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Cozinhar, o mantra dos tempos modernos.

Cozinhar está na moda, é giro, relaxa, gera convivo e faz bem à mente. Cozinhar é o novo mantra dos intelectuais e da classe média/alta.

Um simples ovo mexido, já não é mais um ovo mexido, é cozinhado em banho-maria e retirado do fogo pouco antes ser cozinhado na totalidade para que possa permanecer húmido e apetitoso. Não percebo nada de culinária, mas gosto muito de toda a paixão e burburinho causado à volta desta arte.

Passamos do velhinho programa maçador em que a Sra. Cozinheira preparava tudo cuidadosa e meticulosamente para programas jovens, divertidos e principalmente que inspiram as pessoas.

Claro, que toda esta mudança tem por trás um grande suporte das marcas alimentares e de “ferramentas” para cozinhar (sim, porque hoje temos tantas ferramentas para cozinhar como para remodelar uma divisão da casa).

Todos conhecem o Jamie Oliver, um cozinheiro conhecido pelo seu jeito peculiar e forma descontraída de cozinhar. As tábuas de madeira são a sua imagem de marca e, por coincidência, até são feitas em Portugal (pelo menos é o que dizem por aí). Depois do sucesso dos seus programas televisivos que são transmitidos nos 7 cantos do mundo, os seus restaurantes tornaram-se um sucesso. Para muitos, poder ir ao restaurante do Jamie é uma coisa fantabulástica. Posso dizer que costumo frequentar um em Manchester e confirmo que a comida é simples, mas super deliciosa.

Hoje tratamos os cozinheiros como Super-heróis. Temos o molho bolonhesa do Jamie Oliver, o avental do Gordon Ramsay, a esparguete que o Jamie Oliver usa ou azeite XPTO que ambos dizem que faz maravilhas ao nosso refugado.

As nossas crianças cozinham como brincadeira e até têm programas onde podem competir por quem é o melhor cozinheiro.

Com toda esta mudança de ambiente culinário é importante que as marcas acompanhem o ritmo e que se tornem trendy. Caso contrário, verão apenas o fumo do exaustor a passar.

Temos um bom exemplo, a Teka, uma marca sólida e reconhecida por todos e que aproveitou a sua maturidade para se renovar e entrar na onda desta nova tendência que é cozinhar.

Neste momento, a Teka tem a decorrer em várias cidades do país, um roadshow com um conhecido cozinheiro o Chacal onde permite ao público aprender e acompanhar um Chef durante toda a receita. No final têm a oportunidade de degustar o preparado (note-se que comer é “old history”).

A Teka é líder do mercado de electrodomésticos em Portugal desde 2008 e com o esforço em acompanhar as tendências irá continuar a sê-lo. Este tipo de acções personalidades e incisivas criam uma relação única entre o consumidor e a marca e são importantes para manter o “falatório” sobre a marca.

É um mundo que a indústria da cozinha transformou em algo sedutor e glamouroso. Comer já não é uma necessidade, mas sim uma forma de status.

food

~ Diz-me onde comes e dir-te-ei quem és ~

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WHAT'S UP

Reclamamos, reclamamos, mas afinal o que queremos é publicidade

Parece que os consumidores afinal gostam mesmo de publicidade. Um estudo da MarketingSherpa provou que os consumidores estão dispostos a receber publicidade desde que seja como eles querem.

Apenas 8% dos inquiridos afirma não ter interesse em receber qualquer tipo de publicidade.

Já sabíamos que o email Marketing é algo fundamental para a comunicação, este estudo apenas veio reforçar essa importância com 54% dos inquiridos a afirmarem que esta é a forma que mais gostam de receber comunicação sobre uma marca. Também por email, seguem-se as Newsletters com 49% dos questionados a preferirem que a informação sobre uma marca lhes chegue através de newsletters. Por sua vez, 38% das pessoas são mais independente e preferem ver as novidades por si próprios e apenas quando têm vontade de o fazer. Neste caso a actualização de conteúdos no website é fulcral para o consumidor e para a marca que pretende vender.

Uma percentagem dos consumidores é, ainda mais tradicional, preferindo receber informação numa loja física. As redes sociais e os eventos promocionais fazem, também, parte das formas de comunicação mais relevantes para os consumidores.

