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E a lua-de-mel, para quando? Para agora! 5 destinos para a vossa viagem

Dias e horas, a agenda de 2020 ficou completamente suspensa e tudo o que tinhamos planeado passou a estar ao sabor do vento, do tempo incerto em que mergulhamos. Mas há sonhos que são demasiado desejados que não queremos vê-los cancelados, então decide-se adiar. Contudo, não é apenas a data que está em causa, é um sonho que muitos pensaram durante uma vida, para que aquele dia fosse simplesmente perfeito. E sabemos o quão se dedicaram para que esse sonho se torne realidade. E mesmo, quando esse dia parece estar cada vez mais perto e já se sentem as borboletas na barriga, eis que tudo parece ter acabado, sem nunca ter começado. Muitos noivos viveram este turbilhão de sentimentos devido à pandemia que assolou o mundo, e a pergunta já não era “e agora?”, mas sim “quando?”

E como não há casamento sem lua-de-mel, estivemos à conversa com a Ana Costa, uma agente de viagens que contribui para o sonho destes casais apaixonados e combina um pouco destes dois mundos, as viagens e luas-de-mel. Este é o seu testemunho (e também as suas sugestões).

“Com esta pandemia não, ainda o vírus não andava por cá e já tínhamos clientes a colocar em causa as suas viagens”

O sector do turismo vive dias muito diferentes, senão mesmo os mais difíceis de sempre. Ana já trabalha há 10 anos no mundo do turismo e das viagens e destaca que nunca viveu nada semelhante. “Sempre houve crises que afetaram as viagens, que se prendiam com saúde, desastres aéreos e catástrofes naturais, mas que sempre havia alguma forma de contornar e, sabíamos que seria algo temporário e que mais dia menos dia estaria resolvido. Com esta pandemia não, ainda o vírus não andava por cá e já tínhamos clientes a colocar em causa as suas viagens, senão mesmo a desistir delas.” Então tudo piorou quando o temeroso vírus chegara a Portugal, a mais pequena escapadela fora das fronteiras da nossa zona de conforto, era questionável.

Junto com muitos jovens casais que planeiam consigo a sua lua-de-mel, Ana partilhou estes momentos duros. Como o casamento havia sofrido alterações, sabia que o mesmo aconteceria com a data da lua-de-mel. Por uma lado, seria necessário reagendar a viagem, em conformidade. Mas esta decisão obrigava a outra reflexão: escolher alternativas a países “covid-safe” como forma de ter um experiência mais tranquila e próxima ao “normal” esperado. E talvez, este seja algo diferente, porque quem trabalha em turismo está, de certa forma, habituado a que as suas viagens e programas sejam alterados. Agora com um cenário como o coronavírus, tudo requer mais prudência e tudo é mais restrito.

Uma quebra de 80% ou 90% se compararmos com anos anteriores à pandemia. São números muito tristes.

Ana gosta do seu trabalho, o mundo das viagens sempre a inspirou e sabe que, em certa medida, está também a contribuir para experiências inesquecíveis junto dos seus clientes. Para além da responsabilidade e profissionalismo (e algumas dores de cabeça), admite que o seu trabalho traz também uma boa dose de adrenalina. Mas 2020 seria uma realidade bem diferente. Quando lhe perguntamos quantas viagens programou em 2020, com um tom desolado respondeu prontamente: “duas viagens! Em anos, normais demoraria mais tempo a contar.”

Uma viagem de lua-de-mel aos Açores (5 ilhas, 15 dias) e outra às Maldivas (10 dias), ambas durante o mês de Outubro. “Temos de ser optimistas, e num ano tão atípico, duas viagens assim são números positivos”, mas são também resultados de uma quebra que a mesma afirma de 80% ou 90% se compararmos com anos anteriores à pandemia. São números muito tristes.

“Mas já me adiantaram também que não há outra data, em Maio dão mesmo o nó, com ou sem convidados.”

