WHAT'S UP

O sonho de uma vida! Casa comigo nem que seja em 2030…

Vivemos tempos incertos, de muitas dúvidas, alguma ansiedade, principalmente por não nos ser permitido fazer planos a longo prazo ou por sermos obrigados a alterar os que já dávamos como adquiridos. Há quem diga que este é o maior ensinamento da pandemia. Viver com mais resiliência, sem grandes planos, aprender a saborear um dia de cada vez, viver com mais intensidade o agora.

No entanto, planos representam mudança, a realização de sonhos, o início e fim de etapas. Muitas vezes envolvem custos, sacríficos, escolhas, decisões e tudo isto cria e desenvolve em nós, de forma quase irracional, as expectativas. São elas que dão alma aos nossos desejos mais íntimos e nos fazem acreditar que tudo é possível.

Em plena pandemia, muitos de nós, se não todos, vimos os nossos planos, ou especificamente algum ser adiado ou cancelado. Mas hoje, queremos destacar em concreto, o que é para muitos o sonho de uma vida, planeado ao pormenor às vezes durante anos, com o coração e o sonho à mistura, vamos falar “do casamento”.   

“Fiquei super triste e achei que ia ser péssimo adiar. Sempre quis casar, sempre sonhei com isso, sonhas imenso com uma coisa e rapidamente percebes que isso não vai acontecer, pelo menos na data que estava planeada.”

A Ana e o Jaime marcaram o seu casamento para dia 19 de setembro de 2020. Na altura, abril/maio de 2019, estavam certos de que tinham um sonho que partilhavam e queriam acima de tudo poder festejar com amigos e família num dia especial, no Alentejo, com um tempo mais amenos e dentro da disponibilidade do espaço onde iria ser a festa.

Desconheciam por completo, que o mundo inteiro iria viver uma crise pandémica com graves consequências em todos os sectores. Na altura, abril de 2020, a 5 meses da data do casamento, a covid era totalmente desconhecida e a Ana contou-nos que não sabiam “com o que contar”, caso avançassem com a festa. Por isso, pelo medo do desconhecido e por questões de segurança, decidiram adiar. Ao contrário de muitos casamentos que viram acontecer nesse verão com regras e restrições apertadas, preferiram adiar e manter os seus aproximadamente 250 convidados.

A segunda data foi marcada, para dia 19 de junho de 2021. “Quisemos manter o número 19, como se fosse uma lembrança do primeiro que não aconteceu” contou-nos a Ana. E a verdade é que voltou a não acontecer. No início deste ano, a Ana e o Jaime começaram a perceber que a situação pandémica só se agravava e isso colocaria novamente a sua segurança e a dos seus convidados em risco, o que provavelmente obrigaria a uma redução da lista de convidados e isso estava fora de questão.

Tínhamos pessoas que não iriam estar connosco no que é suposto ser o dia mais feliz das nossas vidas. Temos amigos e família no estrangeiro, e o feedback dessa parte é que de facto era muito difícil conseguirem cá estar. E mesmo de quem vive em Portugal, notámos sempre um certo desconforto. De qualquer das formas, nós já não estávamos confortáveis com a situação de avançar este ano”. Para piorar, o Jaime por trabalhar por conta própria foi muito afetado com toda a situação e decidiram adiar. A Ana contou-nos que felizmente não perderam dinheiro e que mantiveram todos os serviços até então contratados, sem ter de pagar mais por isso. No entanto, com o casamento adiado uma segunda vez, surgem questões com alguma tristeza. “Fico ansiosa quando penso que comecei (começamos) a preparar tudo em 2019, e no final de contas só casamos em 2022.”

Pessoalmente, fico com imensas questões “será que já não gosto da quinta?” “a última vez que vi o meu vestido foi em outubro de 2020, e nem sequer estava acabado, em 2022 já nem devo gostar dele”

Apesar das adversidades, a Ana diz que estão otimistas, conseguem ver vantagens em adiar e que estão confiantes que à terceira é de vez. “O pensamento é mais ou menos este “só casamos uma vez, que seja como queremos, com quem queremos”

A Maria e o João (nomes fictícios) também passaram pela experiência de ter de adiar o seu casamento, devido à situação pandémica que teve início em março de 2020. Tinham planeado casar a 5 de setembro de 2020, pelos mesmos motivos da Ana e do Jaime, seria uma data com um tempo mais amena, dado o calor habitual do Alentejo.

A quinta onde iriam realizar a festa fez alguma pressão para adiarem, devido às restrições e às regras apertadas. A Maria confessou-nos que possivelmente, se não tivessem sido pressionados, teriam mantido a data do casamento e casariam com metade dos convidados, dado que, tiveram de reduzir a lista para a segunda data.