Com este estudo provamos aquilo que já sabíamos, que o consumidor gosta de saber o que se passa, mas selecciona a informação importante para si naquele momento. Nesta lógica, torna-se ainda mais fulcral para uma empresa apostar numa estratégia de Relações Públicas, pois a comunicação menos evasiva e mais dissipada pelo ambiente do consumidor, é aquela que o faz pensar duas vezes sobre um produto/marca. Procurar uma estratégia que traga beneficio para o cliente será sempre o caminho a seguir. Por exemplo, noticias geradas pelos media, eventos promocionais, ofertas e experiências farão as delícias dos possíveis consumidores. Isto é nada mais nada menos que: Relações Públicas.

~ Um puro chá de RP ~

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WHAT'S UP

O mundo da Cristina

Depois do enorme sucesso de vendas da Revista Cristina, que abanou e reconstruiu todo o conceito de Revista em Portugal, chegou a vez de levar uma pontinha desse sucesso para a TV.

A Revista da Cristina marcou o fim de um ciclo aborrecido e monótono no que diz respeito às revistas em Portugal. Trouxe, por sua vez, irreverência, modernidade, realismo e conteúdo. Sim conteúdo!

Apesar do volume (assustador) de publicidade e comunicação de marca que a Cristina provoca em Portugal, e consequentemente, na sua revista, o conteúdo inovador permite uma leitura leve e interessante para o mundo feminino.

A Cristina Ferreira, enquanto pessoa e personagem, é um fenómeno único em Portugal. A Cristina é a melhor a vender imagem e não precisa de mais provas dadas. Tudo em que toca transforma-se em sucesso.

Até ao dia em que decidiu levar a sua revista mais longe e transmitir na TV as entrevistas presentes na sua Revista.

Já referi que a Cristina decidiu levar uma pontinha do sucesso da sua revista para a TV. Pois bem, foi mesmo só uma pontinha! A sua habilidade para conduzir entrevistas não corresponde de todo ao que estávamos à espera.

A procura incessante por lágrimas e entrevistas emocionais, torna-se embaraçosa. A própria Cristina está desconfortável, largando a gargalhada nervosa a que já nos habituou nos momentos menos próprios.

A Cristina vende e tem piada a ser a Cristina. Esta tentativa de versão feminina de Alta Definição não lhe assenta.

O que vende e o que o povo quer é a Cristina divertida, bonita, sempre a sorrir e com modelitos de fazer inveja à princesa Kate.

O pequenino 15º lugar nas audiências com a entrevista do Anselmo Ralph, apenas quer dizer uma de duas coisas:

1ª – As pessoas já sabem tudo sobre o Anselmo (o rapazito vai a todas);

2ª – As entrevistas da Cristina estão bem na revista e não precisam de outros voos.

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Em suma, a Revista adoramos, o blog nem se fala, a moda é um mimo, mas por favor Cristina, “você na TV” chega. ;)

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TRAVEL

“Deixe o amor entrar” com a IKEA

“Bem vistas as coisas, o coração é que manda” é assim que começa o novo anúncio da IKEA. Continuando a ver o vídeo, encontramos sucessivas referências ao amor e fica no ouvido mais uma frase: “quando o coração fala, sabe o que diz”. Deixe o amor entrar é a mensagem da nova campanha da marca sueca, a primeira com criatividade da JWT, que adquiriu a conta após consultar o que o mercado lhe tinha para oferecer.

Através de comunicado de imprensa, João Oliveira, diretor criativo da agência de publicidade, defende que “o coração tem sempre razão. É quando ouvimos o coração que temos a certeza que estamos no caminho certo. É por ele que tudo começa. E só é feliz quem o souber ouvir”. Assim, o coração foi o insight que esteve, e está, na base de toda a campanha. Por isso mesmo, neste novo anúncio, a IKEA que partilhar alguns conselhos, conselhos esses que melhoram a vida de quem os segue: agarrar, beijar, prometer, correr, organizar, recomeçar, rir, experimentar, brincar, improvisar, cantar, mudar e amar. Estes são alguns dos verbos que podemos ouvir na campanha de TV.

Segundo a JWT, esta nova campanha marca o início de uma nova linha e estratégia de comunicação. Primeiro fala-se da marca no geral, posteriormente apresenta-se o tema do ano – em 2016, serão as cozinhas – e, por fim, a apresentação do novo catálogo, que deverá chegar às caixas de correio a partir de 28 de agosto.