Como exemplo, Ana refere uma situação particular de um cliente que já vai na terceira data. Com o casamento previsto inicialmente para Abril de 2020, passou para Outubro 2020, e agora, passado praticamente um ano, para Maio 2021! “É difícil! E imagino que seja bem difícil para eles (eu também já fui noiva)! Mas já me adiantaram também que não há outra data, em Maio dão mesmo o nó, com ou sem convidados.” No entanto, aquilo que já foi programado como viagem para Miami com cruzeiro nas Caraíbas, agora está a ser repensado, eventualmente para as Maldivas. O que, perante todas as adversidades da pandemia, acaba por ser uma boa alternativa, não apenas pelo facto das Maldivas serem ilhas magníficas que todos conhecemos (ainda que nunca tenhamos lá ido), mas sobretudo, pela segurança no que refere ao coronavírus. Isto porque, não registo de casos a um nível alarmante, e facto é, que para embarcarem é necessário teste ao Covid-19, e o mesmo acontece no desembarque. Uma vez nas Maldivas, é feito nova recolha e testagem, que até ser conhecido o resultado (24h), estão já na sua “casinha” em pleno oceano índico. Geralmente, os resultados são regra geral “negativo”, porque cada ilha tem um hotel, onde se espalham em diversos bungalows, e portanto, não há cruzamento ou contacto com muitas pessoas. Talvez por isso seja, neste momento, o destino recomendado para estas viagens a dois. 

As Maldivas são um bom exemplo, tal como o Sri Lanka ou as Seychelles.

Perante todos estes cenários, a mensagem que Ana deixa de alento para todos os noivos é “não desistam da vossa viagem de sonho”. Sugere que, para quem quer casar e ter a sua viagem, deve repensar os destinos e não a viagem em si. “A viagem deve ser mantida e ajustada.” Existem alternativas que configuram este equilíbrio, entre aquilo que se espera de uma lua-de-mel e a segurança covid-19, as Maldivas são um bom exemplo, tal como o Sri Lanka ou as Seychelles, e se não quisermos ir tão longe, a Madeira ou os Açores são destinos muito interessantes a explorar. Depois dos Açores terem sido eleitos como ‘o destino mais seguro para visitar na Europa em 2020’, este ano, é a Madeira que recebe esta distinção. Além disso, é também uma forma de contribuirmos para o nosso turismo e para a economia nacional.

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Costa Rica, Pura Vida

Desta vez, decidi fazer um roteiro para os mais curiosos em aventurarem-se até à Costa Rica.

Sem dúvida que foi uma experiência maravilhosa, rica em cultura, regada com novas aprendizagens e salpicada de aventura e amor.

Adoro viajar para estes destinos, porque o contacto com a natureza dá sempre asas à minha mente. A reflexão, a criatividade e as novas perspectivas surgem sempre. O que é importante toma sempre dimensões mais volumosas na minha mente e as pequenezas do dia-à-dia dissipam-se com a facilidade de um sorriso.

A Costa Rica tem esse poder! A imponente floresta mostra-nos comos somos pequeninos. A diversidade de espécies é única, estamos num país encantado cheio de criatura maravilhosas e desprovidas de intenções.

A Costa Rica não tem exercito, é um país seguro e simpático. Em alguns locais a taxa de crime é 0. A pouca policia que ligeiramente manifesta a sua presença, tem apenas como objectivo transmitir uma sensação de segurança aos turistas que estão habituados a uma presença de forças de segurança nas ruas.

Não é possível falar da Costa Rica sem falar de Pura Vida. Esta é uma maravilhosa forma de viver em sintonia com a natureza e em harmonia com todos os que nos rodeiam. Esta frase é um simpático cumprimento,um agradecimento, uma despedida ou até um sincero desejo de felicidade. Reflete, de facto, a Costa Rica.

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Dicas

Apesar de ser um país pequeno, existem inúmeros locais que valem a pena visitar. Por isso aconselho a preparem o vosso roteiro antes de iniciar a viagem.

– O carro: A mobilidade e disponibilidade horária que nos dá, é super importante, pois, apesar das estradas com má qualidade, é sem duvida fulcral para aproveitar o país

– O preço: Enganam-se os aventureiros que pensam que a Costa Rica é mais um país barateco da América Latina. Os preços são inflacionados com a utilização de USD, pelo que aconselho sempre a utilização de colones, a moeda do país.

– As tours: Tal como em todas as viagens, se desejarem fazer uma tour não avancem com a primeira empresa que encontram no hotel. Contactar directamente para o espaço/actividade será a melhor solução.

– A língua: É o espanhol, pelo que o bom “portonhol”, é um aliado. Contudo, os mais acanhados não se preocupem, a maioria das pessoas fala ou pelo menos entende o inglês.