O adiamento do casamento, levou-os a mudar o local da festa, quiseram precaver-se e ter um espaço que mesmo com as restrições (50% da lotação do espaço) pudesse receber o máximo de pessoas possível. A Maria contou-nos que perderam o sinal que já tinham pago no sítio inicial, mas que não lamentam, gostam mais e há melhores condições na quinta onde irá agora ser o casamento. A festa está marcada para maio de 2021. “Casamos numa quinta diferente, da qual gostamos mais, e com os nossos avós já vacinados (eu também já estou vacinada, assim como vários amigos meus que trabalham em hospital).”

acho que tem tudo para correr melhor, embora estejamos dependentes das indicações do Governo acerca dos casamentos para este verão.”

Quando perguntamos à Maria se alguma vez pensaram em desistir do casamento, ela respondeu: “Nunca pensámos em desistir, mas claro que custou um bocadinho aceitar, o ano passado. Este ano já estamos muito mais tranquilos em relação a isso, já decidimos que não queremos adiar mais um ano porque não nos faz sentido continuar a adiar este sonho. E porque queremos muito ser pais, mas queremos casar primeiro (…) se não for possível já para maio, estamos a pensar adiar para junho, julho deste ano.”

Segundo o Daniel responsável pela “Prometo Amart-te“, wedding planners, a pandemia afetou bastante os casamentos. O que parecia ser um ano promissor, o melhor em número de casamentos agendados, tornou-se num pesadelo para as empresas do sector e numa desilusão para os casais que tinham o seu dia há muito planeado.

“Com a chegada da pandemia, de facto tudo mudou. Tivemos uma quebra de faturação, superior a 80%, sendo que adiámos 90% dos nossos casamentos para 2021. Infelizmente, alguns de 2021, já foram igualmente, adiados para 2022. O que representa uma grande preocupação para o nosso setor. Dois anos, sem produzir é catastrófico a nível de faturação, como também no crescimento dos projetos!” O Daniel esclareceu que apesar das dificuldades do sector, pretendem manter a excelência dos seus serviços, dando preferência à qualidade dos materiais e à origem da sua produção e claro, mantendo a experiência do cliente sempre como prioridade.

Quando perguntámos qual a importância de recorrer a um wedding planner, ainda para mais em tempos incertos em que existem muitas regras e tantas restrições, o Daniel esclarece, o facto de uns noivos terem o apoio de um wedding planner, ajuda a que consigam desfrutar de uma forma mais leve de todo o processo, para que possam viver livremente todas as memórias inesquecíveis do grande dia!

Standard
TIPS, WHAT'S UP

Decidir entre ficar ou viver uma nova história

Se foi uma decisão fácil?

Não! Eu sou uma pessoa muito ponderada.

Se correu tudo bem, tal como eu tinha planeado?

Também não, as coisas nem sempre correm como nós as planeámos.

Se pensei em desistir?

Quem nunca! Mas depois percebi que desistir é sempre o caminho mais fácil, para tudo na vida!

Se me arrependo?

Não, caso me arrependesse não faria sentido partilhar esta minha experiência com vocês. 

Se ficaram com curiosidade para saber mais, continuem a ler…

Olá!

O meu nome é Rita, tenho 29 anos, sou licenciada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, mas o que gosto mesmo é de marketing.  Também gosto de viajar, dançar, fotografar e passar bons momentos com os amigos e com a família. 

Vivi os últimos 9 anos em Lisboa e no final de 2018 aceitei o desafio de deixar o meu país e sair da minha zona de conforto. A Headshake desafiou-me a partilhar esta minha experiência e tenho esperança que pelo menos uma pessoa que leia este texto se identifique com ele, caso contrário é uma boa forma de passarem o tempo.

quando certo dia o meu namorado me perguntou o que é que eu achava da hipótese de irmos viver para Madrid.

2018 (parece que foi noutra vida), quando certo dia o meu namorado me perguntou o que é que eu achava da hipótese de irmos viver para Madrid. Conhecer uma nova cidade, uma nova cultura, relativamente perto de Portugal, com outras oportunidades profissionais…

Ao que respondi de imediato e bruscamente: “ Nem pensar! Vai tu”. 

Depois de algum tempo a pensar naquela proposta, depois de pedir opiniões a várias pessoas e depois de fazer uma análise entre prós e contras de embarcar nesta aventura, pensei… Why not? O que é que tenho a perder? 

Mudei-me então para Madrid em Outubro de 2018, para um pequeno apartamento no coração de Madrid. Os meus objetivos eram conhecer a cidade, aprender uma nova língua e arranjar trabalho numa empresa de marketing digital espanhola. 

pensei várias vezes “ Rita, o que é que tu foste fazer à tua vida?”

Vamos por pontos…

Conhecer a cidade: visto que estava a viver no centro da cidade, foi incrível porque consegui ir conhecendo todos os recantos de Madrid e pude experienciar a vivacidade e a alegria que nuestros hermamos têm e que só estando cá se consegue sentir e viver. 

