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MAAT – A arte, arquitectura e tecnologia com vista para Tejo

A Arte, a Arquitectura e a Tecnologia passam agora a ter mais um lugar na cidade, inaugurado na passada quinta-feira, 30 Junho, MAAT | Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia é um novo museu em Lisboa.

Junto ao tejo e na renovada Central Tejo, o novo museu da Fundação EDP  é agora um novo espaço cultural aborda a arte e a cultura contemporânea através do olhar de artistas, designers, e arquitectos que pensam sobre o impacto da tecnologia, o impacto urbano. Com exposições nacionais e internacionais, o MAAT é uma plataforma internacional de olhos e pensamento postos no futuro e no presente e menos no passado.

Situado numa central eléctrica do início do séc. XX e no novo kunsthall concebido pelo atelier londrino Amanda Levete Architects,  o MAAT ergue-se de linhas futuristas e modernas, integrando também, o então,  Museu da Electricidade num espaço único. Sob curadoria de Pedro Gadanho, estima-se um vasto programa exposições temporárias, para já apresenta com duas exposições internacionais, “Lightopia” e “Artists Films Internacional” e outras duas nacionais “Segunda Natureza – Colecção de Arte da Fundação EDP” e “Silóquios e Silóquios”.

Numa combinação de artes visuais e media, arquitectura e cidade, tecnologia e ciência, sociedade e pensamento, pretende-se assim que este projecto cultural seja um espaço para a descoberta, para a reflexão critica e diálogo internacional. O que potencia o MAAT como único no mundo, pois não existe outro onde estas três áreas – arte, arquitectura e tecnologia, se cruzem e se relacionem.

Sendo um projecto ainda em construção, este projecto prevê ainda um restaurante com vista para a ponte 25 de Abril e será possível andar por cima do edifício em forma de concha e de linhas curvas e fluídas. A escadaria exterior descerá até ao Tejo, criando um grande espaço público.

Marcamos agora na agenda o dia 5 de Outubro, data em que será inaugurado os restantes espaços expositivos, como o deslumbrante átrio projectado pela Amanda Levete, do atelier AL_A.

~ um chá entre a arte, arquitectura e tecnologia~

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Verão com Jacques Tati

É já hoje! 

Leopardo Filmes e a Medeia Filmes apresentam já a partir de hoje, pela primeira vez em Portugal, a obra integral de Jacques Tati. O ciclo intitula-se “Verão com Jacques Tati” e vem ainda a tempo do Verão para quem pensa que este já está no final.

Todos os filmes do comediante e realizador francês Jacques Tati foram restaurados em versões digitais e voltam ao cinema a partir de hoje, dia 20 de Agosto, no Espaço Nimas em Lisboa e, no Porto a partir de 1 de Setembro no Teatro Municipal Campo Alegre que reabre para receber a obra do cineasta que fascina todas as gerações.

Jacques Tati, nome artístico de Jaques Tatischeff, realizador, actor e argumentista, caracteriza-se pelo imaginário hilariante que cria em cada uma das suas obras. Neste programa, será possível ver as seis longas-metragens deste mestre francês da comédia – “Há Festa na Aldeia” (1949), “As Férias do Sr. Hulot” (1953), “O Meu Tio” (1958), “Playtime – Vida Moderna” (1967), “Sim, Sr. Hulot/Trafic” (1971) e “Parade” (1974) – e ainda sete curtas-metragens inéditas comercialmente em Portugal.

“Em HÁ FESTA NA ALDEIA Tati é François, o carteiro local que faz o melhor para seguir os seus colegas americanos, após ser ridicularizado pela população. No filme AS FÉRIAS DO SR. HULOT ele interpreta pela primeira vez a sua personagem carismática, o Sr. Hulot que perturba as férias de veraneantes demasiado sérios. Em O MEU TIO, o Sr. Hulot ressurge animando uma criança aborrecida com os seus pais. Em 1959 foi distinguido com o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro. PLAYTIME – VIDA MODERNA traz-nos o inesquecível SR. HULOT numa extraordinária sátira à tecnologia industrial e à vida numa grande cidade, Paris. Considerado pelo British Film Institute um dos 50 Melhores Filmes de Todos os Tempos. Em SIM, SR. HULOT – TRAFIC, o Sr. Hulot inicia uma aventura pelas autoestradas da França e da Bélgica enquanto se dirige para Amsterdão, onde irá exibir o seu protótipo de automóvel. PARADE é a última longa-metragem de Jacques Tati e apresenta-se como um tributo ao mundo do espectáculo.” – in rtp.pt

Jacques Tati morreu em 1982, vítima de uma pneumonia, deixando por concluir o projeto “Confusion”. 

A programação do Espaço Nimas já está disponível AQUI.

A acompanhar o ciclo, o Espaço Nimas acolherá uma exposição de cartazes de uma das longas-metragens de Jacques Tati, reinterpretadas pelos ilustradores portugueses André Letria, Marta Monteiro, Madalena Matoso, Sara-a-dias, João Fazenda e Catarina Sobral.

