para que aquele dia fosse simplesmente perfeito. E sabemos o quão se dedicaram para que esse sonho se torne realidade. E mesmo, quando esse dia parece estar cada vez mais perto e já se sentem as borboletas na barriga, eis que tudo parece ter acabado, sem nunca ter começado. Muitos noivos viveram este turbilhão de sentimentos devido à pandemia que assolou o mundo, e a pergunta já não era “e agora?”, mas sim “quando?”

E como não há casamento sem lua-de-mel, estivemos à conversa com a Ana Costa, uma agente de viagens que contribui para o sonho destes casais apaixonados e combina um pouco destes dois mundos, as viagens e luas-de-mel. Este é o seu testemunho (e também as suas sugestões).

“Com esta pandemia não, ainda o vírus não andava por cá e já tínhamos clientes a colocar em causa as suas viagens”

O sector do turismo vive dias muito diferentes, senão mesmo os mais difíceis de sempre. Ana já trabalha há 10 anos no mundo do turismo e das viagens e destaca que nunca viveu nada semelhante. “Sempre houve crises que afetaram as viagens, que se prendiam com saúde, desastres aéreos e catástrofes naturais, mas que sempre havia alguma forma de contornar e, sabíamos que seria algo temporário e que mais dia menos dia estaria resolvido. Com esta pandemia não, ainda o vírus não andava por cá e já tínhamos clientes a colocar em causa as suas viagens, senão mesmo a desistir delas.” Então tudo piorou quando o temeroso vírus chegara a Portugal, a mais pequena escapadela fora das fronteiras da nossa zona de conforto, era questionável.

Junto com muitos jovens casais que planeiam consigo a sua lua-de-mel, Ana partilhou estes momentos duros. Como o casamento havia sofrido alterações, sabia que o mesmo aconteceria com a data da lua-de-mel. Por uma lado, seria necessário reagendar a viagem, em conformidade. Mas esta decisão obrigava a outra reflexão: escolher alternativas a países “covid-safe” como forma de ter um experiência mais tranquila e próxima ao “normal” esperado. E talvez, este seja algo diferente, porque quem trabalha em turismo está, de certa forma, habituado a que as suas viagens e programas sejam alterados. Agora com um cenário como o coronavírus, tudo requer mais prudência e tudo é mais restrito.

Uma quebra de 80% ou 90% se compararmos com anos anteriores à pandemia. São números muito tristes.

Ana gosta do seu trabalho, o mundo das viagens sempre a inspirou e sabe que, em certa medida, está também a contribuir para experiências inesquecíveis junto dos seus clientes. Para além da responsabilidade e profissionalismo (e algumas dores de cabeça), admite que o seu trabalho traz também uma boa dose de adrenalina. Mas 2020 seria uma realidade bem diferente. Quando lhe perguntamos quantas viagens programou em 2020, com um tom desolado respondeu prontamente: “duas viagens! Em anos, normais demoraria mais tempo a contar.”

Uma viagem de lua-de-mel aos Açores (5 ilhas, 15 dias) e outra às Maldivas (10 dias), ambas durante o mês de Outubro. “Temos de ser optimistas, e num ano tão atípico, duas viagens assim são números positivos”, mas são também resultados de uma quebra que a mesma afirma de 80% ou 90% se compararmos com anos anteriores à pandemia. São números muito tristes.

“Mas já me adiantaram também que não há outra data, em Maio dão mesmo o nó, com ou sem convidados.”

Como exemplo, Ana refere uma situação particular de um cliente que já vai na terceira data. Com o casamento previsto inicialmente para Abril de 2020, passou para Outubro 2020, e agora, passado praticamente um ano, para Maio 2021! “É difícil! E imagino que seja bem difícil para eles (eu também já fui noiva)! Mas já me adiantaram também que não há outra data, em Maio dão mesmo o nó, com ou sem convidados.” No entanto, aquilo que já foi programado como viagem para Miami com cruzeiro nas Caraíbas, agora está a ser repensado, eventualmente para as Maldivas. O que, perante todas as adversidades da pandemia, acaba por ser uma boa alternativa, não apenas pelo facto das Maldivas serem ilhas magníficas que todos conhecemos (ainda que nunca tenhamos lá ido), mas sobretudo, pela segurança no que refere ao coronavírus. Isto porque, não registo de casos a um nível alarmante, e facto é, que para embarcarem é necessário teste ao Covid-19, e o mesmo acontece no desembarque. Uma vez nas Maldivas, é feito nova recolha e testagem, que até ser conhecido o resultado (24h), estão já na sua “casinha” em pleno oceano índico. Geralmente, os resultados são regra geral “negativo”, porque cada ilha tem um hotel, onde se espalham em diversos bungalows, e portanto, não há cruzamento ou contacto com muitas pessoas. Talvez por isso seja, neste momento, o destino recomendado para estas viagens a dois. 

As Maldivas são um bom exemplo, tal como o Sri Lanka ou as Seychelles.

Perante todos estes cenários, a mensagem que Ana deixa de alento para todos os noivos é “não desistam da vossa viagem de sonho”. Sugere que, para quem quer casar e ter a sua viagem, deve repensar os destinos e não a viagem em si. “A viagem deve ser mantida e ajustada.” Existem alternativas que configuram este equilíbrio, entre aquilo que se espera de uma lua-de-mel e a segurança covid-19, as Maldivas são um bom exemplo, tal como o Sri Lanka ou as Seychelles, e se não quisermos ir tão longe, a Madeira ou os Açores são destinos muito interessantes a explorar. Depois dos Açores terem sido eleitos como ‘o destino mais seguro para visitar na Europa em 2020’, este ano, é a Madeira que recebe esta distinção. Além disso, é também uma forma de contribuirmos para o nosso turismo e para a economia nacional.

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Travel Post #20 – Terceira, Açores

Quando o bichinho das viagens morde, já não há volta a dar! E, quando esse bichinho tem uma paixão pelos Açores, mais tarde ou mais cedo a volta ao arquipélago é inevitável.

Há dois anos fiz uma pequena paragem na ilha Terceira, mas foi só de passagem, uma vista de olhos muito breve em Angra do Heroísmo e Praia da Vitória. Fiquei com uma vontade enorme de voltar.

Desta vez a companhia foi a minha mãe, ela já conhecia São Miguel, achei por bem dar-lhe a conhecer a beleza do grupo central dos Açores.

Estivemos na ilha 4 dias e foi uma aventura pegada!

Acabadinhas de chegar à ilha, fizemos uma breve paragem na Praia da Vitória, observar o mar sereno e a areia negra. Já em Angra do Heroísmo, comecei por dar a conhecer à minha mãe as maravilhosas Lapas, que delícia, que saudades que eu tinha daquela sétima maravilha das ilhas.

O primeiro dia foi reservado para uma volta à cidade de Angra do Heroísmo. Fizemos tudo a pé com o mapa que pedi no Turismo com todos os pontos importantes.

Que cidade linda de morrer! Desde o Alto da Memória, à Fortaleza São Sebastião, a Marina, a Rua Direita com as suas varandas tão singulares e, claro, o Vasco da Gama.

O cansaço da viagem e do passeio a pé já acusava, portanto o Monte Brasil ficou para o dia seguinte.

Segundo dia na ilha e seguimos rumo à Fortaleza de São João Baptista. Esta fortaleza é um monumento militar de grandes dimensões, situado no Monte Brasil, um antigo vulcão extinto, que forma uma península na costa sul da cidade de Angra do Heroísmo, e duas bonitas baías (a de Angra e do Fanal), e seria parte dominante de um conjunto de fortificações que visavam a protecção de Angra do Heroísmo.

O Monte Brasil subimos todo a pé, tem vários trilhos que levam às várias pontas. Se estiver minimamente limpo conseguimos ver a ilha de São Jorge ao longe.

Para explorar o resto da ilha já é necessário carro. Decidimos dar a volta à ilha por fora começando nas Cinco Ribeiras, Santa Bárbara, subimos um pouco até à Lagoa das Patas, Miradouro do Raminho, passando por várias piscinas naturais até chegarmos a Biscoitos, zona balnear da ilha, linda sem igual e convidativa a mergulhos.

Mais um pouco e chegamos à Praia da Vitória, para um mergulho ao pôr do sol, subida ao Miradouro da Santa do Facho e para comer mais um prato típico da ilha, a Alcatra.

No terceiro dia fomos espreitar o Jardim Duque da Terceira, fica mesmo no centro de Angra mas escapou-nos no primeiro dia quando demos a volta à cidade.

O tempo neste dia estava pouco simpático, escuro, muitas nuvens, alguma chuva. O que tínhamos programado para este dia era visitar o centro da ilha, os pontos mais altos, as furnas e as grutas. A primeira tentativa de ver alguma coisa foi falhada, o nevoeiro era imenso, portanto decidimos descer novamente e ir até São Mateus da Calheta comer um belo peixe e mais um marisco característico das ilhas, as Cracas. O restaurante foi o Beira Mar, super recomendo, a comida e a simpatia.