A cultura espanhola é muito diferente da portuguesa, querem ver?

Para eles tudo é motivo de festa, aliás acho que nem precisam de nenhum motivo em especial, só o facto de estarem vivos é um motivo para celebrar. O nível de decibéis é muitoooo superior ao Português, mas é uma questão de hábito.  A casa serve apenas para dormir, porque o resto do tempo é passado na rua (durante o fim de semana) entre amigos, copas y tapas. Cá não existem doutores, imaginem a confusão que me fez ao início tratar o meu chefe e as pessoas mais velhas do que eu que trabalhavam comigo por TU!

Também os nossos amigos e família, adoraram a ideia de nos mudarmos para Madrid e assim terem um motivo para virem cá com mais frequência. Nós também adorávamos a ideia de os receber em Madrid e assim podermos passar algum tempo juntos.

Aprender uma nova língua: Para meu grande espanto ( que achava que tinha zero jeito para línguas e nunca na vida tinha tido aulas de espanhol) fiquei surpreendida comigo mesma. Fui aprendendo através de aplicações, através de pequenas tarefas do dia a dia como ir à farmácia ou ao supermercado e mais tarde na empresa para onde fui trabalhar, onde diariamente falava espanhol com os meus colegas. 

Arranjar trabalho numa empresa de marketing digital: Até ao final de 2018, apesar de já estar em Madrid, continuava a trabalhar para a empresa Portuguesa onde estava a trabalhar. Mentiria se viesse para aqui dizer que foi super fácil arranjar trabalho e que não pensei várias vezes “ Rita, o que é que tu foste fazer à tua vida?”

Ao fim de dezenas de CVs enviados,  algumas entrevistas realizadas e muito “não” recebido, lá chegou o tão esperado SIM! Claro que o ideal e recomendado, para quem quer embarcar numa aventura semelhante, será ter um contrato de trabalho antes de fazer a mudança. 

A adaptação à nova cultura empresarial, colegas e metodologia de trabalho foi bastante rápida, simples e prática. Talvez o facto de não existirem “Doutores” como referi anteriormente, tenha contribuído para isso. Senti uma grande proximidade e à vontade para colocar dúvidas e fazer sugestões junto da própria chefia.  

a empresa onde trabalhava foi brutalmente atingida e consequentemente todos os que lá trabalhavam, incluindo eu, que de um momento para o outro me vi sem emprego

A experiência estava a ser enriquecedora, com novas oportunidades diárias e muita aprendizagem, até que…aconteceu o que ninguém poderia prever e que acabou por nos atingir a todos, uma Pandemia Mundial! Como assim? Como assim, algo que não é visível nem palpável que aparece, não sabemos muito bem de onde, nem por que motivos e que vem mudar totalmente as nossas vidas?

Tal como tantas empresas pelo mundo, também a empresa onde trabalhava foi brutalmente atingida e consequentemente todos os que lá trabalhavam, incluindo eu, que de um momento para o outro me vi sem emprego. Seguiram-se dias, semanas e meses de procura de um novo emprego, uns dias com mais motivação do que outros.

No entanto, não desisti e decidi aproveitar este “tempo livre” para investir na minha formação profissional, acabando por fazer algumas formações online e colocando em prática muito do conhecimento que fui adquirindo ao longo do tempo.

Ninguém conseguia imaginar as proporções que esta pandemia iria atingir. Recordo-me que no início de Março o nosso chefe nos chamou para uma reunião e disse que como medida de prevenção seria melhor começarmos a trabalhar a partir de casa na semana seguinte, mas que seria algo provisório, porque dentro de duas semanas faríamos um ponto de situação e voltaríamos ao escritório (achava ele… e achávamos nós). 

Passado quase um ano desde o início desta pandemia, sabemos que, tal como diz o ditado “não há mal que dure para sempre, nem bem que nunca acabe”, toda esta situação irá terminar e estou certa que será para todos uma grande lição de vida. Lição de que não conseguimos controlar tudo o que se passa à nossa volta, lição de que juntos somos mais fortes e lição de que não vale a pena fazer planos a longo prazo, porque nunca sabemos o dia de amanhã.

Quanto a mim, continuo firme e focada em voltar ao mercado de trabalho neste mundo que se tornou tão remoto e digital.

Standard
WHAT'S UP

Amor em pandemia

M e V iniciaram uma relação amorosa dois meses antes da pandemia se instalar em Portugal, conheceram-se socialmente através de amigos em comum e chegaram inclusive a fazer vários programas juntos, quando ainda era possível sair para jantar e passear livremente. Nada previa o que estaria para chegar, mas foi o suficiente para mudar o rumo das suas vidas, de forma inesperada.

