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Travel Post #5 – UK

Tínhamos três coisas, há três meses atrás, vontade de viajar e conhecer novas culturas , saudades da nossa shaker da comunicação e um chá gelado. Foi assim que decidimos comprar uma viagem para UK. A decisão estava tomada, o destino escolhido e duas passagens na mão para Manchester. Uma escapadela de 4 dias, com o objectivo de visitar Stoke-on-trent, Londres e Manchester numa corrida contra o tempo, numa missão que parecia impossível, mas com uma imensa vontade de conhecer tudo e ver o máximo de locais possíveis. Ali estávamos nós, três shakers prontas para “desbravar” UK, no que prometia ser uma viagem de boas experiências.

Em Stoke-on-trent fomos (super bem) recebidas em casa do Zé e da Teresa. É uma mini cidade silenciosa, mas arrumada, com ruas cheias de casinhas “de tijolo” ao lado umas das outras e super aconchegantes.  Mal chegávamos e já conhecíamos um pub tipicamente inglês, onde os cheiro a cerveja e a cidra se fundem intensamente, mas onde é possível experimentar os mais variados sabores. 

Na manhã seguinte, depois de uma viagem de comboio e de um chá bem quentinho, era dia para conhecermos a capital britânica.

Londres, é Londres . Uma cidade enorme, onde o ritmo é alucinante e com uma diversidade cultural gigante. Ruas grandes, largas e sem fim, onde circulam os autocarros vermelhos de dois andares, prédios muito altos, não há sol mas há muita gente na rua.

Sem roteiro, partimos à descoberta, estavamos em Camden Town, uma fusão excêntrica e colorida, um lugar de comércio, de novidades, de street food. Onde o vintage se mistura com o moderno. Onde o tradicional se renova. Onde o futuro e o passado ocupam o presente. E onde encontramos algo bem português, o pastel de belém, que quentinho e com uns pózinhos de canela fazem a delicia de qualquer português, inglês…enfim!

Seguimos para uma das ruas mais movimentadas da cidade londrina (todas são, mas acreditamos que esta leva um bom ritmo =) ) Oxford Street, rua infinita de lojas e mais lojas, de pessoas e mais pessoas, de pequenos artistas, de multiculturalidade. É aqui que se situa também a loja de Mr. Selfrigde, o berço do Marketing, que aproveitamos para visitar . Por entre ruas, desfiamos a Regent Street, onde as bandeiras cruzam a rua, ampla e de arquitectura impar, ao final, a publicidade é palco, ilumina e invade a praça sem medida, Piccadilly Circus. E ali bem ao lado a m&m store, tão deliciosa. A noite chegava, sorrateiramente, encontrávamos um dos mercados mais bonitos da cidade, Covent Garden, a arquitectura e o espaço, por si só, convidam e se não tivéssemos já jantar marcado, poderia ser um boa escolha.

Dirigiamo-nos para Hoxton, onde fomos (super bem) recebidas pelo Firmino, entre portugueses, italianos e francês, sentavamo-nos à mesa para o jantar de aniversário do Tiago. Entre alguns copos, boas conversas, risadas e até um pequeno concerto de uma jovem talentosa (we hope to see you soon, in a concert, Rebeca), faziam a nossa noite…que seguira para um bar ali próximo. It was so fun!!!

O tempo passava a correr, e a nossa viagem já ia a meio, segundo dia em Londres e nem o sono nem frio nos intimidava. Lado a lado ao Regent’s Canal, tranquilo e com uma atmosfera bem ao estilo holandês, com barcos-casa inspiradores, seguimos até ao Broadway Market. Tão diverso e tão peculiar, entre sabores, peças únicas de imobiliário, design, moda, que, sobretudo para designers, é uma fascínio e uma perdição. Logo ali ao lado conhecíamos o Netil Market, pequeno e tão giro!

