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A Miúda Portuguesa no UK está de volta ao headshake

Depois de uma ausência inesperada, a Miúda Portuguesa no UK está de volta ao headshake! Estas trocas e baldrocas que uma mudança de país provoca, impedem-me de escrever com a frequência que gostaria.

Após 5 meses a viver em terras de sua Majestade, posso dizer que já me habituei a quase tudo. A comida que me provocava dores de barriga e repugna, passou a ser normal e até já aprecio um bom “fish and chips”. Quando me mudei, pensei a que a minha escolha alimentar de semi-vegetarina iria ser “canja”, pois o leque de oferta iria aumentar tendo por comparação o nosso pequenino Portugal. No entanto, enganei-me, aqui é muito mais difícil escolher um estilo de vida saudável.

Quando um Pack the Coca-colas custa 1£, já sabe onde o consumo vai parar…

Tive a minha primeira visita o mês passado. Consigo perceber totalmente o sentimento de emigrante, aquele que define a saudade como uma palavra sem definição… Parece contraditório, mas é verdade. As pessoas fazem-nos falta e as visitas enchem-nos o coração. Depois tivemos um momento headshake com 2 shakeres que vieram visitar-me e passear a Londres.

Viver por cá tem sido uma experiência única e enriquecedora. As mentalidades diferentes fascinam-me e ensinam-me uma nova realidade todos os dias.

Do ponto de vista da comunicação, a forma de chegar às pessoas é igual, mas atinge de maneira muito mais intensa. Todas aquelas teorias da comunicação que estudamos na facultade, fazem agora mais sentido. A comunicação de e em massa existe mesmo. A loucura com promoções é real e em grande escala.

Por exemplo, as marcas mudam completamente o packaging dos seus produtos para época Natalícia, este é sem dúvida um ponto fascinante nos supermercados, de que não estava habituada em Portugal.

A época Natalícia já começou no início de Outubro, as lojas encheram-se de mercadoria temática, presentinhos e coisinhas para todos os gostos. As festas de Natal começam agora e todas as empresas, instituições e grupos têm uma. É imprescindível e um evento importantíssimo na comunicação interna dentro das organizações. No entanto, não notei um aumento nas campanhas de responsabilidade social das organizações, pois esta actividade já tem um espaço bem marcado durante todo o ano.

Em Portugal estamos habituados a uma avalanche de solidariedade natalícia em que parece que só nessa altura do ano é que se lembram que existem pessoas carenciadas. Aqui a preocupação é constante e funciona.

Entrámos agora em Novembro e estou curiosíssima para viver a comunicação das marcas durante os meses Natalícios.

Prometo trazer novidades em breve!!!

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~ Um chá com sabor a regresso… ~

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TRAVEL

Travel Post #5 – UK

Tínhamos três coisas, há três meses atrás, vontade de viajar e conhecer novas culturas , saudades da nossa shaker da comunicação e um chá gelado. Foi assim que decidimos comprar uma viagem para UK. A decisão estava tomada, o destino escolhido e duas passagens na mão para Manchester. Uma escapadela de 4 dias, com o objectivo de visitar Stoke-on-trent, Londres e Manchester numa corrida contra o tempo, numa missão que parecia impossível, mas com uma imensa vontade de conhecer tudo e ver o máximo de locais possíveis. Ali estávamos nós, três shakers prontas para “desbravar” UK, no que prometia ser uma viagem de boas experiências.

Em Stoke-on-trent fomos (super bem) recebidas em casa do Zé e da Teresa. É uma mini cidade silenciosa, mas arrumada, com ruas cheias de casinhas “de tijolo” ao lado umas das outras e super aconchegantes.  Mal chegávamos e já conhecíamos um pub tipicamente inglês, onde os cheiro a cerveja e a cidra se fundem intensamente, mas onde é possível experimentar os mais variados sabores. 

Na manhã seguinte, depois de uma viagem de comboio e de um chá bem quentinho, era dia para conhecermos a capital britânica.

Londres, é Londres . Uma cidade enorme, onde o ritmo é alucinante e com uma diversidade cultural gigante. Ruas grandes, largas e sem fim, onde circulam os autocarros vermelhos de dois andares, prédios muito altos, não há sol mas há muita gente na rua.

Sem roteiro, partimos à descoberta, estavamos em Camden Town, uma fusão excêntrica e colorida, um lugar de comércio, de novidades, de street food. Onde o vintage se mistura com o moderno. Onde o tradicional se renova. Onde o futuro e o passado ocupam o presente. E onde encontramos algo bem português, o pastel de belém, que quentinho e com uns pózinhos de canela fazem a delicia de qualquer português, inglês…enfim!

Seguimos para uma das ruas mais movimentadas da cidade londrina (todas são, mas acreditamos que esta leva um bom ritmo =) ) Oxford Street, rua infinita de lojas e mais lojas, de pessoas e mais pessoas, de pequenos artistas, de multiculturalidade. É aqui que se situa também a loja de Mr. Selfrigde, o berço do Marketing, que aproveitamos para visitar . Por entre ruas, desfiamos a Regent Street, onde as bandeiras cruzam a rua, ampla e de arquitectura impar, ao final, a publicidade é palco, ilumina e invade a praça sem medida, Piccadilly Circus. E ali bem ao lado a m&m store, tão deliciosa. A noite chegava, sorrateiramente, encontrávamos um dos mercados mais bonitos da cidade, Covent Garden, a arquitectura e o espaço, por si só, convidam e se não tivéssemos já jantar marcado, poderia ser um boa escolha.