As grutas só abrem às 14h, portanto, decidimos fazer nova tentativa nas Furnas de Enxofre, já não chovia e estava mais limpo portanto conseguimos fazer o trilho sem problemas e conseguimos ver tudo.

Depois fomos até ao Algar do Carvão, Gruta do Natal e Lagoa do Negro.

O Algar do Carvão situa-se no coração da ilha Terceira, no interior da Caldeira Guilherme Moniz, mais propriamente dentro de um vulcão adormecido, constituído por um cone vulcânico com cerca de 90 metros de altura, contendo no seu interior também uma lindíssima lagoa de águas cristalinas e tranquilas a cerca de 100 metros de profundidade. É algo a não perder para quem vai à Terceira, é de uma beleza inexplicável.

A Lagoa do Negro, é pequena mas tão serena, onde se ouvem apenas as árvores ao sabor do vento, fica junto à Gruta do Natal.

A Gruta do Natal pertence à Reserva Florestal Natural da Serra de Santa Bárbara e Mistérios Negros, toda a extensão foi composta por lavas fluídas que tomaram direcções diferentes, que deram origem ao túnel de lava. A Gruta teve outros nomes, mas ficou oficialmente com este nome a 25 de Dezembro de 1969, no seguimento de uma missa de Natal celebrada no local e aberta ao público.

Terminada esta parte da ilha decidimos ir ver o que nos restava da costa. Seguimos até Serretinha onde se consegue observar na perfeição os Ilhéus das Cabras.

No último dia já faltava pouco para ver, era dia de descontrair mais, despedir da cidade de Angra e das Lapas.

O dia estava lindo, céu praticamente limpo. Fomos ao Queijo Vaquinha, provar os queijos da ilha e lá há um pequeno miradouro no qual se conseguia ver perfeitamente São Jorge e um bocadinho do Pico.

Seguimos então para o ponto mais alto da ilha, a Serra de Santa Bárbara, com 1 021 metros de altitude. No caminho muito cuidado com o trânsito tão característico das ilhas, as vaquinhas, elas têm sempre prioridade.

Valeram a pena as várias tentativas de ir à Serra de Santa Bárbara, consegue ver-se praticamente toda a ilha. O Monte Brasil que parece agora tão pequeno, os Ilhéus das Cabras e, mais uma vez, São Jorge.

Para o fim deixamos a Serra do Cume. Eleva-se a 545 metros de altura e tem vista privilegiada para a cidade da Praia da Vitória e sua baía, a Planície das Lajes, a imensa planície e sua vegetação, além dos muros naturais de pedra.

As planícies do interior da ilha são conhecidas pelas suas “mantas de retalhos”, nome dado aos quadriláteros separados pelos muros de pedra vulcânica que abrigam as plantações das culturas locais, e que chamam muito a atenção pela sua forma geométrica.

A Serra do Cume é sem dúvida um dos meus locais favoritos da ilha Terceira.

Foram 4 dias de muitas aventuras com aquela nossa falta de orientação do costume, sem dúvida trouxemos o coração cheio. Espero que tenhas gostado Mãe, obrigada pela companhia nesta aventura! Que venham muitas mais!

Adoro os Açores, mas este grupo central tem um lugar especial no coração.

5 ilhas já estão, faltam 4…até breve Açores!

~ Coleccionando momentos…! ~

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Travel Post #19 – Barcelona


Eu e a minha irmã no nosso aniversário gostamos de fazer algo diferente, passear, conhecer coisas novas, levar a nossa mãe a tirar férias depois das férias para poder descansar destas andanças. Na passagem para os 30 decidimos ir fazer uma visita a nuestros hermanos, e a cidade escolhida foi Barcelona.

Era uma viagem que estava na bucket list há muito tempo, mas era adiada por “ficar aqui ao lado”.

Barcelona surpreendeu e muito, já tinha ouvido falar maravilhas da cidade, mas até superou expectativas. É uma cidade super completa, há um envolvimento da história e cultura com as artes, há o movimento de uma cidade grande e depois o ar relaxado da praia.

Chegámos bem cedo e decidimos ir explorar a zona de Montjüic.

Montjüic é uma colina na qual se encontra o castelo, tem uma vista privilegiada do porto de Barcelona e da zona antiga da cidade.

Depois de atravessarmos o jardim de Montjüic e de subirmos um bocadinho (bem grande), chegámos ao castelo. A vista é realmente fantástica lá de cima, passeámos, aproveitamos a vista sentadas no cimo do castelo e deu tempo até para uma gaivota ficar com metade do meu lanche.

Castelo visto descemos até ao Estádio Olímpico, depois pela escadaria do Museu Nacional de Arte da Catalunha até à Plaça Espanya.

Escolhemos este lado da cidade porque havia espectáculo na Fonte Mágica de Montjüic nessa noite. Fica a dica, vejam os dias e horários em que há este espectáculo, vale muito a pena, junta a beleza das fontes de água, com as luzes e a música. Se quiserem ver bem de perto têm de ir cedo porque este espectáculo junta uma verdadeira multidão. Ah! E cuidado com as carteiras.

No segundo dia fomos até ao Passeig de Gràcia.

O Passeig de Gràcia fez-me muito lembrar os Campos Elísios, mas em bonito. Avenida gigantesca que começa na Plaça da Catalunya e termina no Barri de Gràcia, foi projectado para as famílias mais ricas, que competiam umas com as outras para ver quem tinha a casa mais espectacular. Tem, sem dúvida, uma arquitectura de cortar o fôlego e é aqui que se encontram as lojas de marcas de luxo.

Aqui, encontram-se também duas jóias de Antoni Gaudí, La Pedrera (Casa Milá) e a Casa Batló. Não entrámos em nenhuma porque o tempo não dava para tudo, fica para uma próxima visita, mas apreciámos a beleza singular da La Pedrera e a Casa Batló ficou mesmo pela imaginação, estava completamente tapada por estar em obras.

Seguimos então caminho, para a mais preciosa obra de Antoni Gaudí, a Sagrada Família.

Gaudí queria que a Sagrada Família fosse um grande monumento a Deus, mas também um ponto de referência em Barcelona e, todas as obras que fez em Barcelona, foram com o objetivo de trazer novas ideias e aperfeiçoar este templo.

A Sagrada Família divide-se em 3 fachadas: Nascimento, Paixão e Glória, e espera-se que até 2026 esteja completamente pronta, para as comemorações dos 100 anos da morte de Antoni Gaudí.

Confesso que o interior da Sagrada Família não me fascinou, sim tem vitrais bonitos, Gaudí era sem dúvida uma mente brilhante da arquitectura, mas acho que o exterior, esse sim, é o mais bonito do templo.

No terceiro dia fomos até ao Arco do Triunfo, Parc de la Ciutadella e Barri Gòtic.

O Parc de la Ciutadella encontra-se no coração da cidade e é um dos parques mais importantes de Barcelona. Conta com extensas áreas de jardins, o Castelo dos Três Dragões que é atualmente o Museu de Zoologia, o Parlamento da Catalunha, a Fonte Monumental, árvores, um lago, uma estufa e o Zoológico de Barcelona.

Este parque é um lufada de ar fresco no meio da cidade, uma imensidão de verde em que apetece estender a toalha e fazer um piquenique.

O Barri Gòtic parece outra dimensão, com ar medieval, parece que entramos na idade média, e não é por acaso, foi aqui que a cidade nasceu.

Aqui passeámos por todo o bairro e conhecemos a Catedral de Barcelona, é lindíssima, e vale muito a pena subir ao topo da catedral. Claro está que eu só subi porque era de elevador e porque lá em cima até era aparentemente seguro, mas valeu a pena pôr os medos das alturas de lado e apreciar a bela paisagem de Barcelona, desde o castelo até à praia.

Neste bairro há também a Basílica de Santa María del Mar que fica num largo pequeno e lindíssimo.

O quarto dia ficou guardado para explorar melhor a Plaça da Catalunya, Las Ramblas, o Mercado La Boqueria, o Porto de Barcelona e a Praia de La Barceloneta.

As Ramblas têm um movimento constante de tirar o fôlego, parece que a multidão nos vai engolir a qualquer momento, é fantástico.

O Mercado La Boqueria é daqueles sítios que não se pode mesmo falhar numa visita a Barcelona. As cores, a fruta, o movimento, o cheiro a comidinha acabadinha de sair, simplesmente espectacular, e é tudo delicioso.

No topo das Ramblas, quase a chegar ao Porto do lado esquerdo num pequeno beco, há um bar que vale a pena espreitar. Entramos numa realidade paralela, um bosque encantado, chama-se El Bosc de les Fades.

Aquelas avenidas do Porto de Barcelona, tão perto do Barri Gòtic e tão, mas tão diferente. É isto que eu adoro naquela cidade, mudamos de rua e parece que mudamos de cidade.

No Porto de Barcelona está o Mirador de Colom, construção em homenagem ao navegador Cristovão Colombo, e vale um passeio por todo o Porto no qual se podem ver embarcações de todos os tamanhos e feitios, deste o pequeno iate ao grande navio.

Do Porto até à praia a caminhada não é grande e faz-se muito bem. É mais uma realidade de Barcelona.