M, contou ao headshake que perante um confinamento inesperado e rigoroso que iria obrigar a um afastamento temporário, não lhes fazia qualquer sentido viver cada um em sua casa, a vontade de estar juntos e de se conhecerem melhor, era mais forte que qualquer pandemia.

Em menos de dois meses de namoro, decidiram então viver juntos, V deixou a sua casa e mudou-se para a de M.  “Correu bem e já não fazia sentido cada um voltar a viver sozinho” diz M confiante da sua decisão.

Ao questionar-mos como foi partilhar a mesma casa 24 sob 24horas, M diz confiante que foi fácil, devido à forma descontraída como ambos encararam o desafio. M tinha algum receio de não se adaptar a uma vida em conjunto, uma vez que estava habituada a viver sozinha. Mas nem as questões domésticas foram motivo de conflito, M e V confessaram que partilham todas as tarefas e que tudo o que poderia ser problemático entre o casal foi resolvido com uma boa conversa.

Durante a pandemia, fizeram planos de ter filhos, construir uma família e comprar uma casa maior. M contou-nos que aos 8 meses de relação, engravidou, mas que infelizmente não pode prosseguir com esse sonho, pelo menos para já. No segundo confinamento rigoroso, tiveram que ultrapassar alguns momentos difíceis.

o amor, a paixão ou a vontade de estar com alguém poderá ser mais forte que o COVID

A história da M e do V mesmo não tendo começado exatamente no período pandémico de Portugal (março de 2020 até a data), foi crescendo e evoluindo durante meses com muitas restrições e períodos de confinamento pelo meio, no entanto e apesar de ser uma realidade diferente para ambos, não se arrependem da sua decisão.

A verdade é que o testemunho deste casal, deixou-nos com vontade de explorar a fundo as questões dos relacionamentos em período de pandemia, porque afinal, ninguém estava preparado e todos fomos obrigados a adaptar-nos. Será que durante a pandemia houve espaço para o amor? Houve mais relações a terminar ou a começar? E as que começaram, como aconteceu num período tão pouco propício a encontros físicos? Que dificuldades sentiram os casais que foram “obrigados” a conviver 24 sob 24h? Houve mais ou menos tempo para a vida sexual?

mais de metade dos inquiridos assume que o facto de estar solteiro deve-se essencialmente à pandemia e/ou aos períodos de confinamento

Comecemos por conhecer os perfis das pessoas que responderam ao inquérito por questionário que disponibilizamos durante mais de uma semana, no nosso blog. São pessoas entre os 20 e os 43 anos, maioritariamente do sexo feminino (64,2%), sendo que mais de metade está atualmente numa relação com ou sem compromisso, o que à primeira vista nos leva a crer que o amor, a paixão ou a vontade de estar com alguém poderá ser mais forte que a COVID.

Ao analisar a minoria, os “completamente descomprometidos”, encontramos dois perfis. O primeiro, são pessoas que não estiveram em nenhum relacionamento amoroso de qualquer tipo nos últimos 6 meses (17,9% dos inquiridos), sendo que mais de metade dos inquiridos assume que o facto de estar solteiro deve-se essencialmente à pandemia e/ou aos períodos de confinamento que dificulta o processo de conhecer outras pessoas.

O segundo perfil são pessoas que terminaram um relacionamento há menos de 6 meses (10,4% dos inquiridos), sendo que todos afirmam que a sua última relação teve início durante a pandemia (desde março de 2020 até à data) e que conheceram o “ex” parceiro essencialmente através de amigou ou através de redes sociais. Sendo que também estes pensam estar a ser prejudicados pela pandemia, atribuindo a esta o término das suas relações.

A maioria das relações sem compromisso, tiveram início durante a pandemia, sendo que só 3% se mantêm

Não poderíamos dedicar um artigo ao amor sem falar do estado civil, “mas, sem compromisso”. Referimo-nos, a quem teve nos últimos 6 meses, um ou vários relacionamentos amorosos sem compromisso (10,4% dos inquiridos) e os que assumem, estar atualmente, em um ou em vários relacionamentos amorosos sem compromisso (3% dos inquiridos). A maioria destas relações (88,9%) tiveram início durante a pandemia, sendo que só 3% ainda se mantêm.

As pessoas pertencentes a este “estado civil” afirmam ter conhecido os seus (ex) parceiros essencialmente através de uma app de encontros (ex: Tinder, Flirt, Grindr), socialmente ou numa terceira hipótese, era uma pessoa com quem mantinham uma amizade há algum tempo. Acreditamos que para quem prefere um relacionamento sem compromisso, a pandemia não foi impedimento para conhecer novas pessoas e de estar com as mesmas fisicamente.

Voltemo-nos agora para os “completamente in love”, os que estão atualmente num relacionamento amoroso. Para sermos mais específicos, representam 55,2% dos inquiridos. A esmagadora maioria não teve início durante o período da pandemia.