– Câmbio: Desta vez optámos por adquirir um cartão pré-pago, o Revolut. Este cartão permite a utilização de colones ou USD, bem como muitas outras moedas, é livre de taxas quando é utilizado. Podem encontrar todas as informações aqui. Esta escolha deu-nos mais liberdade e poupou nos muito dinheiro em taxas de utilização e conversão. Não hesitem!

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O Roteiro 

San José – A capital do país. Ficámos apenas uma noites quando chegámos. Foi suficiente. É uma cidade pouco apelativa e sem muito interesse para quem deseja aventura, natureza e Pura Vida. Movimentada, muito cimentada e com semi-construções por todo o lado. 

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Manuel António – Um parque natural de cortar a respiração, boas praias (com agua quentinha), diversidade de especiais únicas e uma paz, uma paz que me faz querer voltar neste momento. Restaurantes maravilhosos, mas super pacatos e descontraídos, tudo o que se quer numas férias! O ponto alto foi sem dúvida um passeio a cavalo pela imponente selva do parque natural Manuel António. Aconselho, ainda, uma vista à praia do parque, é simplesmente deslumbrante.

La Mansion Inn foi o Hotel que escolhemos e não nos arrependemos de todo. Uma casa luxuosa, mas acolhedora. O Staff foi fantástico. A vibe sentida foi como se estivéssemos em casa de um amigo que nos recebe com o melhor que tem. Mesmo no meio da selva, tem uma vista única pintada de verde, azul e tons de castanho.

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Santa Teresa – Imaginem uma pequena vila em que todos os estabelecimentos comercias existentes se localizam numa única rua, paralela à praia. É Santa Teresa. Uma zona de surfistas, com mar bravo e praias selvagens. É ideal para relaxar e aproveita a brisa marítima com a nossa cara metade. Não existem estradas de alcatrão, apenas terra, lama e areia por todo o lado. Pode parecer estranho, mas tudo isto torna Santa Teresa num local único e inspirador. Ficámos num Hotel familiar, o Fuego Lodge, em que a Barbara, dona do espaço, nos recebeu com a descontração que combina com este sitio. Encontrámos um Bungalow simples, mas muito limpo e acolhedor, com vista para uma piscina paradísica.

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Guanacaste – Após uma longa viagem de carro e ferry, chegámos ao Riu Resort. Um all inclusive, que depois de termos estamos em 2 locais únicos e cheios de carisma, soube a pouco. Apesar de ser um grande hotel, com alguma pompa e circunstancia, a verdade é que poderíamos estar em qualquer parte do mundo. Toda a vibe da Costa Rica é perdida por ali. Uma minicidade que proporciona aos turistas uma estadia num local comodo, sem preocupações e com uma praia privada. Completamente fechado e sem contacto com o exterior, não faz jus ao país maravilhoso em que se encontra.

Por outro lado, em Guanascate tivemos uma das melhores experiências da nossa vida. Um passeio de moto quatro, onde visitamos locais únicos de cortar a respiração. O nosso guia, um Sr. com cerca de 40 anos que sempre viveu a “Pura Vida”, levou-se a locais onde a selva se envolvia com a praia, terminado num mar reluzente de aguas quentes e tentadoras.

Monteverde – A nossa última paragem. Após uma subida de curvas e contra curvas que durou mais de uma hora, chegámos ao nosso destino. O Hotel Belmar. Um Hotel que abraçava a floresta e onde o lema é a utilização de produtos orgânicos e locais. Comida maravilhosa, vistas únicas… Sem dúvida o local ideal para relaxar e apreciar o que a vida tem de melhor. Com um jacuzzi majestoso localizado no jardim natural, desfrutamos de momentos memoráveis. Aconselho, ainda, a visita do jardim das Borboletas.

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A simpatia e amabilidade de todos faz-me querer voltar! Por isso: Vão! Experimentem! Aproveitam e, principalmente, entrem no espirito da Pura Vida!

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~ Aventura, natureza, boa vibe. Pura Vida ~

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Travel Post #12 – Tailândia, o país das maravilhas

Uma viagem de sonho, pessoas generosas e locais paradisíacos é tudo aquilo que resume a minha viagem à Tailândia. Foram 12 dias intensos, onde a boa-vibe está presente em todos os momentos.

O calor que senti era, principalmente, das pessoas. A sua simpatia, dedicação e sensibilidade, faz da Tailândia um país paradisíaco. As recordações são tantas, que decidi reunir o Top 10 dos momentos mais marcantes desta viagem.