Rondavam os 19 graus, eram cerca de 16h de um dia de semana e a praia estava cheia de gente. Alguns faziam praia como se estivessem 30 graus, outros aproveitavam para passear, andar de bicicleta, parecia um de verão.

O último dia era mais curto por causa da viagem, então decidimos deixar este dia exclusivamente para o Parque Güell.

O Parque Güell teve como seu principal mecenas Eusebi Güell, um rico empresário apaixonado pelas obras de Gaudí. Embora a ideia principal fosse a construção de um conjunto residencial de luxo, com o passar dos anos essa ideia foi abandonada e em seu lugar foi construído um parque digno do cenário de um conto de fadas.

O parque é mágico, coberto de formas onduladas, colunas que parecem árvores, figuras de animais e formas geométricas. A maior parte das superfícies estão decoradas com mosaicos feitos com pedaços de cerâmica coloridos. Gaudí inspirou-se nas formas da natureza e fez do parque uma impressionante criação.

Do parque subimos mais um pouco até ao Mirador de Joan Sales, outra vista que não se deve perder.

Barcelona foi sem dúvida uma cidade que apaixonou, as pessoas, o movimento, a diversidade, a cultura, a arte, as tapas, a cerveza, a paella, a sangria cava…só ficou mesmo a faltar o Camp Nou, numa próxima visita!

E foi assim a chegada aos 30, mais uma aventura, 5 dias fantásticos. Que venham mais aventuras e já a pensar onde ir nos 31!

~” Todo sale del gran libro de la naturaleza” ~

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Travel Post #18 – Polónia e Alemanha

Para começar bem o ano vale recordar a última viagem de 2018!

Um ano cheio de aventuras teria de terminar com mais uma…10 dias fantásticos, 2 países, 5 cidades!

A primeira paragem foi em Varsóvia, cidade que não inspirava muita expectativa porque sempre me lembro de ouvir “não percas tempo a ir lá, é só prédios”. Na verdade Varsóvia é uma cidade bastante movimentada e realmente com muitos prédios, mas a zona histórica é encantadora.

Começámos por percorrer a Rua Nowy Świat, onde se encontram os restaurantes e algum comércio de rua, passamos no Palácio Presidencial, alguns jardins e finalmente chegamos à Praça Zamkowy, onde está o Castelo de Varsóvia, muito diferente dos nossos.

Percorremos o Barbican (Muralha que separa a Cidade Velha da Cidade Nova) onde se encontrava o Monumento do Pequeno Insurgente e fomos até à Praça do Mercado onde está a famosa estátua da Sereia.

O Palácio da Cultura e da Ciência, acabou por ser referência de orientação, por ser o edifício mais alto de Varsóvia, ali perto ficava um jardim gigante com umas cores de Outono lindíssimas.

Fomos ao POLIN Museu da História dos Judeus Polacos, que está situado no Muranów, o bairro onde viveu a comunidade judaica até os nazis o reconverterem no gueto na Segunda Guerra Mundial. Este museu dá-nos uma perspetiva do que foi a vida dos judeus ao longo dos tempos.

Por fim fomos até ao Jardim Sajón, onde se encontra o Túmulo do Soldado Desconhecido de Varsóvia no que resta do Palácio Saxão que no passado abrigou o Ministério da Guerra Polaco. O túmulo está sempre guardado por dois soldados e tem um tocha que nunca apaga. Os polacos são um povo extremamente patriota.

Em Varsóvia estivemos dois dias e chegou para ver tudo com calma.

A aventura continuou até Breslávia. Ficámos lá duas noites e um dia e senti que foi pouco. É uma cidade de bonecas, encantadora, maravilhosa, podia estar o dia todo nisto. Amei!

Breslávia é conhecida pelos inúmeros gnomos espalhados pela cidade, são mais de 200, têm cerca 30cm de altura e até há visitas guiadas só para os encontrar.

A cidade está divida em ilhas e faz-se lindamente a pé, rapidamente chegamos a todo o lado.

Começando na Praça do Mercado, passando pelas casinhas coloridas que parecem todas saídas de um filme medieval, o Plac Solny (Mercado das Flores) aberto 24h sempre com flores lindas. A Casa inspirada da história do Joãozinho e a Mariazinha, a Ilha da Catedral, onde se encontra a universidade e o jardim botânico e a Ponte Tumski.

No caminho fomos encontrando os famosos gnomos, que por norma estão relacionados com o sítio onde estão localizados. Na última noite fomos jantar a um restaurante que encontrámos por acaso, perdidas pelas ruelas, o Konspira. Tem uma decoração inspirada na guerra e foi talvez o sitio onde comemos melhor em toda a viagem. Recomendo!

Para terminar a Polónia, não poderia faltar a bela Cracóvia.

Sempre com chuva e o frio a acompanhar, fomos até à Rynek Główny (Praça do Mercado), super movimentada, onde tudo acontece dia ou noite, frio ou não. No centro desta praça medieval está o Sukiennice, um mercado onde se podem encontrar todo o tipo de lembranças da Polónia.

Na Praça de Cracóvia está também a Cabeça de Eros e a Igreja em que de hora a hora vêm tocar corneta nas janelas a toda à volta.

Fomos até ao Castelo Real de Wawel, onde algures perto da muralha está uma estátua de um dragão que de x em x tempo cospe fogo.

A cidade de Cracóvia está dividida em dois centros, há o centro da Praça do Mercado e há o Centro Judeu, onde também podemos encontrar um mercado com doces típicos da Polónia, cujo o nome não me recordo mas eram maravilhosos, e lembranças várias. Esse lado da cidade é o Bairro Judeu.

Nesse lado encontramos a Praça dos Heróis do Gueto, é uma praça cheia de cadeiras. Esta praça principal do gueto é onde eram seleccionados os judeus que iriam ser transportados para o campo de concentração.

A Fábrica de Oskar Schindler também é deste lado da cidade, mas não conseguimos visitar porque estavam os bilhetes esgotados, tive muita pena, fica a dica que será melhor comprar com antecedência. Nas janelas da fábrica estão as fotografias de todos os judeus que Schindler salvou.

Duas visitas que têm de estar marcadas quando se vai à Polónia são aos campos de concentração Auchwitz – Birkenau e às Minas de Sal. Nós optámos por uma tour de um dia completa.

As Minas de Sal já estão desactivadas e agora servem apenas de museu. Têm uma profundidade superior à altura da Torre Eiffel (coisa que soubemos já estando lá nas profundezas) e nós andamos sempre rodeados de sal, chão, paredes, tudo. Mais ou menos a meio da tour, há uma catedral toda feita em sal, é espectacular.

Auchwitz – Birkenau ficou para a parte da tarde. Não tenho palavras para descrever o que se sente naquele sítio, o que se ouve, o que se vê. Já vi vários filmes que mostram o que por lá se passou, mas estar lá, ver aquelas fotografias todas das pessoas que lá morreram, os nomes, as coisas deles.

Mas Birkenau foi o campo que mais me impressionou. Fomos mesmo ao pôr do sol, o que lhe deu um ar ainda mais pesado. É um campo gigantesco (o maior que existe), aquele ar gelado, um silêncio arrepiante, e aquele cheiro, aquele cheiro que nem sei descrever. Eu queria ouvir o que a guia dizia mas ao mesmo tempo só queria sair dali, era impossível conter lágrimas.

Vale a pena ir, sem dúvida, mas os mais sensíveis preparem essas emoções.

Apaixonei-me completamente pela Polónia, foram 3 cidades tão diferentes e cada uma mais maravilhosa que a outra, quero muito voltar para conhecer mais.

Deixámos a maravilhosa Polónia para uma aventura na Alemanha, mais duas cidades nos esperavam.

A primeira cidade foi Berlim. Já tinha ouvido tanta coisa diferente de Berlim, estava muito curiosa.

Começámos pela Alexanderplatz, a praça mais movimentada de Berlim, onde estão os shoppings, animação de rua, noite e dia, e a tão conhecida Torre de TV, que se vê da cidade toda.

Mais para o centro da cidade é o Reichstag (parlamento alemão), aqui há uma vista panorâmica da cidade, que deve ser agendada em bundestag.de, mas com bastante antecedência, nós já não conseguimos vaga.

Mesmo ao lado do parlamento é a Porta de Brandemburgo, que ao ser atravessada dá acesso ao Großer Tiergarten (Parque Tiergarten), um parque lindíssimo que merece um passeio.

O Memorial do Holocausto fica também logo ali, faz lembrar um cemitério, um tanto ou quanto arrepiante.

Por toda a cidade se vai vendo pedaços do Muro de Berlim, mas vale a pena andar um pouco mais para ver a East Side Gallery (galeria a céu aberto de pinturas no Muro de Berlim), mas já lá chegamos.

No caminho para esta maravilhosa galeria a céu aberto, passámos no Museu Topografia do Terror, está localizado onde, durante o regime nazi, ficava a sede da Polícia Secreta. A exposição ao ar livre é intitulada “Berlim 1933–1945 mostra e ensina em detalhes tudo sobre este capítulo triste da história.

Um pouco mais à frente é o Checkpoint Charlie.