Por agora, e enquanto o catálogo não chega às caixas de correio (eu, me confesso, estou ansiosa!!!), vão conhecendo as novidades no local habitual e fazendo as vossas wishlists. Deixo-vos com a capa do catálogo de 2016!

ikea catalogo

~ deixem o amor entrar na vossas casas e sejam felizes ~

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WHAT'S UP

Sagres: 1 milhão de visualizações com “Sai da toca, Zé!”

Já aqui à algum tempo tínhamos falado da luta entre a Sagres e Super Bock pela amizade dos portugueses.

Esta luta continua, mas desta vez, temos que congratular a Sagres pelo videoclip “Desliga a máquina, Zé” levado a cabo pelos humoristas Salvador Martinha e César Mourão, num videoclip pensado pela BAR e realizado pela Krypton.

Este video alcançou recentemente mais de um milhão de visualizações no meio digital, em plataformas como o Youtube e Facebook.

Numa campanha com o objectivo de desafiar todos os portugueses a conviver “À portuguesa” entre amigos este Verão, os 2 humoristas, dão à Sagres um toque de “boa vibe” com muita boa-disposição.

Vale apena ver este video, pois é mais que um anuncio a uma cerveja. É um momento de humor e diversão. Ah e já agora, vejam descobram com o que rima a palavra “milagres”… :)

~ Verão & Amizade ~

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GOING-NATURAL

Desmaquilhe esta revista!

Já não é a primeira vez que o headshake dá a conhecer algumas ações levadas a cabo no Brasil. Também não é por acaso que o Brasil se apresenta como um dos melhores países no que respeita à Comunicação e Relações Públicas! Lembra-se quando a ELLE Brasil criou uma capa espelho em que qualquer mulher se podia ver nela? Pois é, a CARAS Brasil decidiu também inovar e, por isso, está nas bocas o mundo!

A última edição desta revista contou com a presença de Giovanna Ewbank, uma atriz e modelo brasileira, na capa. Mas, isto não é nada demais! A grande novidade é que o leitor pode interagir com a revista. Como? É que a revista Caras, em parceria com a Neutrogena, criou uma ação em que os leitores podem retirar a maquilhagem de Giovanna recorrendo a uma toalhita desta marca de cosmética. Na capa podia ler-se: “Giovana Ewbank revela seu segredo para uma pele saudável e bonita: Lenços demaquilhantes Neutrogena removem toda a maquilhagem, até a prova d’água, com apenas 1 lenço”. Quem tivesse dúvidas, podia retirá-las na hora!  

A ação interativa foi realizada pela DM9DDB, a agência de publicidade da marca, e vai chegar a mais de 25 mil assinantes desta revista no Brasil. Segundo Adrian Ferguson, vice-presidente da DM9, esta ação dá ao consumidor “o poder de protagonizar a campanha”, uma vez que é ele quem “manuseia o produto, testa, comprova e avalia o resultado”.

revista Caras Brasil

~ um chá de criatividade ~

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WHAT'S UP

O novo universo de TriNa

Trinaranjus: nome do sumo que estava sempre na mesa do meu anversário. Sempre tive a felicidade de festejar o meu aniversário com uma grande festa em que reunia os meus amigos, primas, tios, avós… Trinaranjus estava sempre lá. Sabor laranja, limão e maçã eram os meus preferidos! Trinaranjus foi desaparecendo dando lugar apenas ao nome TriNa. Quando era criança nem sequer ligava, mas quando abracei o mundo da comunicação percebi que TriNa era uma marca um pouco aborrecida, sem posicionamento e sem um target definido. TriNa era terra de ninguém, por assim dizer. Mas em 2015 tudo mudou!

TriNa decidiu reinventar-se, mudando de imagem e assumindo um novo posicionamento. Com linhas mais divertidas, apresenta-se como a bebida “sem borbulhas” ideal para acompanhar toda a família no seu dia-a-dia. A marca comunica agora para as famílias modernas e quer ser a bebida oficial da diversão, promovendo bons momentos em família.

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Para além de um novo posicionamento e imagem, a marca apostou na criação de um universo divertido com um humor cítrico, fresco e natural, cúmplice dos pais e dirigido aos mais novos através das suas novas mascotes, conhecidas como as frutagonistas: Tino Pomar, Silvester Laranjone, Quentin Laranjino, Carlo Manga, Zérgio, Jon Lemon, Valentina e Pepinha. 