Estava na hora de conhecer as margens do Tamisa…o London Eye, passamos a ponte e ficamos aos pés do Big Ben, monumento imponente e majestoso. Percorremos a cidade por entre ruas largas e estreitas, com os prédios altos a espreitar e por fim lá chegámos a Tower Bridge, a vista é bonita a paz da paisagem é contagiante. Já cansados e com fome, ainda tivemos tempo para atravessar a London Bridge e terminámos o dia novamente no outro lado da margem, a desfrutar de um pelo prato de “pasta” no restaurante Vapiano.

Deixámos Londres para trás e o nosso roteiro estava quase concluído, o cansaço já era grande, mas ainda houve tempo para visitar Manchester já em jeito de despedida. É uma cidade mais pequena que Londres e mais virada para o comércio e para o lazer, não houve uma rua larga chamada de street market. O mesmo jeito arrumadinho, o mesmo estilo de casas, os mesmos edifícios mas aqui não tão altos. São muitas as pessoas que andam na rua, há muitas famílias com crianças e contrariamente ao que vimos em Londres, estão mais relaxadas e passeiam tranquilamente pelas ruas largas da cidade.

Levamos o Headshake até ao Reino Unido, observamos, conversamos e inspiramos…

A Teresa, shaker da comunicação destaca…

Em todas as cidades que visitámos, a quantidade desmedida de informação visual, impossível de absorver na totalidade, leva-nos a um mundo onde a comunicação de marca é Rainha. Todas as marcas querem aparecer e ser notadas, o que torna a missão (quase) impossível. Desde do cantor de Rua cheio de vontade de mostrar o seu trabalho, passando pelas maiores marcas do mundo e acabando no distribuidor de jornais/revistas, que apesar de serem grátis, o seu escoamento torna-se um pesadelo.

É uma cultura diferente, onde a informação chega de todas as formas, por todos os lados e em grandes quantidades. Aqui a criatividade é sem dúvida a melhor arma. Um exemplo de estratégia bem-sucedida é a marca M&M, a sua loja interactiva, criativa e cheia de energia, oferece aos turistas uma tentação para as papilas gustativas, mas principalmente para a carteira. A vivacidade da loja transporta-nos para o planeta M&M, onde a marca vai ao mais ínfimo pormenor para tornar a sua história realidade. Nesta loja, respiramos literalmente M&M, pois o ambientador de odor a chocolate presente nos vários andares do espaço, estimula o sentido que faltava para nos tornarmos parte da história.

Esta é uma cidade com história, mas principalmente com capacidade de fazer a história. A nossa e a do mundo…

A Lúcia, shaker dos eventos destaca… 

o civismo e o respeito pela multiculturalidade. Estivemos em espaços que são partilhados por várias e diferentes culturas, mercados com produtos oriundos de vários recantos do mundo, como se o mundo inteiro pudesse caber num só espaço, mantendo sempre o respeito pela diferença.

Mas a questão do multiculturalismo, não envolve só produtos e comercio, envolve também pessoas com diferentes características físicas (as únicas visíveis a olho nu) a falarem as mais variadas línguas. Vi pessoas, muitas pessoas diferentes umas das outras, que animam as ruas com diferentes estilos musicais ou que simplesmente passeiam, parece que o mundo inteiro está representado num único lugar. Todas são livres de serem como são e nisso UK destaca-se, menos preconceito, menos estereótipos, mais aceitação.

Isto dava pano para mangas, na minha indústria…

A Isabel, shaker do design destaca… 

De tantas cidades que gostaria de conhecer confesso que Londres não ocupava os primeiros lugares da lista. E por si só esta seria uma viagem sem roteiro, seria mais uma viagem para encontros e descobertas. A cidade é das artes, tudo é artistico e o design ocupa verdadeiramente o seu lugar. Os cartazes, as montras, os espaços as ruas, os mercados de rua…tudo, tudo respira design. Sempre que caminho pelas ruas, o meu olhar não é linear. Sou demasiado visual, demasiado observadora. Gosto muito de olhar para baixo e gosto mais ainda de olhar para cima. E é aqui que fito o olhar. Os arranha-céus de arquitectura moderna que cresce numa cidade tradicional e com uma identidade cultural muito própria e preservada. Londres é uma cidade de mistura.

uk

~ um chá por terras de sua majestade ~

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