Dirigiamo-nos para Hoxton, onde fomos (super bem) recebidas pelo Firmino, entre portugueses, italianos e francês, sentavamo-nos à mesa para o jantar de aniversário do Tiago. Entre alguns copos, boas conversas, risadas e até um pequeno concerto de uma jovem talentosa (we hope to see you soon, in a concert, Rebeca), faziam a nossa noite…que seguira para um bar ali próximo. It was so fun!!!

O tempo passava a correr, e a nossa viagem já ia a meio, segundo dia em Londres e nem o sono nem frio nos intimidava. Lado a lado ao Regent’s Canal, tranquilo e com uma atmosfera bem ao estilo holandês, com barcos-casa inspiradores, seguimos até ao Broadway Market. Tão diverso e tão peculiar, entre sabores, peças únicas de imobiliário, design, moda, que, sobretudo para designers, é uma fascínio e uma perdição. Logo ali ao lado conhecíamos o Netil Market, pequeno e tão giro!

Estava na hora de conhecer as margens do Tamisa…o London Eye, passamos a ponte e ficamos aos pés do Big Ben, monumento imponente e majestoso. Percorremos a cidade por entre ruas largas e estreitas, com os prédios altos a espreitar e por fim lá chegámos a Tower Bridge, a vista é bonita a paz da paisagem é contagiante. Já cansados e com fome, ainda tivemos tempo para atravessar a London Bridge e terminámos o dia novamente no outro lado da margem, a desfrutar de um pelo prato de “pasta” no restaurante Vapiano.

Deixámos Londres para trás e o nosso roteiro estava quase concluído, o cansaço já era grande, mas ainda houve tempo para visitar Manchester já em jeito de despedida. É uma cidade mais pequena que Londres e mais virada para o comércio e para o lazer, não houve uma rua larga chamada de street market. O mesmo jeito arrumadinho, o mesmo estilo de casas, os mesmos edifícios mas aqui não tão altos. São muitas as pessoas que andam na rua, há muitas famílias com crianças e contrariamente ao que vimos em Londres, estão mais relaxadas e passeiam tranquilamente pelas ruas largas da cidade.

Levamos o Headshake até ao Reino Unido, observamos, conversamos e inspiramos…

A Teresa, shaker da comunicação destaca…

Em todas as cidades que visitámos, a quantidade desmedida de informação visual, impossível de absorver na totalidade, leva-nos a um mundo onde a comunicação de marca é Rainha. Todas as marcas querem aparecer e ser notadas, o que torna a missão (quase) impossível. Desde do cantor de Rua cheio de vontade de mostrar o seu trabalho, passando pelas maiores marcas do mundo e acabando no distribuidor de jornais/revistas, que apesar de serem grátis, o seu escoamento torna-se um pesadelo.

É uma cultura diferente, onde a informação chega de todas as formas, por todos os lados e em grandes quantidades. Aqui a criatividade é sem dúvida a melhor arma. Um exemplo de estratégia bem-sucedida é a marca M&M, a sua loja interactiva, criativa e cheia de energia, oferece aos turistas uma tentação para as papilas gustativas, mas principalmente para a carteira. A vivacidade da loja transporta-nos para o planeta M&M, onde a marca vai ao mais ínfimo pormenor para tornar a sua história realidade. Nesta loja, respiramos literalmente M&M, pois o ambientador de odor a chocolate presente nos vários andares do espaço, estimula o sentido que faltava para nos tornarmos parte da história.

Esta é uma cidade com história, mas principalmente com capacidade de fazer a história. A nossa e a do mundo…

A Lúcia, shaker dos eventos destaca… 

o civismo e o respeito pela multiculturalidade. Estivemos em espaços que são partilhados por várias e diferentes culturas, mercados com produtos oriundos de vários recantos do mundo, como se o mundo inteiro pudesse caber num só espaço, mantendo sempre o respeito pela diferença.

Mas a questão do multiculturalismo, não envolve só produtos e comercio, envolve também pessoas com diferentes características físicas (as únicas visíveis a olho nu) a falarem as mais variadas línguas. Vi pessoas, muitas pessoas diferentes umas das outras, que animam as ruas com diferentes estilos musicais ou que simplesmente passeiam, parece que o mundo inteiro está representado num único lugar. Todas são livres de serem como são e nisso UK destaca-se, menos preconceito, menos estereótipos, mais aceitação.

Isto dava pano para mangas, na minha indústria…

A Isabel, shaker do design destaca… 

De tantas cidades que gostaria de conhecer confesso que Londres não ocupava os primeiros lugares da lista. E por si só esta seria uma viagem sem roteiro, seria mais uma viagem para encontros e descobertas. A cidade é das artes, tudo é artistico e o design ocupa verdadeiramente o seu lugar. Os cartazes, as montras, os espaços as ruas, os mercados de rua…tudo, tudo respira design. Sempre que caminho pelas ruas, o meu olhar não é linear. Sou demasiado visual, demasiado observadora. Gosto muito de olhar para baixo e gosto mais ainda de olhar para cima. E é aqui que fito o olhar. Os arranha-céus de arquitectura moderna que cresce numa cidade tradicional e com uma identidade cultural muito própria e preservada. Londres é uma cidade de mistura.

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~ um chá por terras de sua majestade ~

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