Começa hoje dia 22 de Outubro o Restaurant Week e prolonga-se até dia 1 de Novembro. As cidades escolhidas são Lisboa e Porto e são vários os restaurantes de luxo aderentes. Estes apresentam um menu específico, que inclui entrada, prato principal e sobremesa, a um preço convidativo (20 euros, dos quais 1 euro reverte a favor de instituições de responsabilidade social).
O primeiro Restaurant Week surgiu em Nova Iorque e participaram 90 restaurantes. Hoje em dia, conta com a adesão de mais de 10.000 restaurantes e realiza-se em cidades como Madrid, Milão, Boston, Londres, Amesterdão e São Paulo.
Este evento tem como principal objectivo facilitar o acesso à restauração de luxo, contribuindo em simultâneo para causas sociais. Segundo o site do evento, “Em Portugal, vamos em +30 edições entre as cidades de Lisboa, Porto, Loulé e Cascais, e mais recentemente com duas edições nacionais com todo o país em simultâneo, Restaurant Week já serviu mais de 210.000 refeições e já atribuiu mais de 210.000 euros solidários.”
Para beneficiar das vantagens desta semana exclusiva, basta reservar o restaurante que pretende em RestaurantWeek.pt, no website ou na app TheFork para iPhone ou Android.
A Leopardo Filmes e a Medeia Filmesapresentam já a partir de hoje, pela primeira vez em Portugal, a obra integral de Jacques Tati. O ciclo intitula-se “Verão com Jacques Tati” e vem ainda a tempo do Verão para quem pensa que este já está no final.
Todos os filmes do comediante e realizador francês Jacques Tati foram restaurados em versões digitais e voltam ao cinema a partir de hoje, dia 20 de Agosto, no Espaço Nimas em Lisboa e, no Porto a partir de 1 de Setembro no Teatro Municipal Campo Alegre que reabre para receber a obra do cineasta que fascina todas as gerações.
Jacques Tati, nome artístico de Jaques Tatischeff, realizador, actor e argumentista, caracteriza-se pelo imaginário hilariante que cria em cada uma das suas obras. Neste programa, será possível ver as seis longas-metragens deste mestre francês da comédia – “Há Festa na Aldeia” (1949), “As Férias do Sr. Hulot” (1953), “O Meu Tio” (1958), “Playtime – Vida Moderna” (1967), “Sim, Sr. Hulot/Trafic” (1971) e “Parade” (1974) – e ainda sete curtas-metragens inéditas comercialmente em Portugal.
“Em HÁ FESTA NA ALDEIA Tati é François, o carteiro local que faz o melhor para seguir os seus colegas americanos, após ser ridicularizado pela população. No filme AS FÉRIAS DO SR. HULOT ele interpreta pela primeira vez a sua personagem carismática, o Sr. Hulot que perturba as férias de veraneantes demasiado sérios. Em O MEU TIO, o Sr. Hulot ressurge animando uma criança aborrecida com os seus pais. Em 1959 foi distinguido com o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro. PLAYTIME – VIDA MODERNA traz-nos o inesquecível SR. HULOT numa extraordinária sátira à tecnologia industrial e à vida numa grande cidade, Paris. Considerado pelo British Film Institute um dos 50 Melhores Filmes de Todos os Tempos. Em SIM, SR. HULOT – TRAFIC, o Sr. Hulot inicia uma aventura pelas autoestradas da França e da Bélgica enquanto se dirige para Amsterdão, onde irá exibir o seu protótipo de automóvel. PARADE é a última longa-metragem de Jacques Tati e apresenta-se como um tributo ao mundo do espectáculo.” – in rtp.pt
Jacques Tati morreu em 1982, vítima de uma pneumonia, deixando por concluir o projeto “Confusion”.
A programação do Espaço Nimas já está disponível AQUI.
A acompanhar o ciclo, o Espaço Nimas acolherá uma exposição de cartazes de uma das longas-metragens de Jacques Tati, reinterpretadas pelos ilustradores portugueses André Letria, Marta Monteiro, Madalena Matoso, Sara-a-dias, João Fazenda e Catarina Sobral.
Marta Monteiro / Sara-a-dias
João Fazenda | Catarina Sobral
André Letria | Madalena Matoso
Esta é uma oportunidade única de (re)visitar a obra integral do mestre Tati, que foi um dos mais brilhantes observadores da vida moderna, e que criou um estilo e visual únicos nos seus filmes.