O Checkpoint Charlie era um posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental durante a Guerra Fria, localizava-se na junção das ruas Friedrichstrasse com Zimmerstrasse e Mauerstrasse, ligando o setor americano com o setor soviético. Após a construção do Muro de Berlim as autoridades da Alemanha Ocidental construíram este posto para servir como um ponto de controle para registrar a passagem de membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. Hoje em dia está apenas lá representado mais para turista ver, de qualquer forma estão lá mapas que nos mostram tal e qual como estava tudo dividido naquela altura.

Chegando finalmente à East Side Galary as pernas já ardiam, Berlim é toda plana, pede mesmo para ser visitada a pé, mas ao fim do dia já pesa.

A East Side Gallery é uma galeria de arte ao ar livre situada em uma secção de 1.113 metros, no lado leste do antigo muro de Berlim, que foi preservado da demolição. Localizado ao longo das margens do rio Spree é considerada a galeria de arte ao ar livre de maior duração no mundo. Lá podemos encontrar obras de todos os géneros, vale muito a pena percorrer todo o muro, até porque a obra mais conhecida está no fim.

Deixámos para o fim a Ilha dos Museus, a imponente Catedral de Berlim, e Nikolaiviertel.

Para ver os museus com calma são precisos mais dias, nós ficámos apenas três, mas nós passeámos por toda a ilha dos museus e é um local maravilhoso, todos estão divididos por pequenas pontes, com mercados de rua, imenso movimento.

Nikolaiviertel é a Berlim Antiga, um pequeno bairro medieval nas margens do rio Spree e perto da Rotes Rathaus (Câmara Municipal) e da Catedral de Berlim. É a zona mais antiga de Berlim, sendo aqui que a cidade se originou. Na Idade Média, esta área era uma rota de comércio, os comerciantes e artesãos estabeleceram-se ali, na junção do rio Spree com a estrada. É uma área com várias lojinhas, cafés e restaurantes super giros e agradáveis que nos remete para uma Berlim do século 13.

Deixámos Berlim numa manhã gelada com o jardim da Alexanderplatz carregadinha de corvos e chegámos a Hamburgo com uma sensação térmica de inverno.

A Hamburgo já chegámos cansadas mas mesmo assim não abdicámos de andar a pé pela cidade toda. Um dia e meio chegou e sobrou para vermos tudo o que queríamos.

Começámos pelo Lago Binnenalster, um lago artificial no centro da cidade, em que vale a pena dar um passeio a toda à volta.

Seguimos para a Rathausführung (Câmara Municipal) para mim o edifício mais bonito de Hamburgo, passámos pelo Memorial St. Nikolai, uma greja gótica em ruínas desde a Segunda Guerra Mundial e pela Hauptkirche St. Jacobi, uma das igrejas alemãs do Caminho de Santiago.

Entretanto decidimos ir aos locais mais longe logo no primeiro dia para irmos com calma, então lá fomos até Speicherstadt, o maior bairro de armazéns do mundo construídos sob alicerces de madeira. Foi construído entre 1883 e 1927.

Deichstrasse é uma das ruas mais antigas do AltStadt, com os seus canais e prédios típicos e característicos quer em geometria, quer em cor do Norte da Alemanha. Muito perto do zona dos armazéns, que tem a mesma coloração. Grande parte foi destruída por um incêndio de grandes proporções nos finais do séc XIX mas foi reconstruida e hoje é uma das atracções de Hamburgo.

Andando mais um pouco chegamos ao Porto de Hamburgo, a “dois passos” do Bairro Português onde vemos cafés e restaurantes com nomes portugueses e onde tomámos um café como deve ser e um pastel de nata, tão bom.

Consoladinhas e depois de descongelar um pouco fomos até ao Fischmarkt de St.Pauli, mercado de peixe da Hamburgo, mas estava fechado só vimos por fora.

Depois entramos para Sankt Pauli pela Beatles Platz. Sankt Pauli é um bairro muito particular, já passámos lá de noite e se não tivesse tanto movimento acho que teria um certo medo. Característico pelas variadíssimas casas de prostituição, pelo clube de futebol um tanto arruaceiro, gente estranha, o teatro e a esquadra da policia.

Acabando a volta do dia passámos ainda pela Igreja de Sankt Michaelis.

No último dia de viagem decidimos voltar ao centro e visitar o que faltava.

Passeámos na Alsterarkaden, rua das lojas e restaurantes à beira rio, fomos ver a Hauptkirche Sankt Petri, igreja mais antiga da cidade, enfim demos mais umas voltinhas por ali nas calmas a aproveitar os últimos cartuxos desta viagem maravilhosa.

10 dias..

2 países…

5 cidades…

Que viagem!

Obrigada Andreia por teres voltado à Polónia connosco, devias ter vindo à Alemanha também! Cátia, que viagem incrível vamos marcar o próximo destino agora!

~Traveling is like flirtingwith life. It’s like saying, ‘I would stay and love you, but I have to go; this is my station.’ ~

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Travel Post #17 – Escócia

A escolha de encerramento de uma Primavera desorientada foi nada mais nada menos que um país que por si só tem um clima desorientado: A Escócia!

Um destino que há muito estava nos primeiros lugares da bucket list e superou expectativas.

Trocámos um Porto chuvoso por um dia de verão em Edimburgo.

Acabadinhos de chegar ao centro de Edimburgo conseguimos perceber que 20ºC são o equivalente a 30ºC aqui. Predominava o chinelo no dedo, a pele vermelha, roupa fresquinha de verão, esplanadas cheias e, principalmente, o maravilhoso Princes Street Gardens repleto de pessoas a aproveitar o sol que é raro naquele país.

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Depois de deixar os trecos todos em casa, saímos para aproveitar a tarde e explorar a cidade. 

Voltámos à Princes Street, que é a rua principal da New Town, fomos ver o Scott Monument, demos uma volta no Princes Street Gardens e atravessámos até à Old Town.

Na Old Town é onde se encontram as principais atracções da cidade. Subimos até à Royal Mile através do Advocates Close.

A Royal Mile liga as casas reais e está repleto becos em todo o percurso, os chamados ‘Close’. Numa ponta, literalmente em cima de uma rocha é o Castelo de Edimburgo, na outra ponta é o Holyrood Palace, onde rainha Isabel II passa os meses de verão.

Muitos ‘Closes’ têm histórias arrepiantes, outros têm jardins secretos, outros restaurantes, passagens secretas. Vale a pena ir espreitando ao percorrer a Royal Mile. Um dos mais famosos é  o Mary King´s Close que faz uma bela introdução no mundo dos fantasmas de Edimburgo. Vale também a pena ir ao Dunbars Close que tem um jardim lindo.

Mais ou menos a meio da Royal Mile em frente às City Chambers há um monumento no qual a J.K. Rowling se inspirou para a entrada para a Câmara dos Segredos no segundo livro da saga.

 

IMG_8595Voltando à parte do mundo dos fantasmas…pois é acredita-se que Edimburgo é uma cidade assombrada, tem imensas histórias de fantasmas, então decidimos ir fazer um Ghost Tour por becos e catacumbas da cidade, foi super engraçado vale muito a pena.

No dia seguinte, passámos a manhã no Holyrood Palace. A residência de férias da família real inglesa é muito bonita, a começar na entrada de cortar a respiração aos jardins de perder de vista. Há uns anos fui ao Palácio de Buckingham, em Londres, é sem dúvida maravilhoso, mas gostei mais deste.

No caminho para o Castelo de Edimburgo percorremos novamente a Royal Mile e visitámos a St Giles’ Cathedral. Perto da porta da catedral, no chão, há um mosaico em forma de coração, é o Heart of Midlothian. Algumas pessoas cospem no coração. Embora agora se diga que foi feito por boa sorte, foi originalmente feito como um sinal de desdém pela antiga prisão. O local estava diretamente do lado de fora da entrada da prisão, de modo que o costume pode ter sido iniciado pelos devedores quando foram libertados. 

 

Perto do The Hub, descemos para a Victoria Street, para mim a rua mais bonita de Edimburgo.

A Victoria Street foi a inspiração de J.K. Rowling para a Diagon Alley, sente-se por todo o lado a magia de Harry Potter naquele sítio, as cores, as lojas, tudo. Amei!

Mais a baixo é o Grassmarket, que é um mercado histórico e um espaço para eventos no centro histórico de Edimburgo. Foi aqui que almoçámos. Claro que escolhemos um pub assombrado para almoçar, o The Last Drop Tavern. Acredita-se que o local seja assombrado por uma rapariga, há relatos de empregados que ouvem os nomes deles quando o pub está aparentemente vazio, pratos que voam mas nunca partem, etc. O pub era muito giro, o staff muito simpático, mas o mais assustador que vi lá foram os Haggis* que o Diogo decidiu comer.

*Haggis é um dos pratos típicos mais populares de Edimburgo. Trata-se de um prato muito condimentado com um sabor intenso, cujos ingredientes são fígado, coração e pulmões de cordeiro, embutido na pele formada pelo estômago do mesmo e cozido durante várias horas.