Das pessoas que atualmente mantêm uma relação, 48,6% não residem atualmente com o seu parceiro. Estas últimas afirmam que a maior dificuldade que sentiram durante os períodos de confinamento foi o afastamento físico, o pouco ou nenhum tempo dedicado ao parceiro e ainda houve quem referisse o facto de não haver possibilidade de fazer programas a dois. Estes inquiridos afirmam que de uma forma geral e apesar da pandemia e dos períodos de confinamento, os seus relacionamentos mantêm-se igual.

Mas de uma forma geral, a maioria sente que a pandemia foi benéfica para a sua relação.

Quanto aos casais que partilham atualmente a mesma casa, os que dizem ter sentido problemas relativos à existência da pandemia, referem a existência de alguma ansiedade ou irritabilidade, desequilíbrio ao nível do desempenho das tarefas domésticas, desacordo mais do que o habitual e há ainda quem tenha referido a falta de socialização e de fazer programas a dois fora de casa. Mas de uma forma geral, a maioria sente que a pandemia foi benéfica para a sua relação.

Relativamente à atividade sexual destes casais, 61,1% afirma que não houve alterações, 27,8% refere que foi mais ativa e apenas 11,1% considera ter sido menos ativa.

Posto isto, só nos resta concluir com as ideias principais deste artigo, e esperar que a COVID nos deixe em paz, para podermos viver o amor de forma livre, com ou sem compromisso.

  • Pessoas que não têm nenhum tipo de relacionamento há mais seis meses culpam a pandemia por os impossibilitar de conhecer novas pessoas;
  • Inquiridos que terminaram as suas relações há menos de seis meses afirmam que foi a pandemia que não permitiu manter as suas relações;
  • Os relacionamentos sem compromisso que os inquiridos afirmam ter ou ter tido nos últimos seis meses, surgiram maioritariamente durante a pandemia, sendo que só 3% se mantém;
  • A pandemia não foi impedimento para conhecer novas pessoas, exceto para 17,9% dos inquiridos;
  • A maioria das relações amorosas com compromisso que ainda permanecem, não tiveram início durante o período da pandemia,
  • Durante os períodos de confinamentos, os relacionamentos à distância sofreram essencialmente pelo afastamento físico;
  • De uma forma geral, os casais que moram juntos consideram que a pandemia foi benéfica para a sua relação.
Standard
WHAT'S UP

We are f** back!!!

Para quem nos acompanha desde o primeiro dia do headshake sabe que a sua criação surgiu de uma necessidade pessoal e interpessoal de comunicarmos o que sentíamos, o que vivíamos e como os nossos olhos entendiam o mundo que nos rodeia. Passado seis anos, com algumas pausas pelo meio, o nosso propósito continua o mesmo, no entanto, é agora mais confiante e determinado em seguir quebrando preconceitos, despertando a curiosidade sobre diversos temas e em partilhar a nossa visão do mundo.

Vivemos tempos novos e desafiantes, onde temos sido postos à prova em cada passo que damos. Um momento complexo, difícil, mas que seguramente, se traduzirá em uma nova forma de estar em sociedade. O headshake não é imune nem alheio a estas mudanças, e por isso, aproveitamos para refletir sobre as nossas causas e valores, redefinir a nossa missão e renovar a nossa imagem e mensagem.

Agora de casa arrumada, queremos continuar a oferecer sugestões e dicas de bem-estar, a partilhar viagens e experiências, a sensibilizar para os temas da atualidade, a trazer novas tendências e acima de tudo a quebrar barreiras e a diminuir as distâncias . Acreditamos que em união somos capazes de construir algo novo e inspirador, cada um do seu jeito e na medida certa no sentido da igualdade social, cultural e política.

Standard
WHAT'S UP

Lisboa

Hoje olhei para ti e estranhei-te como das primeiras vezes que me deparei contigo. Senti-te distante, senti-te muito menos minha do que tens sido nos últimos anos.

É verdade que já quis deixar-te um par de vezes e pensei nisso outras tantas…mas nunca consigo. Há sempre alguma coisa que me prende a ti, só ainda não descobri o quê. Mas não gostei nada da forma como me fizeste sentir hoje.

Gosto quando acordo e te sinto minha. Gosto de ir pelas tuas ruas, determinada e confiante, com um objectivo, ou ir apenas – sem destino algum. Gosto quando acordo e sinto que preciso de me sentar à beira rio. Só tu e eu. Sinto que nessa altura só nós percebemos quão bom é o beijo da brisa que o Tejo nos traz…todos os dias, há tanto tempo. Como é que ainda não se cansaram um do outro? Ele e tu, sempre no mesmo sítio. Sempre lindos, para nos dar a melhor luz, a melhor vista, a melhor cidade que sei que um dia vou conhecer. E tenho muito orgulho nisso, sabes?