Os bilhetes para estas sessões já estão à venda por 6€, às segundas 4€. Na compra de quatro bilhetes, é oferecido o quinto. Para menores de 15 anos, o bilhete tem o custo de 3€.
Depois de alguns anos de um Porto sem identidade gráfica (falo em identidade, porque um logotipo não é uma identidade), sim porque aquele logotipo pouco ou nada traduzia aquela que é a cidade do Porto, uma cidade plural. E talvez tenha sido este o ponto de partida de tudo isto. Uma necessidade que não passou despercebido nem ao olhar de Rui Moreira, nem ao olhar dos criativos e designers que, em boa hora, reavivaram a cidade invicta.
Mas esta necessidade aponta ainda para um desafio maior. Não nasci no Porto, mas perto. Perto o suficiente para entranhar a sua essência. O Porto é uma cidade muito peculiar. Um tanto ou quanto romântica, onde as ruas não são paralelas, onde as fachadas não são todas iguais, onde o velho se cruza com o novo e o moderno faz torcer o nariz a alguns. Não é uma cidade perfeita (acredito que nenhuma o seja) mas vivesse como se o fosse, está nas entranhas da gente do norte. Ser tripeiro, ter sotaque e encarar a vida de forma positiva, como se a felicidade ali, fosse plena.
Tudo é diferente, mas tudo se integra e é este o desafio: criar uma imagem visual onde o diverso seja um único e transversal. E é nesta sequência que, em 2014, a Câmara Municipal do Porto apresenta a nova imagem, a nova marca, o Porto, o “Porto. Ponto.” A identidade gráfica desenhada pelo estúdio portuense White Studio é o resultado perfeito que sai em defesa dos valores, autenticidade e pluralidade de uma cidade como o Porto.
O projecto envolve um conjunto de pictogramas que representam os diversos elementos e lugares da cidade, construindo uma identidade completa e versátil que por si só enriquece a cidade e a sua comunicação enquanto marca. Um resultado funcional e simples, capaz de integrar de forma relacional e harmoniosa o que aparenta ser oposto e diferente. Agora tudo fala a mesma linguagem, o diferente consegue ser, também uniforme, existe um sistema visual, uma identidade global, uma cidade global. E por isso, a avaliação não pode ser isolada, se assim for nada têm lógica e nem serve o propósito deste projecto. Aqui as pequenas e simples coisas conjugam-se e comunicam de forma simples o que é complexo. Aqui o todo é maior que a soma das suas partes: A+B não é simplesmente (A+B), mas sim um C, esta é a leitura que deve ser feita desta identidade visual. E isto é mais significativo do que aparenta.
Mas a nova marca não foi alheia à controvérsia. Aquele logotipo. Aquele ponto. “Porto. Ponto.” que eu leio como elemento de personalidade e que como slogan, o Porto não se quer definido. O Porto é o Porto carago! ponto. Muitos não gostam outros não conseguem “ler”. A verdade é que resultado criativo, que para uns intrigou, é este ano distinguido pelos Prémios Brandemia como Melhor Marca Criada em 2014, sendo assim, a primeira marca portuguesa a obter um prémio Brandemia.
A nova imagem do Porto caminha ao lado da Brandal, distinguida como melhor agência de espanha/Latinoamerica e da Airbnb, distinguida como melhor marca internacional.
Esta nova imagem foi adoptada a todos os meios de comunicação institucionais da autarquia, com uma nova web, com um portal de notícias, com produtos de merchandising. Um conceito que, entre linhas modernas, não se desfaz (e ainda bem) do tradicional, dos costumes já que a mesma foi apresentada em através de um painel de azulejos pintados à mão. O azulejo, elemento tão português e que pintam as inúmeras fachadas da cidade. Uma identidade visual que espelha bem a cidade do Porto e que o potencia enquanto marca turística, têm capacidades para ser um ponto turístico e um ponto no design português além fronteiras.
O Porto é simples. O Porto é generoso. O Porto é diverso. O Porto é moderno. O Porto é azul (azul, destaco). O Porto está de parabéns.
p.s.: E, não que eu tenha alguma coisa contra o senhor, mas não foi necessário falar com o Sagmeister nem custos milionários, até aqui se vê a essência em ser tripeiro!