Chegados ao imenso Castelo de Edimburgo tivemos quase 3h a explorar, é bonito, tem a toda a volta uma vista maravilhosa da cidade, conseguimos também ver o imenso mar, algumas pequenas ilhas e provámos um whisky pois claro.

Já fim de tarde e com muito quilometro nas pernas decidimos descansar um pouco e fomos conhecer o berço do Harry Potter, o The Elephant House. É um café muito simpático, com janelas enormes e onde decidi provar o chá típico escocês, o Scottish Breakfast com uma gotinha de leite, muuuito bom.

Para acabar o dia em beleza fomos ao local mais bonito de Edimburgo, o Calton Hill.

Calton Hill é uma colina onde estão diversos monumentos que fazem com que seja conhecida como “Atenas do Norte”. Tão especiais quanto seus monumentos são as vistas, tão bonitas, podemos admirar a cidade em todo o seu esplendor. Não tenho palavras para descrever, é preciso lá estar para entender, lindo lindo lindo!

Mais um dia, mais uma aventura! Desta vez começámos o dia a subir o Arthur’s Seat.

O Arthur’s Seat é um vulcão extinto onde se acredita que terá existido Camelot, tem uma altura de 250m e o trilho é relativamente fácil, uma caminhada de cerca de 30 minutos. Ao chegar ao topo é uma sensação maravilhosa, tipo top of the world. Consegue ver-se toda a cidade, todo o verde em volta. Só não fizemos ali piquenique porque tínhamos ainda muita coisa para ver, mas se tiverem oportunidade façam.

Para descansar as pernas aproveitámos a passagem nos Meadows, um parque da cidade enorme, onde estavam vários grupos a fazer piqueniques, outro a jogar cricket, enfim, tudo a aproveitar o sol.

O inicio da tarde foi passado no Museu Nacional da Escócia, convém ir cedo porque demora algum tempo a ver (tipo 3horas) e fecha cedo.

Praticamente ao lado do Museu estavam os nossos próximos pontos de visita, o Greyfriars Kirkyard e o Greyfriars Bobby.

O Greyfriars Kirkyard é o cemitério onde a J.K. Rowling se inspirou para dar nome a algumas personagens da saga, como a Minerva Mcgonagall e Tom Riddle.

Greyfriars Bobby foi um cãozinho que ficou conhecido em Edimburgo, no século XIX por ter passado 14 anos a guardar o túmulo do seu dono, até à sua própria morte em 14 de Janeiro de 1872. O nariz da estátua em homenagem ao cão já está meio gasto porque os visitantes esfregam para dar sorte.

Para acabar o dia, uma longa caminhada até Dean Village. É uma pequena vila dentro da cidade de Edimburgo, parece mesmo uma vila de bonecas, linda e fofa. É conhecida como a “Vila da Água de Leith”.

No dia seguinte fomos numa aventura pela Highlands. Marcámos a viagem com a Highland Experience Tours e tivemos a Barbara como guia, super querida e em toda a viagem explicou a história da Escócia.

As Highlands são qualquer coisa de inexplicável, um mundo verde, são sem dúvida das regiões mais encantadoras do Reino Unido.

No caminho passámos por uma pequena cidade vitoriana, Pitlochry. Seguimos para Inverness e parámos à beira do tão famoso Loch Ness.

Atravessámos o lago em buscar do tão famoso Nessie, o monstro que habita no lago, mas ele estava tímido. Segundo a nossa guia não bebemos whisky suficiente. Desembarcámos no Urquhart Castle. As ruínas de um castelo com vista para todo o lago, que desempenhou um papel importante nas Guerras da Independência Escocesa no século XIV.

Seguimos caminho para umas montanhas lindíssimas chamadas The Three Sisters em Glencoe. Neste local já foram rodados vários filmes como o Braveheart, 007 Skyfall e Harry Potter – The Prisoner of Azkaban.

Fizemos mais algumas paragens em alguns lagos, passámos no Castelo de Stirling que deu vida ao Castelo de Winterfell nos primeiros episódios de Game of Thrones.

Antes de chegarmos a Edimburgo para o fim da tour ainda passámos pelo The Kelpies, esculturas de cabeça de cavalo de 30 metros de altura.

O último dia em Edimburgo foi para alucinar um bocado nas lojas, dar mais uma volta na Princes Street, no Princes Street Gardens, apanhar uma molha monumental (o sol decidiu tirar folga) e enquanto não chegava a hora de ir para o aeroporto fomos até ao Starbucks com uma vista maravilhosa para o castelo e para os jardins.

Vale a pena ir nesta altura à Escócia, perde-se completamente a noção das horas, no horário de Verão tem muito sol, só anoitece depois das 22h e às 4h30 de manhã já está amanhecer, tão bom!

A Escócia é tudo o que eu ouvi e muito muuuuito mais. As montanhas verdes, as gaitas de foles, os kilts, o chá, as pessoas, o Harry Potter. Adorei, amei, quero muito voltar e fazer uma road trip para conhecer tudinho.

Edimburgo é uma cidade maravilhosa, das minhas favoritas…”Feels like home”!

Obrigada Diogo pela aventura…até à próxima aventura com voos menos atribulados!

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“The view of Edinburgh from the road before you enter Leith is quite enchanting: it is, as Albert said, fairy-like and what you would only imagine as a thing to dream of, or to see in a picture.” Queen Victoria

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TRAVEL

Travel Post #16 – Suíça

A Primavera chegou!

E, para encerrar a temporada de Inverno nada melhor do que uma viagem não é?!

Melhor que uma viagem, só mesmo juntar 3 amigas para fazer uma road trip por um país lindo como a Suíça!

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Antes de chegarmos houve uma frente fria que deixou a Suíça coberta de neve, senti-me uma criança feliz em pleno Natal.

No primeiro dia fomos explorar Basel e Bern.

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Basel é uma cidade super colorida com pitorescos edifícios medievais, visitámos a igreja na qual subimos à torre, que definitivamente não é aconselhada a pessoas com vertigens (trust me), passámos no largo da câmara que é um edifício gigante laranja que não passa despercebido e passeámos perto do rio Reno.

Ao chegar a Bern vimos a cidade de cima, parecia mesmo a cidade Natal, amei! Muita neve, aquelas ruas lindíssimas, a casa do Einstein e a torre do relógio que infelizmente estava em obras.

IMG_7103É uma cidade adorável que dá um postal de Natal perfeito e as pessoas são super simpáticas. Tivemos o azar e enterrar o carro na neve e um senhor, já com uma certa idade, apesar de falar alemão e de nós entendermos tanto do que ele dizia como de física quântica lá nos conseguiu ajudar a tirar o carro. Uma comédia!

dia seguinte começou bastante docinho. Fomos à Maison Cailler conhecer as maravilhas do chocolate Suíço, mas sem antes fazer uma paragem para sentir a neve a cair na cara, tão bom, parecíamos umas criancinhas felizes.

Voltando ao chocolate, foi uma deliciosa experiência, ficámos a saber toda a história do chocolate e saímos de lá a rebolar, foi comer chocolate até não poder mais.

Seguimos para Gruyères, uma cidadezinha medieval, mais conhecida pelo queijo suíço que é lá produzido. Por lá demos uma voltinha até ao castelo e fomos beber uma cerveja belga a um bar inspirado em extra-terrestres, enquanto esperávamos que parasse de nevar.

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Quando a neve acalmou continuámos a nossa aventura até Montreux. 

Montreux fica à beira do lago de Genebra, é uma cidade completamente diferente do que tínhamos visto até então.

Na verdade tudo na Suíça é exageradamente bonito, mas Montreux parece que resolveu exagerar o exagerado. O Lago com os Alpes como fundo, a arquitectura, o castelo, o Freddie Mercury, enfim fiquei apaixonada pela cidade.

Mal chegámos fomos dar uma volta pelo parque em redor do lago, fazer uma visita à estátua do Freddie Mercury, que passou os últimos anos da sua vida nesta linda cidade e onde os Queen gravaram alguns álbuns, incluindo o “Made in Heaven” que Freddie já não acompanhou até ao fim.

Foto aqui, foto ali, e seguimos para o Château Du Chillon.

 

O Château Du Chillon é um castelo medieval à beira do lago, onde viveram alguns nobres da região a partir do século XII, já serviu de fortaleza, arsenal e prisão. Está localizado numa posição estratégica, e oferecia um controle absoluto do lago à família Sabóia, que viveu ali em 1150. O castelo é enorme, tem uma vista maravilhosa, como estava cheio de neve, por dentro é impossível não ver um pouco de Game of Thrones ali, por fora é impossível não associar ao castelo do príncipe Eric da Pequena Sereia, já que foi precisamente este castelo que lhe serviu de inspiração.

O dia terminou com um jantar maravilhoso no cimo da montanha, fomos a Jolimont comer um delicioso fondue paysanne. Depois de um dia de passeio e com 5 graus negativos lá fora soube maravilhosamente bem. O dono do restaurante no final vem falar um bocadinho a cada mesa, dar aquele toque pessoal, fazendo-nos sentir em casa.