10 – Fazer Yoga na praia

9 – Snorkeling nas Phi Phi

8 – Andar de Tuk-Tuk

7 – Andar de scoter em Ko Lanta

6 – Klong Muang Beach

5 – Massagens 

4 – Passeio de Barco no Rio de Krabi

3 – As Phi Phi

2 – Os Templos

Tiger Temple

Os Templos são impressionantes. A vibe vivida nestes locais sagrados, apesar de muito respeitadora, é leve e descontraída. É uma energia que nos transporta para uma espiritualidade simples e positiva.

1 – Os Elefantes
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Travel Post #6 – Bruxelas

Este texto já estava nos rascunhos há algum tempo…nunca tive tempo de o terminar, mas está mais na altura de o fazer. Os atentados têm abalado os nossos dias, as nossas semanas,…as nossas vidas. Mas…não deixaremos de  olhar para Bruxelas como uma cidade a conhecer…é o Coração da União Europeia e merece ser visitada! Por isso mesmo, deixo aqui apenas algumas coisas que conheci e que aprendi nesta cidade. Vamos “conhecer” Bruxelas? :)

Bruxelas é uma cidade bonita. Grandes e grandiosos edifícios. Muitas pessoas pelas suas ruas e muita vida. Não fiquei de queixo caído (verdade seja dita), mas é uma cidade a conhecer. Sempre que saímos do nosso cantinho, aprendemos algo novo e isso aconteceu nesta visita! :)

Acho que é uma cidade que se vê em 2/3 dias. Aproveitámos os voos low-cost, fomos a uma sexta-feira e regressámos a Lisboa no Domingo. Tivemos tempo para conhecer a Grand Place, a Catedral, o Museu de Banda Desenhada, Manneken Piss, o Palácio da Bolsa e ainda de passar um dia muito agradável na bonita vila de Bruges.

La Grand-Place é dos locais mais conhecidos em Bruxelas, pois é a praça central da cidade. Sabiam que é Património Mundial da UNESCO? Nesta praça encontramos o Hôtel de Ville de Bruxelas e a Câmara Municipal de Bruxelas. E é nesta zona que está grande parte do comércio: lojas de souvenirs, pequenos espaços “especializados” em gaufres (de todos os sabores possíveis e imaginários), restaurantes, enfim…

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Andando um pouco mais (sim, porque é uma cidade pequenina) encontramos “a imagem de marca da cidade” – o Manneken Piss, mais conhecido como “O Menino que faz Chichi”. Mais uma curiosidade…sabiam que o menino tem cerca de 800 vestimentas para dias importantes? No dia em que o fomos conhecer, estava vestido a rigor! Ahh…mas é efetivamente muito pequenino, medindo apenas 61cm e fazendo com que muitos turistas fiquem desapontados.

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Fomos também conhecer a Catedral. Muito bonita e igualmente majestosa. Pertinho da Catedral fica o Museu de Banda Desenhada que tivemos mesmo de ir conhecer…ou não estivéssemos nós na cidade-mãe da BD. O museu é ainda um dos pontos turísticos mais conhecidos de Bruxelas, foi o primeiro museu do mundo dedicado à BD e tem 26 anos de existência.

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Um  dos espaços que mais gostei foi a Praça da Bolsa. E gostei pelo simples facto de ser uma Praça enorme cortada aos carros, fazendo que todas as pessoas andassem livremente neste espaço. Ainda por cima num dia de sol (mas nem queiram saber o frio que se por lá passa…) andar livremente pelo meio da estrada é fantástico.

Nesta visita, tivemos tempo de ir conhecer a famosa discoteca Delirium e de provar as cervejas artesanais. Este espaço é conhecido devido ao facto de concentrar nos seus três pisos mais de 3000 cervejas. Quanto à gastronomia…em Bruxelas, um dos pratos mais tradicionais é Moules Frites, ou seja, mexilhões servidos com batatas fritas. Os preços…são puxados, sim! Comer qualquer coisa pelas ruas da cidade torna-se um pesadelo…para a carteira ;)

Foi efetivamente um fim de semana muito bom, onde aprendemos um pouco mais sobre a cidade-mãe da União Europeia. Caso tenham oportunidade, viajem até Bruxelas, conheçam esta cidade (nem que sejam apenas por 2 dias) e o que ela tem para vos oferecer. Nós voltaríamos lá sem hesitar! Obrigada ao meu companheiro de viagens, aventuras e de vida por mais este momento especial :)

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~ um chá e boas viagens. 

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