Nunca pensei que escrever-te pudesse fazer-me emocionar. Mas o que é facto é que me trouxeste muitas coisas boas. Tantas que nem me lembro das más, porque tu – como o teu próprio nome diz – és boa. Boa demais para qualquer um que pisa o teu chão merecer. E se és assim, porque é que hoje também tu me fizeste sentir como se eu não te pertencesse? Porque é que me fizeste sentir que és grande e não me abraçaste? Não quero não me sentir confortável contigo, nem em ti. Não foi aqui que nasci, mas é a ti que trago no coração e és tu que sinto como minha casa. Fizeste-me acordar para a vida, fizeste-me crescer. Ensinaste-me tanto e tão mais do que podes imaginar! És a melhor cidade do mundo e és minha! Proíbo-te de me largar.

Standard
WHAT'S UP

Super Bock, uma marca autêntica!

Se há coisa que gostamos é de boas ideias, boas imagens, boas comunicações e estratégias. E se fossemos a escolher uma marca portuguesa que tão bem o faz certamente um dos nomes que nos passaria pela cabeça seria a Super Bock.

Não pela recente campanha de marketing mas por tudo. Sim por tudo, mesmo quando pensamos que já esgotaram a caixinha das ideias, que aqui se guardam do lado de fora (o lugar onde nascem as ideias geniais) eis que no supreende mais uma vez, e outra e outra!

Nós, profissionais da área da comunicação, do design e dos eventos, consideramos que a Super Bock consegue ser grande e inteira, nada nela exagera ou exclui. 

Nas redes sociais,consegue ser criativa na dose certa, todo o tema é desculpa para dar asas à criatividade e mãos à obra. Desde do mais lamechas ao mais desbocado do mais divertido ao mais sério, todos os temas servem-se num copo bem cheio. E aqui o design anda de mãos dadas com a sua melhor amiga, a comunicação. 

E já que falamos em amiga, o brinde aqui é amizade. Este sempre foi o mote da Super Bock, os amigos. A mais recente campanha publicitária, elogia todos eles, os mais extravagantes e os mais discretos, os desbocados e os sossegados. Porque os amigos não têm defeitos tem feitios, e é isso que torna as amizades autênticas. E aqui todos concordamos, a Super Bock enche até corações na medida certa.

E se esta é a mais recente campanha, a anterior ainda continua a dar que falar. Ainda que previsível, para os olhares mais atentos e familiares ao marketing, a Coruja não deixa de ser igualmente autêntica. Pela ideia, pela comunicação, pela campanha de marketing e sobretudo pela iniciativa. Gerou-se o burburinho necessário para mexer as mentes e o apoio ao artistas. Aquilo que chegou a ser considerado plágio ao ilustrador apelidado de Coruja, era na verdade um coletivo artístico e que a SuperBock apoia. Até na representação, até que os copitos foram bem encenados.

Nos eventos, a Super Bock também sabe dar um bailinho autêntico. O SuperBock SuperRock é o amigo festivaleiro mais velho, mas há também lugar para novos amigos. Superb, o amigo para as noites mais autênticas, e obviamente nas pistas mais autêntica, o Lux Frágil.

A SuperNova, o amigo para as novas descobertas, um circuito de espetáculos ao vivo ao som da nova música portuguesa. Mas a marca faz também amigos internacionais, Super Bock Under Fest, o amigo espanhol que a marca criou laços em Março na cidade de Vigo. Uma amizade que surge no seguimento da estratégia de internacionalização da marca.

E se para a Coca-cola a poesia de Pessoa serviu na perfeição, para a Super Bock não seria muito diferente. Porque consideramos que esta é uma grande marca, a Super Bock é tudo em cada coisa, põe quanto é no mínimo que faz. Parabéns SuperBock 90 anos e sim, recebemos o convite para o aniversário do amigo nonagenário. Até lá que continues assim, autêntico, no sabor e na personalidade!

~ um chá copo de cerveja e um brinde à amizade ~

Standard
WHAT'S UP

Qual é o teu propósito de vida?

Tão bom o cantar dos pássaros pela manhã, o sol a surgir no horizonte, enquanto o nevoeiro matinal se vai dissipando. É grandioso sentir o cheiro do orvalho pela manhã e, de olhos fechados, simplesmente ouvir os sons da natureza. Os carros e o barulho ensurdecedor da cidade vão ficando cada vez mais longínquos na minha mente. Afinal, eu nasci para sentir cada raio de sol e a energia de meditar por debaixo de uma árvore que transporta em si milhares de anos. Já imaginaram se as árvores falassem? Tenho a certeza que seriam umas excelentes contadoras de histórias, daquelas bem antigas, que vão muito além dos nossos antepassados. 

Eu vim ao mundo para ser feliz na simplicidade de um sorriso, de um abraço sincero, de um olhar cúmplice e, quando mais necessito, retirar-me para o meu templo sagrado, que cheira a livros com centenas de anos. 