No fim do jantar, adivinhem?! Voltámos a ficar com o carro a patinar na neve, mas como sempre, encontrámos pessoas simpáticas que nos desenterraram o carro.

ab175523-1abe-47a3-b46d-0e5860740d75No dia seguinte uma aventura nos esperava nos Alpes! O dia estava lindo e por isso fizemos algumas paragens pelo caminho em Oberried am Brienzersee onde se vê o lago imenso com o Alpes como fundo.

Já em Grindelwald apanhámos o teleférico até ao First (ai ai as minhas vertigens). Depois de hiperventilar um bocadinho lá me consegui distrair com a paisagem, com as casinhas de madeira que fazem lembrar a casa do avô da Heidi e com as pessoas lá em baixo nas pistas de sky.

Um dia bom para ir ao First é com céu limpo, por isso estávamos um pouco a medo quando começámos a ver algumas nuvens de neve a formar, mas aproveitámos ao máximo o sol que estava naquela altura.

42ba68ae-2e5f-4e13-a83d-35abd8a0d920Na montanha First o verdadeiro desafio (pelo menos para mim) é o passadiço à volta da montanha, onde se conseguem ver as paisagens e algumas cascatas congeladas. Como não desisto ao primeiro tremelique lá fui eu, mas obviamente não consegui ir até meio quanto mais até ao fim. Enquanto esperava que elas fossem dar a volta fiquei ali no ponto da minha pequena vitória a perder o medo e a respirar aquele ar. Entretanto começou a nevar, que sensação mágica!

A nossa ideia era ir até um lago muito conhecido ali perto, mas o tempo começou a fechar, nevava imenso e deixamos de ter visibilidade. Então decidimos aproveitar aquela neve fofinha e pulámos, saltámos, atirámos bolas de neve umas as outras e até foi feito um anjinho na neve.

Depois da aventura na neve lá descemos novamente no teleférico, desta vez com menos medo e fomos ver a cascata congelada em Lauterbrunnen.

No regresso a casa ainda fizemos uma paragem em Thun, não sei porquê aquela cidade fez-me lembrar Nárnia.

O dia seguinte começou bem cedinho, decidimos dar um saltinho a Milão.8cd43e18-4dd7-4e5e-83a6-9f4298a59e57

O caminho fez-se muito bem, uma paisagem mais bonita que a outra, e passámos no terceiro maior túnel do mundo, o túnel Saint-Gothard com 17 km.

Em Milão a neve já estava a derreter, o que fez da passagem no parque um desafio, parecia que estava numa pista de gelo e me tinha esquecido dos patins de gelo. Demos uma volta no Castelo Sforzesco e continuámos em direcção ao Corso Vittorio Emanuele II, a rua imensa cheia de lojas que nos guia até ao Duomo di Milano.

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O Duomo é uma edifício magnifico, majestoso, situado numa praça gigantesca e cheia de gente. Não entrámos na catedral porque a fila estava enorme, optámos por caminhar nas ruas ali à volta, ver o movimento e atracções das ruas.

Claro que não podia faltar a visita à Galleria Vittorio Emanuele II. O centro é em forma de cruz onde há o encontro das duas vias. Respira-se a alta costura, e o piso é revestido com mosaicos onde em cada uma das quatro esquinas está desenhado o brasão das cidades de Milão, Turim, Florença e Roma. No de Turim há uma pequena curiosidade e não é difícil de encontrar, porque é aquele que mais pessoas tem à volta a rir às gargalhadas.

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No centro do brasão de Turim há um touro, a lenda diz que dá sorte pisar com o calcanhar do pé direito os testículos do touro e girar três vezes, à meia-noite do dia 31 de Dezembro, mas na verdade o ritual é repetido por turistas diariamente. Obviamente que também pisámos o bicho e demos as voltinhas.

Fomos comer a bela pasta e regressámos à Suíça, fazendo uma paragem em Lugano.

Lugano tem uma arquitectura característica de Itália pela sua proximidade e é uma cidade muito bonita que respira moda.

Tem um parque em volta do grande lago, no qual fizemos um passeio ao por do sol, o que tornou a cidade muito mais bela.

A nossa ideia era acabar o dia em Luzern a comer um belo hambúrguer num festival que estava a decorrer, o que até teria acontecido se não tivéssemos andando na palhaçada e a babar nos abdominais de um grupo de dança em Milão. Enfim, não se pode ter tudo! Como na Suíça tudo fecha cedo e chegámos a Luzern tarde lá se foi o hambúrguer mas ainda passeámos um bocadinho por lá, atravessámos a Ponte da Capela que atravessa o rio na diagonal e tem pinturas que representam um pouco da história local. No meio da ponte está a Torre da Água.

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No último dia a neve já estava a derreter e o sol veio fazer-nos companhia até Rheinfall.

Nem tenho palavras para descrever aquele sítio, é simplesmente fan-tás-ti-co!

Aquelas cascatas imensas, a água tão azul, imagino aquilo no verão tudo verde à volta. Perfeito! Fizemos uma caminhada em toda a volta das cascatas e no verão até dá para ir de barco até à pedra central onde está a bandeira suíça, deve ser assustadoramente fabuloso.IMG_7652

Seguimos para uma cidadezinha que parece que parou na idade média, era quase como uma cidade medieval de bonecas, pequenina e fofinha! Estávamos em Stein am Rhein. Por lá passeámos, aproveitámos o solinho no parque à beira rio a descansar um pouco.

Para o fim deixámos a magnifica Zurich. Aquela cidade é simplesmente uau! Grande, gigante até, super colorida, cheia de gente, de movimento, edifícios lindíssimos reflectidos no rio que atravessa a cidade. Passámos a tarde toda lá, é uma cidade que cada canto é apaixonante e de uma beleza singular.

Obrigada Andreia por nos receberes na “tua” pequena vila no meio das montanhas, Moutier, é sem dúvida bonita e toda a Suíça que nos mostraste é apaixonante. Joana, minha Jones, obrigada por embarcares nesta aventura connosco, viajar contigo é sempre uma comédia pegada.

Até uma próxima aventura meninas, é só escolher o destino!

‘Because the greatest part of a road trip isn’t arriving at your destination. It’s all the wild stuff that happens along the way.’

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~ Um chá de chocolate e aventura ~

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TRAVEL

Travel Post #15 – Mini EuroTrip

Para acabar bem o ano que tal uma mini EuroTrip?!

Uma semana, três cidades europeias, três amigas, muito frio, muitas risadas, um cansaço tão bom!

As três cidades escolhidas foram Paris, Bruxelas e Amesterdão!

Estas cidades já foram faladas aqui no blog quando outras shakers as visitaram, por isso toca a ir recordar!

Primeiro…Paris!

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tão famosa cidade da luz nunca foi um destino que estivesse no topo da minha bucket list e por isso não ia com expectativas por ai além. Chegámos à noite, aeroporto com neve do dia anterior, um frio de rachar e depois de algumas peripécias no metro (só naquela de começar a viagem a rir à gargalhada), deixámos as tralhas no hotel e fomos ver a Torre Eiffel. “Uaaaaaaau que lindoooo” foi a reacção, que durou certa de 5 segundos, porque logo a seguir quase tropeçámos num mar de ratazanas (já percebi de onde veio a inspiração do Ratatui), medo!24131411_10155907105873571_8361391269358912295_n

 

Passeámos pela cidade, vimos a Torre Eiffel de dia e de noite, mas o nevoeiro não inspirou à subida, foto aqui e ali no Trocadéro, vimos o Louvre por dentro e por fora, demos uma volta no Jardin de Tuileries, fomos até à “nova” Pont des Arts, a maravilhosa Notre Dame, fomos ao Château de Versailles, Moulin Rouge e subimos até ao Sacré Coeur, fomos até Marais, às Galeries Lafayette, Arc de Triomphe e percorremos os maravilhosos Champs-Élysées…enfim foram 3 dias preenchidos e, já mencionei, com muuuito frio?!

No final das contas, Paris, é uma cidade que tem a sua beleza, mas não me apaixonou, faltaram mais luzes de natal, mercados de natal mais recheados, um dia, breve, quero voltar, mas à Disneyland!

Seguimos  até Bruxelas, tivemos apenas um dia, mas deu para ver o centro com calma. É uma cidade bastante multicultural, pessoas simpáticas, a cerveja é diferente mas muito boa e as waffles ma-ra-vi-lho-sas!

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primeira coisa que fomos ver foi o famoso Manneken-Pis, tãaaaao piquitito e adorável! Mais à frente é a Grand Place, uma praça linda de morrer com edifícios imponentes neo-góticos, uma árvore de natal gigante e à noite ainda vimos um video mapping de Natal, foi tão giro! Passeámos pelo mercadinho de natal, recheado de doces e artigos típico e de natal, fomos até ao fabuloso Mont des Arts que tem uma vista fantástica do centro histórico e do jardim, subimos até ao majestoso Palais Royal, passámos nas Galeries Saint-Humbert e fomos até ao Delirium Café.

No dia seguinte logo de manhãzinha rumámos a Amesterdão, último destino da viagem e para mim o mais aguardado! Para trás deixámos Bruxelas, uma cidade que achei imponente e maravilhosa.