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Esta nova linha de comunicação vem acompanhada de numa nova campanha comercial onde é possível conhecer as frutagonistas, bem como o reino de TriNa, sob a assinatura “TriNa, Disfruta em Grande”. 

Nos dias de hoje já não existem grandes festas de aniversário como antigamente, mas TriNa continua a fazer parte da escolha das headshakers!

~ um novo universo TriNa aprovado pelo headshake

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Uma Coca-cola despida de preconceitos!

Cada vez mais um assunto frequente nos dias de hoje, a Coca-cola entra no espírito e despe-se de preconceitos. A propósito do Ramadão, ritual islâmico em que os muçulmanos ficam de jejum durante um período, a agência FP7 do Emirados Árabes Unidos desenvolveu uma campanha ousada para transmitir uma mensagem, inspirar as pessoas.

Para tal, a Coca-cola abdicou dos seus rótulos informativos das suas latas e optou por uma mensagem “Rótulos são para as latas, não para as pessoas”. A ideia é precisa e literalmente essa, mostrar às pessoas que somos todos iguais, a religião ou os nossos costumes não fazem de nós menos pessoas. Uma acção que veio para combater estereótipos e preconceitos, mostrando que se subtrairmos certas “marcas” como a religião, somos todos iguais.

A campanha irreverente “Retirar rótulos neste Ramadão” veio com todas as letras dar um passo à frente e quebrar com (pre)conceitos e que mesmo sem ter a sua marca estampada, não perde a sua real identidade e não deixa de ser Coca-cola.


Além desta campanha, a Coca-cola lançou um vídeo onde, numa sala escura, grupo de homens tenta adivinhar o aspecto de cada um dos presentes. Mas quando as luzes são ligadas, todos são surpreendidos!

Uma mensagem que ganhou impacto e posicionamento nas redes sociais e que também será levada a alguns eventos, onde a marca pretende distribuir exclusivamente estas latas que embora tão despidas são tão expressivas.

~ um chá e uma coca-cola despida ~

@Teresa Caeiro & Isabel Cunha

 

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WHAT'S UP

Aquela imagem já era!

Pouco a pouco, as pessoas vão percebendo o que é isso de design, qual a sua finalidade, a importância, a presença dele que, queiramos ou não, está em praticamente tudo o lado, no que vemos, no que fazemos. E o design ganha, então, o seu lugar.

No entanto, existem vários sectores de negócio em que além do design não ser um factor prioritário, parece estar estandardizado, como que tentar algo diferente seria totalmente descabido e fora desse modelo à muito concebido, e que não acompanhou mudança ou os novos tempos. Mas, e para bem de todos, é uma regra que muitos têm vindo a quebrar. É o caso da Era – imobiliária, que recentemente renovou a sua imagem e comunicação.

Todas as empresas e negócios no ramo do arrendamento apresentam-se visualmente muito semelhantes entre si, parecem obedecer a um modelo, por sinal pouco atractivo e funcional. Se estivermos atentos, vemos mesmo que o logótipo são o único elemento diferenciador, mas que mesmo em termos cromáticos encontramos semelhanças.

A Era aposta agora numa nova imagem, um rebranding que passa pelo logótipo e pela sua plataforma web que a meu ver torna-se o mais relevante nesta nova comunicação. O que antes parecia pouco atractivo e pouco com uma apresentação pouco criativa é agora mais agradável ao olhar, e parece que arrendar casa afinal não é um bicho de sete cabeças.

Neste sentido, penso que a imagem actual soma pontos quer enquanto projecto de design, e sobretudo, enquanto projecto de design no sector.

depois

web

@ Isabel Cunha

Aliado ao novo design diferenciador vemos uma comunicação única que distingue facilmente a Era das demais.

A aproximação do público é notória, bem como a chamada de atenção para simplificação de processos.

Arrendar, vender e comprar a casa perfeita para cada um de nós é a missão. Os Agentes Era são, segundo a empresa, máquinas no que toca ao arrendamento e venda de casa. Cada um deles é especializado em um assunto do ramo imobiliário, o que torna a Era na melhor solução global quando se trata de arrendar/vender/comprar casa.

A intenção de mostrar segurança e confiança, com a alusão aos conhecidos filmes 007 e Missão Impossível, tornam a Era numa possível líder de mercado para o Ano 2016.

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A renovada comunicação no Facebook também veio dar à marca o toque de frescura que já precisava à algum tempo.