Na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra só de pisar aquele chão e atravessar aqueles corredores imensos com prateleiras repletas de livros com pó, sentia-me em êxtase. Com esta memória, que guardo no meu coração com muita saudade, jamais permitirei fugir à minha essência, ao meu propósito de vida. E que, naquelas tábuas de madeira, com público a aplaudir, eu continue a sentir a magia que o teatro, a minha grande paixão, me faz sentir.  

Prometo e fica hoje assinado que o meu caminho não voltará a desviar-se dos meus sonhos. Sim, o mundo nem sempre nos permite sonhar. O dinheiro é necessário enquanto não conseguimos atingir o que ambicionamos. Mas, na verdade, todos nós temos muitas necessidades que, no fundo, não precisamos. Se quero ser escrava delas? Não! Livrei-me de tudo isso a partir do momento em que estas começaram a substituir a necessidade da minha alma, que teima em sonhar alto, como um pássaro livre, que voa alegre, entre vales e montanhas. 

Que se lixem as necessidades que nos são impostas por pressão social. Quero viver com menos, mas com mais no espírito. Substituo um hotel de luxo, por uma tenda onde posso ver as estrelas à noite. E que, por sorte, surja uma estrela cadente, que me traga a esperança de um final feliz. Substituo uma praia da moda, por uma praia de difícil acesso, onde tenha de descer por entre rochas e, quando lá chegar possa mergulhar, sem qualquer roupa, na imensidão do oceano. Troco um bom carro e roupas de marca por idas a espectáculos repletos de arte e engenho.  

A maioria de nós vive tão anestesiados entre a casa e o trabalho, com um grande carro, já que está na moda ter um todo XPTO, que não fazemos a menor ideia do que viemos aqui fazer. Sabias que a tua alma chama por ti? Que aquilo que não tomares consciência agora terá repercussões no mundo, nas tuas reencarnações e nas energias que vais transmitindo ao teu corpo, mente e espírito? 

Afinal, qual é o teu propósito de vida? Já pensaste sobre isto seriamente? Confessa lá…É bem mais fácil viver no conforto da normalidade. O outro caminho é assustador, esquisito, difícil e até bastante “louco”. 

Na verdade, a falta dessa tal loucura, que nos permite marcar a nossa diferença no mundo, é que é a maior loucura da existência!

20431284_1528977080458413_5149119130868845261_n20294239_1528976993791755_2685196059377735014_n26804624_1689474857741967_6693370820243014466_n

 

 

 

Standard
WHAT'S UP

As coisas do ser humano

Por estes dias li uma notícia que anunciava o facto de, pela primeira vez, uma mulher seria a líder de uma equipa de Marines Norte Americanos.

Primeiramente, o meu pensamento foi logo “go girl – who run the world? Girls!!!”

Depois de uns segundos, reflecti e pensei: como é triste em 2017 vermos uma noticias destas que espelha o, ainda, sexista mundo em que vivemos.

Existem 2 pontos fulcrais se reflectirmos um pouco:

1 – O facto de ser notícia que uma mulher é A Líder;

2 – A lenta evolução dos tempos em que as “coisas de homem” e as “coisas de mulher” ainda não passaram a ser “as coisas do ser humano”.

No dia em que este assunto deixar de ser noticia, será o dia em que hipocrisia sexista irá cair e dará lugar à igualmente.

 

be3c5b03f04a2ea6a27fc2c72be2c991

 

~Just thinking… ~

Standard
WHAT'S UP

Um concurso de design, um centro comercial com um investimento de milhões e uma remuneração de 500 euros em vales de compras

O Évora Shopping, espaço comercial que abrirá brevemente e teve um investimento de 35 milhões de euros (segundo noticiou o Dinheiro Vivo), lançou, no passado dia 2, um concurso público para a concretização do seu novo logo. O concurso é promovido pela Ares Capital — empresa detentora do centro comercial — que promete premiar o vencedor com 500 euros em vales de compras no shopping e oferece dois prémios homólogos, de menor valor, para o 2º e 3º classificados.

 

Foto de GANHEM VERGONHA.