Não imaginam há quanto tempo eu queria ir a Amesterdão, estava nos primeiros lugares da minha bucket list, e sem dúvida, superou expectativas e quero muito voltar para conhecer o que não conheci e também para conhecer outras cidade holadesas.

Lembram-se do frio que passámos em Paris? Pois é…em Amesterdão juntou-se uma espécie de micro clima do ártico. Frio, neve, gelo e isto tudo tocado a vento, mas nem isso nos desanimou. Fartámos-nos de andar e acabámos por perceber que afinal era tudo muito perto umas coisas das outras, menos o hotel, mas como o sistema de transportes deles era tão bom e tínhamos o metro mesmo à porta isso pouco importou.

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Ficámos no Via Amsterdam, que fica em Diemen, um hotel acolhedor, com decoração divertida, pessoas simpáticas, super recomendo!

Barato nesta cidade é uma palavra desconhecida, por isso, optámos pelo I Amsterdam City Card de 72h que nos dava acesso livre a quase todas as atracções da cidade e a todos os transportes.

Começámos na imponente Central Station, fomos até ao Mercado das Pulgas, tem de tudo aquele sítio, depois seguimos até ao Rijksmuseum onde estão as famosas letrinhas I amsterdam e a pista de gelo, depois da paragem da praxe para tirar fotos e de uns quantos quase atropelamentos por bicicletas fomos até ao Museu de Van Gogh. Para acabar o primeiro dia em beleza fomos até à Heineken Experience. Que máximo, adorei!

Nos dias seguintes fomos até ao Museu Casa de Rembrandt, Museu da Túlipa, Museu de Amesterdão, Oude Kerk, visitámos uma Casa Barco, fomos dar uma passeio de barco pelos canais, vimos as famosas Coffee Shops, a Red Light District, comemos a deliciosa Tarde de Maçã na Winkel.

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Ficou ainda muito para ver porque realmente o tempo não ajudou muito à festa, mas sem dúvida é uma cidade maravilhosa, toda a gente simpática, em todo o lado nos diziam pelo menos uma palavras em português, amei!

Foi uma semana intensa mas super divertida, obrigada Pi e Andreia pela aventura, já estou a matutar na próxima!

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~ Um chá de aventura ~

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TRAVEL

Costa Rica, Pura Vida

Desta vez, decidi fazer um roteiro para os mais curiosos em aventurarem-se até à Costa Rica.

Sem dúvida que foi uma experiência maravilhosa, rica em cultura, regada com novas aprendizagens e salpicada de aventura e amor.

Adoro viajar para estes destinos, porque o contacto com a natureza dá sempre asas à minha mente. A reflexão, a criatividade e as novas perspectivas surgem sempre. O que é importante toma sempre dimensões mais volumosas na minha mente e as pequenezas do dia-à-dia dissipam-se com a facilidade de um sorriso.

A Costa Rica tem esse poder! A imponente floresta mostra-nos comos somos pequeninos. A diversidade de espécies é única, estamos num país encantado cheio de criatura maravilhosas e desprovidas de intenções.

A Costa Rica não tem exercito, é um país seguro e simpático. Em alguns locais a taxa de crime é 0. A pouca policia que ligeiramente manifesta a sua presença, tem apenas como objectivo transmitir uma sensação de segurança aos turistas que estão habituados a uma presença de forças de segurança nas ruas.

Não é possível falar da Costa Rica sem falar de Pura Vida. Esta é uma maravilhosa forma de viver em sintonia com a natureza e em harmonia com todos os que nos rodeiam. Esta frase é um simpático cumprimento,um agradecimento, uma despedida ou até um sincero desejo de felicidade. Reflete, de facto, a Costa Rica.

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Dicas

Apesar de ser um país pequeno, existem inúmeros locais que valem a pena visitar. Por isso aconselho a preparem o vosso roteiro antes de iniciar a viagem.

– O carro: A mobilidade e disponibilidade horária que nos dá, é super importante, pois, apesar das estradas com má qualidade, é sem duvida fulcral para aproveitar o país

– O preço: Enganam-se os aventureiros que pensam que a Costa Rica é mais um país barateco da América Latina. Os preços são inflacionados com a utilização de USD, pelo que aconselho sempre a utilização de colones, a moeda do país.

– As tours: Tal como em todas as viagens, se desejarem fazer uma tour não avancem com a primeira empresa que encontram no hotel. Contactar directamente para o espaço/actividade será a melhor solução.

– A língua: É o espanhol, pelo que o bom “portonhol”, é um aliado. Contudo, os mais acanhados não se preocupem, a maioria das pessoas fala ou pelo menos entende o inglês.

– Câmbio: Desta vez optámos por adquirir um cartão pré-pago, o Revolut. Este cartão permite a utilização de colones ou USD, bem como muitas outras moedas, é livre de taxas quando é utilizado. Podem encontrar todas as informações aqui. Esta escolha deu-nos mais liberdade e poupou nos muito dinheiro em taxas de utilização e conversão. Não hesitem!

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O Roteiro 

San José – A capital do país. Ficámos apenas uma noites quando chegámos. Foi suficiente. É uma cidade pouco apelativa e sem muito interesse para quem deseja aventura, natureza e Pura Vida. Movimentada, muito cimentada e com semi-construções por todo o lado. 

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Manuel António – Um parque natural de cortar a respiração, boas praias (com agua quentinha), diversidade de especiais únicas e uma paz, uma paz que me faz querer voltar neste momento. Restaurantes maravilhosos, mas super pacatos e descontraídos, tudo o que se quer numas férias! O ponto alto foi sem dúvida um passeio a cavalo pela imponente selva do parque natural Manuel António. Aconselho, ainda, uma vista à praia do parque, é simplesmente deslumbrante.

La Mansion Inn foi o Hotel que escolhemos e não nos arrependemos de todo. Uma casa luxuosa, mas acolhedora. O Staff foi fantástico. A vibe sentida foi como se estivéssemos em casa de um amigo que nos recebe com o melhor que tem. Mesmo no meio da selva, tem uma vista única pintada de verde, azul e tons de castanho.

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Santa Teresa – Imaginem uma pequena vila em que todos os estabelecimentos comercias existentes se localizam numa única rua, paralela à praia. É Santa Teresa. Uma zona de surfistas, com mar bravo e praias selvagens. É ideal para relaxar e aproveita a brisa marítima com a nossa cara metade. Não existem estradas de alcatrão, apenas terra, lama e areia por todo o lado. Pode parecer estranho, mas tudo isto torna Santa Teresa num local único e inspirador. Ficámos num Hotel familiar, o Fuego Lodge, em que a Barbara, dona do espaço, nos recebeu com a descontração que combina com este sitio. Encontrámos um Bungalow simples, mas muito limpo e acolhedor, com vista para uma piscina paradísica.

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Guanacaste – Após uma longa viagem de carro e ferry, chegámos ao Riu Resort. Um all inclusive, que depois de termos estamos em 2 locais únicos e cheios de carisma, soube a pouco. Apesar de ser um grande hotel, com alguma pompa e circunstancia, a verdade é que poderíamos estar em qualquer parte do mundo. Toda a vibe da Costa Rica é perdida por ali. Uma minicidade que proporciona aos turistas uma estadia num local comodo, sem preocupações e com uma praia privada. Completamente fechado e sem contacto com o exterior, não faz jus ao país maravilhoso em que se encontra.

Por outro lado, em Guanascate tivemos uma das melhores experiências da nossa vida. Um passeio de moto quatro, onde visitamos locais únicos de cortar a respiração. O nosso guia, um Sr. com cerca de 40 anos que sempre viveu a “Pura Vida”, levou-se a locais onde a selva se envolvia com a praia, terminado num mar reluzente de aguas quentes e tentadoras.

Monteverde – A nossa última paragem. Após uma subida de curvas e contra curvas que durou mais de uma hora, chegámos ao nosso destino. O Hotel Belmar. Um Hotel que abraçava a floresta e onde o lema é a utilização de produtos orgânicos e locais. Comida maravilhosa, vistas únicas… Sem dúvida o local ideal para relaxar e apreciar o que a vida tem de melhor. Com um jacuzzi majestoso localizado no jardim natural, desfrutamos de momentos memoráveis. Aconselho, ainda, a visita do jardim das Borboletas.

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A simpatia e amabilidade de todos faz-me querer voltar! Por isso: Vão! Experimentem! Aproveitam e, principalmente, entrem no espirito da Pura Vida!

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~ Aventura, natureza, boa vibe. Pura Vida ~

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TRAVEL

Travel Post #14 – Açores, 3 ilhas e meia de maravilhas

Quando há dois anos fui à bela ilha de São Miguel, fiquei com uma vontade enorme de voltar ao belo arquipélago dos Açores, afinal ainda faltavam 8 ilhas para ver.

Juntámos 12 amigos…sim sim dooooooooooooze, e foram 8 dias fantásticos!

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Tínhamos marcado o nosso roteiro para 3 ilhas do grupo central dos Açores: Pico, Faial e São Jorge. Mas, decidimos aproveitar uma escala de 8h para espreitar a ilha Terceira.