Marta Monteiro / Sara-a-dias

Jacques-Tati-JoaoFazenda e Catarina Sobral

João Fazenda | Catarina Sobral

Jacques-Tati-andre letria e Madalena Matoso

André Letria | Madalena Matoso

Esta é uma oportunidade única de (re)visitar a obra integral do mestre Tati, que foi um dos mais brilhantes observadores da vida moderna, e que criou um estilo e visual únicos nos seus filmes.

Os bilhetes para estas sessões já estão à venda por 6€, às segundas 4€. Na compra de quatro bilhetes, é oferecido o quinto. Para menores de 15 anos, o bilhete tem o custo de 3€.

~ A arte e o cinema

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Amália por notas de uma calçada

amalia

Amália.

Tão nobre nome não necessita de introduções, de apelidos, de descrições, apenas de um silêncio. Um silêncio que aperta os corações e liberta a alma! Silêncio que dá força às notas que enternecem e humedecem os olhos. 

Amália, pode agora, fazer, literalmente, “chorar as pedras da calçada”. Vhils, ou Alexandre Farto, artista português de arte urbana, criou o rosto de Amália Rodrigues em calçada portuguesa, em colaboração com os calceteiros da Câmara de Lisboa. A obra surgiu como desafio de Ruben Alves, o realizador do filme “A Gaiola Dourada”, que pediu a Vhils que desenhasse o rosto de Amália para a capa do disco que preparava – “Amália, As Vozes do Fado”. Ruben considera que “o fado é uma música urbana que nasceu nas ruas”, tal como o trabalho de Vhils. 

Assim nasceu a obra, em Alfama, construída com dois a três meses de preparação mais quatro semanas de trabalho com os calceteiros da Câmara de Lisboa e da Escola de Calceteiros de Lisboa, em que o retrato aparece como uma onda do mar, fazendo com que, quando chove, a água escorra pela calçada, fazendo-a, assim, chorar.

“Amália, As Vozes do Fado” é uma homenagem com fadistas da nova geração em que se pode ouvir Ana Moura, António Zambujo, Carminho, Camané, Gisela João, Ricardo Ribeiro e Celeste Rodrigues a interpretar temas do reportório da Amália e, onde ainda, se encontram duetos destes mesmos fadistas. Assim, Ana Moura cantará com Bonga num tema produzido por Branko (Buraka Som Sistema), Carminho surgirá ao lado de Caetano Veloso, Zambujo partilhará Lisboa Não Sejas Francesa com Mayra Andrade, Ricardo Ribeiro dará voz a um tema espanhol com Javier Limón e Nino de los Reis, e Camané e Gisela João distribuirão entre os dois os versos de Meu Amor, Meu Amor. [in Público]

«Amália, ao longo da sua carreira, deu o seu coração ao povo português. E, com a sua voz, transmitiu pelo mundo fora a alma portuguesa, com toda a sua complexidade e beleza», explica Ruben Alves. «Este disco tem como objectivo tocar todas as pessoas que gostam de música, mesmo os que ainda não tenham sido tocados pelo fado». 

Todo o processo de gravação do disco foi filmado e será editado num documentário, a ser exibido pela TVI, que deverá ficar pronto no final do ano, em que Ruben Alves quer mostrar “como é o fado nos dias de hoje”, e falar “sobre o fado numa maneira urbana”.

O disco, editado pela Universal, publicado a 17 deste mês, está já a venda na fnac aqui.

~A modernidade, visão e coragem de uma mulher que percorreu o mundo tornando-se a Voz de Portugal~

Amália.

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E se a comida se transformasse?

A laranja poder transformar-se numa bicicleta, um pepino numa máquina fotográfica, uma noz num frango ou um ovo estrelado em Homer Simpson. Sim, isso mesmo, como seria se isso tudo fosse possível? O romeno Dan Cretu mostra-nos tudo.

O Designer conceitual e fotógrafo trabalha todo o tipo de frutas e vegetais para criar peças que não vemos em mais lugar nenhum se não na nossa imaginação. É que todas as imagens que vemos de Dan são o resultado de uma criatividade e imaginação muito muito fértil. Dan brinca, literalmente, com comida e consegue mostrar-nos pimentos que viram tubos de tinta, fitas cassete de salame, sapatilhas com cascas de laranja, e muito mais. Mas não é só a comida que vira arte nas mãos de Dan, uma cassete de vídeo também pode tornar-se nuns óculos do futuro, um teclado de computador duma tablete de chocolate. Enfim tudo é possível.

Dan utiliza 3 a 4 horas para cada montagem e fotografia. Não pode ser mais tempo ou corre o risco de perder a cor e vivacidade das formas, porque a matéria-prima desidrata muito rapidamente.

Delicie-se com toda esta criatividade.

Veja mais:

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