 

O assunto tornou-se polémico, tanto pela baixa remuneração apresentada e discrepância com o valor investido na construção do espaço; como pelo curto tempo de abertura do concurso (4 a 10 de setembro); como pela questão de ser um concurso e, como tal, os designers serem convidados a participar e apenas 3% dos mesmos serem remunerados; e ainda como pelo facto de as propostas candidatas serem sujeitas a escrutínio público dos seguidores da página de Facebook Amigos do Évora Shopping. No entanto, segundo a Meios e Publicidade, os responsáveis pelo Évora Shopping consideram que o prémio de 500 euros está na média de preços praticados por estúdios de design e freelancers e afirma que “A participação é livre, não obrigatória nem discriminatória”.
Ora bem, 500 euros por um logótipo pode ser, infelizmente, um valor praticado pelo nosso mercado português, mas “500€ em gift card a ser utilizado única e exclusivamente nos estabelecimentos comerciais instalados no Évora Shopping”, além de desrespeitoso, é uma estratégia de marketing para angariar mais visitantes, uma vez que o concurso está aberto a todos os designers que pretendam participar. Tudo isto numa jogada só – um concurso para ter um logótipo por custo basicamente zero e uma ação de marketing para angariar mais visitantes! Além disto, os designers que procuram têm de ser capazes de fazer um ou mais logótipos dentro do prazo de 6 dias! E, ainda, as 5 propostas que a Ares Capital seleccionar serão submetidas “à consideração dos seguidores da página do Facebook dos Amigos do Évora Shopping.

No entanto, há que notar os aspetos positivos de um caso como este – é que, no meio de tantos anúncios e propostas de trabalho indecentes e desrespeitosos à profissão do designer, este caso em particular gerou uma angústia e movimento de revolta nos designers que chegou aos media e está a ter um impacto real. Só os designers podem entrar na cerne da questão e, de dentro, criar uma mudança na mentalidade do nosso mercado para eliminar a frequência de anúncios e concursos como este. Sim, porque afinal a culpa é nossa, é daqueles que aceitam fazer logótipos por uns meros trocos; é daqueles que aceitam trabalhar de graça para ateliers de design; é daqueles que concordam entrar em concursos e que, na esperança de lhes cair um cheque de 500 euros, se desrespeitam uns aos outros como colegas; é daqueles que preferem cortar em metade o orçamento apresentado para não perderem um trabalho porque o do outro colega era uma ou duas centenas mais barato, é daqueles que não valorizam a sua profissão e concordam receber o ordenado mínimo ou umas dezenas mais para realizar o seu trabalho. Sim, estamos em crise e essa pode ser a desculpa para realizar todas essas opções mas a opção continua a ser NOSSA e, como tal, não podemos desviar a NOSSA culpa! Se acabarmos com estas opções então não haverá uma “Ares Capital” a dizer que os meros 500 euros pela realização de uma logomarca estão na média de preços do mercado, nem haverão empresas a querer contratar designers por um ordenado mínimo ou colocar designers à “experiência” por três meses. Está na altura de assumirmos isso mesmo e evitarmos opções como estas que só ajudam a denegrir a nossa profissão. Vamos apoiar-nos uns aos outros porque só juntos podemos criar mudanças!

 

~ um chá de protesto para designers ~

Standard
WHAT'S UP

Prateleiras sem xenofobia, Prateleiras com diversidade

Falar em xenofobia e racismo parece ser sempre aquele assunto repetido, controverso e que incomoda muita gente. Mas, e infelizmente, continua a ser um assunto inevitável e urgente nos dias atuais.

Durante um dia, uma cadeia de supermercados alemã decidiu dar uma lição no combate à xenofobia. A acção é bem simples e a mensagem bem precisa. Imaginem um supermercado numa espécie de boicote a todos e quaisquer produto produzido no estrangeiro. Agora imaginei as suas prateleiras e estantes de produtos. Um supermercado 100% nacional. Já imaginaram? O cenário mais parecido a um comportamento nacionalista assim seria este:

Não há lugar para pizzas italianas, tomate espanhol, azeitonas gregas, queijo francês ou chocolate belga. Esta ausência reflete a necessidade e a importância da diversidade.

A mensagem é simples: “Esta prateleira seria bastante aborrecida sem diversidade” ou “É assim que uma prateleira é sem [produtos] estrangeiros” ou então, “Sem diversidade seremos assim tão pobres”. Este é o resultado desta campanha de sensibilização contra o racismo e a xenofobia do grupo Edeka, na cidade de Hamburgo.

Ainda que para alguns esta campanha tenha recebido algumas críticas por assumir um posicionamento politico que não compete ao um supermercado, também recebeu reacções positivas que se refletiram nas redes sociais, com vários elogios e partilhas. O grupo Edeka apoia, assim, a variedade e a diversidade, “nas nossas lojas vendemos numerosos produtos que são desenvolvidos em várias regiões da Alemanha. Mas apenas juntamente com os produtos de outros países é possível criar uma diversidade única que os nossos consumidores valorizam”.

Num momento em que a imigração é assunto do dia, em que ecoam discursos xenófobos e racistas perante o crescimento do número de imigrantes e refugiados procuram abrigo nos países europeus, incluindo na Alemanha, não é atoa que esta campanha surge em véspera da ida do país às urnas para as eleições federais. Nós aplaudimos este tipo de acções e campanhas, e por isso, também a partilhamos.

~ um chá contra a xenofobia e racismo ~

Standard