Acabadinhos de chegar ao aeroporto das Lajes fomos até à tão famosa Praia da Vitória. Praia linda de areia negra que dava vontade de dar um mergulho, mas o tempo era escasso e ficámos só pelo passeio. Rumámos até Angra do Heroísmo e fomos almoçar a um restaurante muito simpático com umas Lapas grelhadas do céu e um bife de vitela divinal, o Casa de Pasto A Canadinha, recomendadíssimo!

Chegou o fim o dia e a hora de irmos para o destino final, a Ilha do Pico.

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Sinceramente, quando vi o micro avião que nos ia levar ao destino final tive vontade de voltar para trás, medoooooooooo! Mas acabou por ser uma viagem curta e tranquila, com uma vista fantástica para a ilha de São Jorge.

primeiro dia no Pico foi de volta à ilha, conhecer cantos e recantos daquele paraíso, com alguns mergulhos à mistura, “amizade” com um vitelo e não poderia faltar perdermo-nos à noite no meio do monte!

No 2º dia apanhámos o barco rumo à Ilha do Faial. Lindaaaaaaaaaa!

Desde o Vulcão dos Capelinhos ao mergulho na Praia do Almoxarife, com areia negra e com vista previligiada para a montanha do Pico, passando pelo almoço divinal no Canto da Doca, foi um dia que passou demasiado rápido e que deixou o desejo de voltar a esta ilha de 20km ponta a ponta!

Os dois dias seguintes foram passados na maravilhosa Ilha de São Jorge.

Todas as ilhas que conheço até hoje do arquipélago dos Açores são lindas, mas São Jorge deixou uma marca especial. É uma ilha tão mágica, com uma natureza singular e ainda pouco virada para o turismo. Amei!

É sabido que o tempo nas ilhas é meio bipolar, mas nesta ilha conseguimos apanhar as 4 estações em meia hora, na Ponta dos Rosais conseguimos ver todo o grupo central , subimos ao Pico da Esperança, mergulhámos na Poça de Simão Dias e fizemos a caminhada até à belíssima Fajã da Caldeira de Santo Cristo.

Fajã da Caldeira de Santo Cristo é um canto mágico da ilha, de um lado montanha, do outro o oceano, ao fundo a vista para a Ilha Graciosa. Foi uma noite diferente, a electricidade é um conceito desconhecido na Fajã, por isso às 23h a luz fornecida pelo gerador apaga, ficando apenas a luz das estrelas e o som dos Cagarros de fundo (por sinal assustador).

As cascatas, o queijo, as fajãs, as piscinas naturais, dois dias foi pouco para a ilha do dragão. Quero definitivamente voltar!

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Os restantes dias foram passados na Ilha do Pico, novamente, dias cheios de aventuras!

maior aventura foi a subida à Montanha do Pico, a montanha mais alta de Portugal com 2351 m de altitude. Foi fácil? Não! Mas foi umas das melhores experiência de sempre! Para mim, uma pessoa medricas que sobe umas escadas com buracos no meio e treme como varas verdes, subir até à cratera do Pico e ficar acima das nuvens foi uma vitória em tanto!

Da Ilha do Pico ficam as aventuras, os mergulhos, as lapas e as cracas na Tasca O Petisca, o vinho, a montanha, o cachorro, as grutas, o trânsito de vacas, as vistas para o Faial e para São Jorge, o acordar de manhã com vista para o mar, o ar puro e a sensação que ainda ficou tanto por fazer e conhecer.

Tanta beleza que este nosso Portugal tem! Ainda ficam a faltar a Ilha de Santa Maria, a Graciosa, o Corvo, as Flores e mais um pouco da Terceira…até já Açores!

Nita, Andreia, Joana, Mariana, Eva, Cancelita, Diogo, Zé, Joni, João e Ricardo, Obrigada pela aventura, sem dúvida os melhores doze! <3

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~ Um chá de maravilhas ~

Fotografia: Ana Cancela, Luis Figueiredo e Teresa Botelho

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TRAVEL

Travel Post #13 – Madeira

No passado fim de semana rumámos à Madeira… Sempre tive alguma curiosidade em conhecer a ilha, mas não era um destino que fazia parte da minha listagem de destinos a visitar nas próximas temporadas. De qualquer forma aproveitei uma boa oportunidade e lá fomos nós… O que já sabia? Que ia encontrar paisagens bonitas, bom tempo… enfim, por aí! Não tinha as expetativas elevadas e não esperava grande coisa… Estava redondamente enganada! E tenho de confessar que foi dos locais que mais me agradou nos últimos tempos. Porque temos nós de ir para fora quando ainda nem conhecemos o nosso país? Esta “mania” da sociedade em acreditar que o que é bom é de fora, tem mesmo de acabar…

Bem, continuando com o “diário de viagem”. Estivemos pela Madeira dois dias [chegámos sábado às 9h e voltei ao Continente segunda às 10h] o que permitiu conhecer muita coisa. Claro que não vi tudo, no entanto acredito que para dois dias, as horas, minutos e segundos foram muito bem aproveitadinhos.

Ainda no sábado, e depois de alugar o carro [que fez toda a diferença na nossa deslocação], fomos diretos ao Centro do Funchal, mais propriamente ao Mercado dos Lavradores. Aberto até às 14h de sábado, o Mercado é, ainda nos dias de hoje, um espaço que exerce as funções para as quais foi criado: comercializa produtos de toda a espécie, num ambiente onde se misturam cores, sons, cheiros e gentes diversas. O que adorei: as frutas típicas desta ilha – maracujá de todos os sabores [limão, laranja, tomate, ananás, pêssego, lima…], anonas, banana da Madeira, fruto delicioso…Uma maravilha!

Foto de Liliana Lopes.

Depois do Mercado, e de um breve passeio por essa parte do Funchal, seguimos para o Monte com o intuito de experimentar a descida dos cestos. Bem dito, bem feito! Descemos do Monte ao Livramento [cerca de 2km] nas cestas de Madeira tão bem conhecidas. Foi uma experiência engraçada, mas que não adorei [o valor é elevado – €30 duas pessoas – e os colaboradores não muito simpáticos]. Mas ir à Madeira requer descida de cestos…

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Depois disso continuamos o passeio pela ilha…desta vez já fora do Funchal. No “nosso” carro lá fomos conhecer Santana e as suas casinhas típicas. Tivemos sorte, pois nesse fim de semana decorria a “Festa dos Compadres” e, por isso mesmo, o município estava bastante animado. Provávamos as Malassadas – um género de farturas – e lá continuamos o nosso passeio até ao Pico do Areeiro. Uma palavra: deslumbrante! Situado a 1818 metros de altitude é possível ver a parte central da ilha e é o segundo pico mais alto da Madeira.

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Por fim, e já com alguma larica, já fomos experimentar as famosas espetadas e milho frito. Confesso que não fiquei muito fã do milho frito, mas…a espetada é de comer e chorar por mais. Fomos ao restaurante Santo António e digo-vos uma coisa: atendimento e refeição mais do que 5estrelas! Por fim, ainda houve tempo para uma Poncha de Maracujá em Câmara de Lobos.

No domingo, o passeio era para continuar… Passámos a manhã no Jardim Botânico da Madeira, onde ainda foi possível ver vestígios da tragédia do Verão: os incêndios. É um local bonito de se ver, mas também não me conquistou, pois considero que poderia estar melhor tratado.

Foto de Liliana Lopes.

No final da manhã, passeamos por uma zona altamente turística: Lido. Esta é uma zona ainda mais vocacionada para o lazer e é procurada tanto pelos habitantes locais como por turistas para descontrair, brincar com crianças ou fazer exercício físico.

Chegada a hora de almoço, fomos ao Beer Garden provar o Picadinho Madeirense. Nunca tinha ouvido falar neste prato [que basicamente é Pica Pau mas com um molho] mas é delicioso [nota-se muito que estou fã da gastronomia madeirense???]. Picadinho com Batata e com uma Coral a acompanhar. Para melhorar ainda mais: um sol tremendo e uma esplanada.

Foto de Liliana Lopes.

A tarde foi passada a conhecer praias e miradouros: conhecemos o miradouro do Cabo Girão, passámos pela Ribeira Brava – o mais novo concelho do arquipélago da Madeira, por desmembramento dos concelhos da Ponta do Sol e Câmara de Lobos – pela Calheta – o maior concelho da Madeira em extensão – por  Jardim do Mar e Paúl do Mar e terminámos na Ponta do Pargo – uma encantadora vila famosa pelo farol empoleirado em altas falésias sobre o mar [mas não só claro].

Foto de Liliana Lopes.

Para terminar acabámos a jantar um delicioso Naco na Pedra com batatinhas e Bolo do Caco onde comi a melhor sobremesa de sempre: Mousse de Chocolate Branco e Lima com cobertura de Frutos Vermelhos [se alguém conhecer um restaurante no Continente com isto, avise!!!].

Em jeito de resumo, fui conquistada por três coisas: a Paz da ilha, as belíssimas Paisagens e na deliciosa Gastronomia. Se voltava à Madeira? Sem pensar duas vezes!

~ um chá e uma viagem tranquilizante! 

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