A Era não se limita a mostrar casas e a promover o arrendamento/venda (como a maioria dos seus concorrentes), mas preocupa-se em construir uma relação de confiança com os seus seguidores.
 
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Caso o serviço de venda acompanhe o carácter personalizado e vencedor da comunicação, esta será uma aposta ganha para esta marca.

@ Teresa Caeiro

~ ERA – Missão casa nova

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Desculpem, mas Promotores não são Relações Públicas!

Aqui no headshake gostamos de tratar as coisas pelos nomes e de colocar os pontos nos “is”! Somos fascinadas pela comunicação, mas a vertente que nos tira o ar e faz borboletas são as Relações Públicas.

Só o título deste post poderá dar aso a muita discussão, sem ser preciso escrever uma linha. No entanto, queremos deixar a nossa visão sobre este tema, que é exactamente esta: promotores não são Relações Públicas. E aqui, entenda-se promotores como as pessoas que são consideradas Relações Públicas da noite, as pessoas que oferecem pulseiras para entrada gratuita em bares e/ou discotecas e que ganham a vida a colocar mais clientes dentro destes estabelecimentos.

Se há coisa que nos faz comichão é ouvir que os concorrentes da Casa dos Segredos são Relações Públicas. Ai são? Estudaram 3 ou 5 anos para isso? Frequentaram algum curso de Comunicação Empresarial e/ou Relações Públicas? Com certeza que não! E depois ouvimos algumas pessoas perguntar “Mas para ser Relações Públicas é preciso tirar algum curso?”. Pois é, parece que sim! (Mas basta uma simples pesquisa no Google para perceber isso!) Mas vamos por partes.

Parte I: O que é a profissão de Relações Públicas?

Segundo Harlow (1976) “As Relações Públicas são uma função de gestão diferenciada, que ajuda a estabelecer e manter linhas mútuas de comunicação, entendimento, aceitação e cooperação entre a organização e seus públicos; envolve a gestão de problemas ou questões; ajuda a administração a manter-se informada e sensível à opinião pública; define e sublinha a responsabilidade da administração em atender o interesse público; ajuda a gestão a manter-se informada e a promover efectivamente a mudança; serve como um sistema de alerta precoce para ajudar a antecipar as tendências; e usa pesquisas e técnicas de comunicação éticas como suas principais ferramentas.”

Não me parece que os “RP” das discotecas desempenhem estas funções no seu dia-a-dia. Estes profissionais são, sim, muitas vezes contratos pelos Relações Públicas (os tais que andaram a queimar pestanas para saber desenvolver acções de comunicação planeadas e estruturadas) para promover os seus eventos/acções de comunicação.

Parte II: Quais são as responsabilidades de um Relações Públicas?

Segundo Tench, D’Artrey e Fawkes (em Tench e Yeomans, 2009) “O profissional de Relações Públicas deve ter competência para desenvolver as seguintes atividades: comunicação com os colaboradores internos, media relations, public affairs, relação com a comunidade e responsabilidade social corporativa, relação com os investidores, gestão de crise, organização e gestão de eventos, comunicação com outras organizações – Business to Business -, comunicação institucional e comunicação estratégica.”

Esmiuçando a coisa, as responsabilidades de um Relações Públicas passam muito mais por questões estratégicas, pelo que a promoção de festas e organização de eventos são apenas um meio para atingir o verdadeiro fim de uma estratégia de Relações Públicas.

Parte III: O Profissional de Relações Públicas.

Ao profissional de Relações Públicas são reconhecidas capacidades de pensamento estratégico, capacidades estas que têm também “uma função estratégica essencial na definição de estratégias competitivas e distintivas da organização” (cf. Raposo, 2009).

E é neste ponto que reside a chave desta diferença! Ao Relações Públicas são reconhecidas capacidades estratégicas, ou seja, de pensamento e funções estratégicas que são fundamentais para a competitividade e distinção de uma organização e, consequentemente, marca. Em contrapartida, ao promotor o que lhe é exigido? A operacionalização de algo já pensado por uma outra pessoa.

Não estamos com isto a desvalorizar a atividade de promotores, até porque as Relações Públicas necessitam destes profissionais para a execução da sua função, mas é necessário que todos aqueles se autodenominam de Relações Públicas tenham consciência que não o são.

pr

~ Um chá de Relações Públicas

@ Teresa Caeiro

@ Liliana Lopes

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